Resultado de pesquisa CNT/MDA

“O que há na verdade é um cansaço absoluto em relação ao que vem acontecendo hoje no Brasil. Acho que esse modelo de governança do PT que alia incompetência administrativa, irresponsabilidade fiscal e desapreço pela questão ética, fracassou. Agora, nós do PSDB temos um projeto para o Brasil. Apresentamos esse projeto durante a campanha eleitoral”, disse o senador Aécio Neves em entrevista nesta quarta-feira (24/02), em Brasília, ao comentar o resultado da pesquisa CNT/MDA, divulgada hoje, mostrando a presidente Dilma com 62% de reprovação do eleitorado brasileiro.

A pesquisa também mostra que Aécio Neves seria o grande vencedor da corrida presidencial caso as eleições fossem realizadas hoje. Em um cenário estimulado, quando os nomes dos candidatos são apontados aos eleitores, Aécio foi o candidato preferido de 24,6% dos brasileiros. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou com 19,1% dos votos, e Marina Silva (Rede) com 14,7%. Em segundo turno, Aécio teria uma vitória significativa sobre o petista, com 40,6% da preferência dos eleitores, enquanto Lula, em meio a denúncias que ligam o seu nome a empresas investigadas pela Operação Lava Jato, teria 27,5% das intenções de voto.

Brasil não tem futuro com governo do PT, diz Aécio sobre novo rebaixamento do país

O senador Aécio Neves lamentou hoje o novo rebaixamento do grau de investimento do Brasil pela agência Moodys, que retirou o selo de bom pagador do país. Em entrevista coletiva, em Brasília, o presidente nacional do PSDB disse que a perda de credibilidade do Brasil frente aos investidores internacionais agrava a crise econômica com maiores prejuízos para a população, com a redução de investimentos e de empregos.

“O Brasil prova o gosto amargo dos equívocos e das irresponsabilidades de um governo que não atendeu a nenhum dos alertas que foram feitos. A responsabilidade por este rebaixamento não é de nenhuma crise internacional, até porque ela não existe. É exclusivamente das irresponsabilidades e dos equívocos do governo brasileiro”, afirmou Aécio.

Com a retirada do selo de bom pagador, a nota do país caiu dois degraus de uma vez, passando para Ba2, que é a categoria de especulação. A Moodys também colocou o Brasil em perspectiva negativa, indicando que poderá ocorrer novo rebaixamento.

“A falta perspectiva futura talvez tenha sido o ponto mais grave para mais este rebaixamento. O Brasil não tem perspectivas enquanto este governo não tiver um projeto de país. O projeto hoje da presidente Dilma é única e exclusivamente se manter no poder. E as agências percebem isso. As agências sinalizam hoje aquilo que a perspectiva de futuro nos apresenta. Não temos futuro com este governo do PT”, afirmou Aécio.


A conta do desgoverno do PT

As agências Standard & Poor’s e Fitch já haviam rebaixado o país. A perda do selo de bom pagador sinaliza para os empresários que o Brasil não é um porto seguro para investimento. Aécio Neves lembrou os alertas feitos ao governo pela oposição e por diferentes setores da sociedade sobre os erros cometidos na condução da política econômica desde 2010.

“Quem sofre é a população brasileira, e principalmente os mais pobres. Aqueles que o governo do PT diz defender são os primeiros a pagar essa conta extremamente salgada dos equívocos e das irresponsabilidades de um governo que, para se manter no poder, fez ouvido de mercador a todos os alertas de correção de rumo na economia. Para ganhar as eleições, como a própria presidente disse, fez-se o diabo. E hoje, infelizmente, quem está comendo o pão que o diabo amassou são os brasileiros, principalmente os mais pobres”, lamentou Aécio.

Na avaliação do presidente do PSDB, a falta de empenho do governo do PT com as reformas estruturantes necessárias ao país, como a da Previdência, e a incapacidade de controlar os gastos públicos sinalizam para o mundo que a crise brasileira ainda está longe de ser superada.

“As reformas estruturantes em um país com o presidencialismo tão forte como o brasileiro só ocorrem se o governo tiver autoridade para conduzi-las. Em primeiro lugar, mobilizando sua base no Congresso e nós não temos mais isso no Brasil. Este governo não apresenta mais perspectivas de apresentar e aprovar uma agenda no Congresso Nacional”, disse Aécio Neves.


Argentina

O senador comparou a situação do Brasil com a da Argentina, onde a eleição de Maurício Macri à Casa Rosada criou um novo e positivo ambiente econômico.

“Veja o que aconteceu na Argentina. As medidas estruturantes ainda não ocorreram, mas a perspectiva de um futuro diferente daquele que vinha ocorrendo até o fim do governo Kirchner já mudou o ambiente. Os investimentos estão indo para lá. Brasileiros estão querendo novamente investir na Argentina, e no Brasil ocorre o oposto”, comparou.

Aécio Neves – Entrevista sobre o rebaixamento do grau de investimento – Agência Moody’s

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva, nesta quarta-feira (24/02), em Brasília. Aécio falou sobre o rebaixamento do grau de investimento da agência Moody’s, erros da política econômica, queda da popularidade da presidente Dilma e pesquisa CNT/MDA.


Leia a transcrição da entrevista do senador:

Sobre novo rebaixemos do grau de investimento do Brasil pela Agência Moody’s.

É o pior sinal possível. E ao contrário do que o PT gosta de afirmar, a responsabilidade por mais este rebaixamento é exclusivo do governo brasileiro, dos inúmeros equívocos do governo do PT. O que hoje este rebaixamento significa? As empresas com maiores dificuldades de rolar suas dívidas, portanto, com menos competitividade, com mais desemprego e o descontrole da economia cada vez maior.

Hoje, o Brasil prova o gosto amargo dos equívocos e das irresponsabilidades de um governo que não atendeu a nenhum dos alertas que foram feitos inclusive na campanha eleitoral. A responsabilidade por este rebaixamento não é de nenhuma crise internacional, até porque ela não existe. É exclusivamente das irresponsabilidades e dos equívocos do governo brasileiro.

Um dos pontos que a agência pondera é que a dinâmica política desafiadora pode atrasar as reformas estruturais. Há uma cobrança muito grande por estas reformas. O que é esta dinâmica desafiadora?

As reformas estruturantes em um país com o presidencialismo tão forte como o brasileiro só ocorrem se o governo tiver autoridade para conduzi-las. Em primeiro lugar, mobilizando a sua base e nós não temos mais isso no Brasil.

Um dos fatores talvez mais relevantes para este rebaixamento é a ausência de perspectivas em relação ao futuro. Porque exatamente este governo não apresenta mais essas perspectivas de apresentar e aprovar uma agenda no Congresso Nacional. A responsabilidade é do governo que sequer consegue o apoio da sua base para reformas estruturantes. Nós da oposição continuaremos a fazer o que viemos fazendo. Aquilo que for de interesse do Brasil contem conosco. Mas aquilo que significar manutenção deste governo, certamente, o Brasil não pode contar com as oposições porque a manutenção deste governo como aí está não interessa aos brasileiros.

Tenho dito o seguinte, enquanto tivermos um governo sem autoridade, sem projeto, sem coragem para enfrentar as questões estruturais, o Brasil infelizmente continuará no final da fila como agora estamos vendo com mais este rebaixamento.


A perspectiva futura ainda é negativa?

A perspectiva futura é que talvez tenha sido o ponto mais grave para mais este rebaixamento. O Brasil não tem perspectivas enquanto este governo não tiver um projeto de país. O projeto hoje da presidente Dilma é única e exclusivamente se manter no poder. E as agências percebem isso. As agências sinalizam hoje aquilo que a perspectiva de futuro nos apresenta. Não temos futuro com este governo do PT.


Como o sr. avalia a pesquisa de popularidade da presidente com 62% de rejeição?

Tudo isso é consequência do desastre para as pessoas. Não comemoro este rebaixamento. Não acho que isso seja motivo de comemoração ou de aplauso por ninguém. Ao contrário. Isso impacto na vida real das pessoas. É o desemprego crescendo, a inflação sem controle, o endividamento das pessoas aumentando, o Brasil sem perspectivas de futuro. Enquanto não tiver um governo com autoridade, veja o que aconteceu na Argentina, as medidas estruturantes ainda não ocorreram, mas a mudança de ambiência, a perspectiva de um futuro diferente daquele que vinha ocorrendo até o fim do governo Kirchner já mudou o ambiente. Os investimentos estão indo para lá. Brasileiros estão querendo novamente investir na Argentina, e no Brasil ocorre o oposto.

Infelizmente, enquanto tivermos aí esse governo o Brasil vai continuar patinando, andando de lado. E quem sofre não é o governo, não é o PT, esses vão muito bem como vemos todos os dias. Quem sofre é a população brasileira, e principalmente os mais pobres. Aqueles que o governo do PT diz defender são os primeiros a pagar essa conta extremamente salgada dos equívocos e das irresponsabilidades de um governo que, para se manter no poder, fez ouvido de mercador a todos os alertas de correção de rumo na economia. Para ganhar as eleições, como a própria presidente disse, faz-se o diabo. E hoje, infelizmente, quem está comendo o pão que o diabo amassou são os brasileiros, principalmente os mais pobres.


Ainda sobre a agência, ela coloca que há expectativa que a dívida pública brasileira ultrapasse 80% nos próximos 3 anos. O Brasil continua sendo um país que gasta muito e como a oposição fala, gasta mal?

Gasta muito, gasta mal e não teve coragem de fazer as reformas para conter, para estabelecer limites para esses gastos. Essa dívida pública brasileira, que ultrapassará com certeza 83%, 85%, em 2018, é a mais alta dentre todos os países emergentes. A média dos países emergentes não chega a 60%. Isso é uma demonstração do descontrole das contas públicas, da irresponsabilidade fiscal que norteou, que orientou as ações naquela chamada nova matriz econômica. E repito, as consequências são reais nas vidas das pessoas, porque se fala de rebaixamento as pessoas não entendem bem como isso afeta as suas vidas. Significa, repito, as empresas brasileiras tendo uma incapacidade cada vez maior para rolar suas dívidas, para se autofinanciarem e mais do que isso, desemprego aumentando e a carestia chegando na vida das famílias brasileiras. Esse rebaixamento, mais uma vez, impacta na vida real dos brasileiros.


Foi divulgada hoje uma pesquisa dizendo que o senhor ganharia do ex-presidente Lula, se as eleições fossem hoje. Como o senhor vê esse resultado?

O que há na verdade é um cansaço absoluto em relação ao que vem acontecendo hoje no Brasil. Acho que esse modelo de governança do PT que alia incompetência administrativa, irresponsabilidade fiscal e desapreço pela questão ética, fracassou. Agora, nós do PSDB temos um projeto para o Brasil, apresentamos esse projeto durante a campanha eleitoral. Infelizmente não vencemos as eleições, mas continuamos a ter um projeto para o Brasil, que passa pela responsabilidade fiscal, pela meritocracia na administração pública, pela coragem para fazer as reformas que durante 13 anos não foram feitas pelo governo do PT
O PSDB, obviamente, no momento certo, no momento em que as eleições se aproximarem, terá uma candidatura que represente esse projeto. Fico feliz com os resultados das pesquisas, mas não vamos antecipar o calendário. Hoje, o que precisamos é encontrar caminhos para que o Brasil saia desse abismo no qual o PT nos mergulhou.

Aécio Neves e Antonio Anastasia – Entrevista sobre o Programa de Governo

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, reuniu-se, nesta quinta-feira (03/07), com o coordenador-geral do plano de governo, Antonio Anastasia, no Rio de Janeiro (RJ). Aécio Neves e Anastasia concederam entrevista coletiva sobre o programa de governo, eleições 2014 e pesquisa Datafolha.

 

Leia a transcrição da entrevista:

Sobre o programa de governo.

Aécio – O governador Anastasia, coordenador-geral do nosso programa de governo, depois de uma ampla discussão com especialistas de diversas áreas, apresenta hoje, a nossa coligação apresenta hoje, à discussão, porque estamos apenas iniciando uma discussão com a sociedade e as diretrizes gerais do nosso programa de governo. Esse programa, o objetivo é que ele seja construído ainda a partir de um debate enorme com a sociedade, através de todos os instrumentos disponíveis, em especial as redes. E estou muito feliz de estar aqui podendo apresentar algo que não é comum na nossa história eleitoral, uma proposta de diretrizes detalhada e de alguma forma aprofundada no limite do que achamos adequado e que sinaliza de forma muito clara aquilo que pretendemos fazer ou que pretendemos viabilizar no país.

E mais feliz ainda de estar acompanhado aqui da minha ministra do meu bem-estar pessoal, minha filha que está aqui hoje nos acompanhando. Vamos apresentar essas diretrizes apenas no sábado pela manhã. O governador Anastasia vai falar aqui dos pontos de convergência ou talvez das linhas mais gerais do que pretendemos apresentar e, em resumo, isso é a base, o início de uma ampla discussão com a sociedade, um projeto que queremos implementar no Brasil. E faremos isso com a responsabilidade que tivemos até aqui na condução desse projeto, e tendo sempre uma disposição enorme de ouvir. Eu acho que o que diferencia hoje a nossa proposta daquela que está hoje em execução no Brasil é que estamos ouvindo antes de fazer. Aqui no Brasil, hoje, se faz sem ouvir.

 

Sobre as diretrizes.

Aécio –  Estamos, então, apresentando hoje, a partir de inúmeras reuniões que tivemos, com especialistas de diversas áreas, as diretrizes do nosso programa de governo. Veja bem, as diretrizes, isso não é ainda um programa de governo, mas que apontam na direção daquilo que consideramos essencial que venha a ocorrer no Brasil. Tenho o privilégio de contar com o governador Antonio Anastasia, para mim, o mais qualificado especialista no setor público brasileiro, como coordenador dessas ações. O que queremos, a partir da apresentação dessas diretrizes, é que haja uma interação, uma discussão ampla de diversos setores da sociedade brasileira para que possamos, no dia da eleição, de forma muito clara, termos uma proposta de retomada do crescimento, de controle da inflação, de ampliação dos direitos sociais, de qualificação dos programas de transferência de renda, que possibilite ao Brasil crescer de forma mais sólida e distribuindo melhor sua riqueza do que ocorre hoje.

O governador Anastasia dirá algumas palavras aqui, mas o sentido dessa nossa reunião é dizer que o concluímos hoje é uma primeira etapa de um trabalho extraordinário. Não é comum, na história eleitoral brasileira, termos nessa etapa da campanha, propostas tão bem delineadas, tão bem discutidas e, com muita transparência, apresentadas. Estou muito feliz e quero de público agradecer, através do governador Anastasia, a todos aqueles e aquelas que contribuíram ao longo dos últimos meses para consolidação dessas propostas. O governador Anastasia acho que é quem melhor poderá, de forma mesmo que superficial nesse primeiro momento, definir quais serão as estratégias, quais serão as áreas mais estratégicas de ação do nosso futuro governo.

 

Sobre o programa de governo.

Anastasia –  Bem, boa tarde. Queria primeiro agradecer mais uma vez a confiança do senador Aécio Neves em nos convidar para integrar esse grupo, que é um grupo grande, muitas pessoas, várias áreas do conhecimento das políticas públicas brasileiras, para apresentar esse trabalho que está na sua fase final, mas na realidade é um começo. De acordo com a legislação eleitoral, estamos apresentando as diretrizes gerais, só que estamos num nível mais, não digo ainda de detalhamento, minuciosas, mas são diretrizes que alcançam praticamente todas as áreas de ação da esfera do governo federal. E da mesma forma que em 2002 e 2006, no governo do Estado de Minas Gerais, o senador Aécio recomendou à equipe que fôssemos inovadores. Que buscássemos ideias novas, ideias empreendedoras, ideias corajosas, e com base nos especialistas que ouvimos ao longo desses últimos dois meses.

Na realidade, essas diretrizes agora, como o senador disse, representam uma moldura do trabalho que vai ser feito para o plano de governo. O plano de governo vai ser construído com base nessas diretrizes, ao longo também dos próximos dois meses, através de um trabalho muito forte de se ouvir a sociedade, através de todo o cidadão interessado, entidades representativas, sindicatos, conselhos, associações de toda a natureza, para a consolidação dessas diretrizes que vão ser, é claro, aperfeiçoadas para que o plano de governo se consolide e que seja a plataforma que o senador, eleito presidente, irá implementar a partir de janeiro do próximo ano no governo federal.

As diretrizes foram baseadas nas orientações iniciais que o senador Aécio passou a esse grupo. A primeira orientação foi de fato um determinação firme da parte dele no sentido que objetivo fundamental do governo dele será a preocupação com o bem estar das pessoas, com a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro. E como fazê-lo? Identificando então diversas etapas de diversos passos. O primeiro objetivo, sentindo o que todos os brasileiros hoje percebem, da necessidade da mudança, é a implementação de algumas reformas que são reformas nucleares no Brasil. A reforma dos serviços públicos, a reforma da segurança pública, a reforma tributária, a reforma política, e também uma ampla reforma da nossa infraestrutura, que lamentavelmente está, como todos sabemos, em uma situação muito negativa no Brasil hoje. Essas reformas, portanto, formam os pilares das diretrizes que se desdobram naturalmente pelas diversas áreas de ação do governo.

Temos alguns princípios também que o senador Aécio traçou no início como aqueles que iriam fazer também, vamos dizer assim, um arcabouço geral: os princípios da descentralização, para devolver a estados e municípios competências, condições e meios da sua atuação; o princípio fundamental da transparência da ação governamental; o princípio da inovação; o princípio da simplicidade, tão importante nos dias de hoje para tornar a vida do cidadão, de cada um de nós, mas também das empresas e das próprias esferas de governo, mais rápida, mais ágil. O princípio da confiança, porque hoje no Brasil lamentavelmente o que existe é o contrário, é a desconfiança generalizada entre todos, o que acaba atrapalhando o funcionamento das instituições. Esses princípios são fundamentais e eles é que instruem, digamos assim, essas reformas.

E foi feito um trabalho, volto a dizer, de maneira muito séria, com oito grandes grupos, na área da cidadania, na área da economia, na área da sustentabilidade, da educação, da saúde, da segurança, relações exteriores e também do governo eficiente. O trabalho é abrangente e procurou-se à exaustão fazer uma coordenação entre as diversas áreas. O que sabemos é que os governos não podem ser compartimentados, então, as áreas têm de falar entre si. Por isso a preocupação é muito grande, na área da cultura, por exemplo, na área do meio ambiente, para perceber que elas estão presentes nas diversas áreas governamentais. Mas volto a dizer, esse é o primeiro passo. Não é um trabalho acabado. Como são diretrizes, estamos colocando isso para a discussão da sociedade para aí sim se aprimorar e formatar o plano de governo propriamente dito, que será concluído ao longo do tempo. Em linhas gerais, é esse o trabalho que está sendo concluído nessa data, depois das várias reuniões que tivemos com especialistas e também com o senador Aécio.

 

Sobre economia.

Anastasia – Acho que o que o senador Aécio acabou de manifestar aqui é o fundamento da economia, é a luta contra a inflação, a valorização da moeda, a necessidade de termos de fato uma economia que seja robusta, uma política industrial que permita ao Brasil evitar o que está havendo hoje, que é a desindustrialização reconhecida por todos. Termos uma política industrial vigorosa no Brasil, com desenvolvimento e fundamentalmente garantindo o valor da nossa moeda e terminando com esse momento triste que vivemos hoje da chamada carestia.

 

Sobre a política de desonerações.

Aécio –  O trabalho que estamos concluído hoje, como disse o governador, uma primeira etapa de um programa de governo que vai ser aprofundado e discutido, sinaliza de forma muito clara aquilo que consideramos essencial. Parte de um diagnóstico. O Brasil vive hoje um processo de estagnação. Estagnação do crescimento e recrudescimento da inflação. Obviamente as medidas que serão tomadas para enfrentar essa dramática conjunção de circunstâncias serão detalhadas ao longo da campanha. Não é nosso objetivo fazer isso daqui hoje, mas é claro que queremos que o Brasil retome o crescimento em bases sólidas e sustentáveis, controle a inflação, resgate a credibilidade do Brasil sem esse exacerbado e incompreensível intervencionismo do governo federal, uma das principais marcas do governo federal. O resgate da meritocracia no setor público, se colocando no lugar desse aparelhamento absurdo e perverso da estrutura do Estado brasileiro por um grupo político.

Tudo isso irá nos diferenciar, haverá de nos diferenciar, ao longo desse debate daqueles que estão hoje governando o Brasil. Vai ficar muito claro, a partir do início dessas discussões e dessas diretrizes que serão apresentadas no sábado, que temos uma ideia do papel do Estado, da nossa relação com o mundo e da forma de se construir, de se organizar a máquina pública muito diferente daquela que temos que estão hoje no governo. Hoje é apenas o início de uma ampla discussão e iniciamos isso de forma extremamente consistente, responsável e diria respeitosa para com o Brasil. Foi um trabalho extremamente bem feito e incluiu centenas de especialistas de várias áreas e a simples participação dessas pessoas já é um prenúncio de que faremos um projeto de governo que seja do Brasil, não de um partido político, de uma coligação, mas dos brasileiros.

 

Sobre reformas.

Aécio –   Tenho dito sobre isso, sobre a necessidade de uma reforma política, da simplificação do sistema tributário, de uma própria reforma do Estado brasileiro, da diminuição do tamanho, do gigantismo da máquina pública, tudo isso será detalhado ao longo da campanha. Mas vocês vão ter a oportunidade a partir de sábado de compreender. Não conheço todas as propostas anteriores, conheço algumas. Mas eu não conheço nenhuma tão bem elaborada ou com tanto cuidado como a nossa de apresentar caminhos. O que estamos fazendo. Não temos o diagnóstico definitivo, não temos uma solução definitiva para cada problema, mas o diagnóstico foi feito e os caminhos estão apontados.

Queremos que a sociedade brasileira participe conosco da elaboração das propostas e essa é a razão fundamental, a meu ver, das diretrizes. Estimular de alguma forma, mobilizar as pessoas para participarem dessas discussões. Vamos abrir um portal exclusivamente para receber contribuições a partir dessas bases que estão sendo hoje apresentadas e ao longo da campanha nós vamos ampliar discussões sobre cada um desses temas, inclusive os temas econômicos. Se eu avançar demais eu perco o caráter propositivo daquilo que foi feito hoje. Está claro para nós que queremos um Estado eficiente a reinclusão das empresas brasileiras na economia brasileira nas cadeias globais, uma nova inserção juntos a outros países dos quais estamos alijados hoje. Como falei, a meritocracia, a qualificação dos programas sociais, uma relação com o setor privado sem riscos e que estimule a retomada dos investimentos. Enfim, um conjunto de ações que nos diferenciará fortemente daquilo que fazem os que governam hoje o Brasil.

 

Sobre investimentos em infraestrutura.

Aécio –  Parcerias com o setor privado. A base é isso. Da forma como elas puderem se realizar. Como? Criando um ambiente não hostil, como acontece hoje, mas um ambiente de confiabilidade. Previsibilidade – essa é uma palavra que vai estar presente nas nossas preocupações. As medidas têm que ser previsíveis, as pessoas têm que saber o que vai acontecer com o Brasil para poderem ser parceiros do nosso desenvolvimento.

 

Sobre promessas do governo.

Aécio –  O Brasil acompanha um governo que, durante 12 anos, não conseguiu fazer aquilo que promete fazer pelos anos que ainda não adquiriu de governo. Estamos vendo um governo – repeti essa frase algumas vezes, e vou dizer de novo – à beira de um ataque de nervos. Porque usa os últimos instantes que a legislação permite para prometer novas obras que em 12 anos não conseguiu fazer. O que vamos criar é um ambiente adequado, de segurança jurídica, de estabilidade, de não-intervencionismo, para que o capital privado volte a ser um parceiro dos investimentos que deixaram de vir para o Brasil. E vamos fazer um choque de infraestrutura no Brasil. Aquelas obras que foram iniciadas, e que são importantes, vão ser finalizadas, mas sem os sobrepreços e sem a fragilidade operacional do governo Dilma.

 

Sobre pesquisa Datafolha.

Aécio –  Foi extremamente positivo mais esse resultado das pesquisas eleitorais. Principalmente num aspecto, talvez até agora pouco explorado: a diminuição dos votos nulos e brancos assegura o segundo turno. E essa diminuição tende a continuar ocorrendo nas próximas pesquisas. E isso nos dá uma segurança muito grande que poderemos estar no segundo turno e, com o estreitamento da diferença no segundo turno, mesmo com o nível ainda alto de desconhecimento em relação aos candidatos de oposição, essa pesquisa deve continuar preocupando o governo e a atual presidente da República.

 

Sobre associação entre a Copa e melhoria na avaliação do governo.

Aécio –  Eu não vejo avanço. Acho que, analisada a pesquisa de forma mais ampla, o que estamos percebendo de forma muito clara é que há um estreitamento na diferença em relação ao segundo turno, mesmo tendo a presidente da República 100% de conhecimento, o que não ocorre em relação aos candidatos da oposição. Essa pesquisa é muito positiva para a oposição. Garante o segundo turno e, acho, mostra que no segundo turno quem vence é a oposição.

 

Sobre a Copa e as eleições.

Aécio – Vamos torcer para que o Brasil vença na Copa do Mundo e para que o Brasil possa vencer em 5 de outubro, enterrando esse ciclo de governo que tão mal vem fazendo ao Brasil, e iniciando outro, onde haja eficiência e onde haja decência na gestão pública.

 

Sobre a Petrobras.

Aécio –  Nas nossas diretrizes, vocês vão ver algumas coisas sobre Petrobras também. Vamos discutir, à luz do dia, e não nas madrugadas insones do governo, as medidas que sejam mais eficazes para o país e para a própria Petrobras. O que percebo é que há um conjunto de medidas tomadas no improviso pelo governo e que não há uma avaliação racional da consequência dessas medidas. Algumas delas, em relação à Petrobras. Vamos ter calma para avaliar cada uma delas.

Pesquisa Datafolha aponta segundo turno entre Dilma e Aécio Neves

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira confirma o segundo turno na disputa presidencial com o candidato do PSDB, Aécio Neves. Em apenas quatro meses, o tucano conseguiu reduzir de 27 para 7 pontos a vantagem que a candidata do PT, Dilma Rousseff, tinha na simulação do segundo turno. A pesquisa mostra ainda Aécio Neves, pela primeira vez, à frente na simulação de segundo turno entre eleitores que vivem em cidades grandes e médias. O candidato tucano destacou que o ponto mais positivo da pesquisa foi a diminuição dos votos nulos e brancos.

 

Sonora de Aécio Neves

“Foi extremamente positivo mais esse resultado das pesquisas eleitorais. Principalmente num aspecto, talvez até agora pouco explorado: a diminuição dos votos nulos e brancos asseguram o segundo turno. E essa diminuição tende a continuar ocorrendo nas próximas pesquisas. E isso nos dá uma segurança muito grande que poderemos estar no segundo turno e, com o estreitamento da diferença no segundo turno, mesmo com o nível ainda alto de desconhecimento em relação aos candidatos de oposição, eu diria que essa pesquisa deve continuar preocupando o governo e a atual presidente da República.”

 

O levantamento também mostra que a candidata Dilma tem a maior rejeição entre todos os candidatos: 32% dos eleitores afirmam que não votariam na petista de jeito nenhum.

 

Boletim

O Medo do PT

Enquanto o PT faz terrorismo na TV, com o intuito de amedrontar os brasileiros e levá-los a votar pela reeleição da candidata Dilma Rousseff, é importante colocar o debate político nos trilhos da sensatez.

O que terá acontecido para que o partido se lançasse no desespero, no tudo ou nada, antes mesmo da campanha eleitoral começar oficialmente? Resposta: há uma vigorosa exigência de mudança pulsando no coração e na mente dos brasileiros. Para se ter a dimensão daquilo que realmente assusta o PT, vale a pena conferir alguns números pouco conhecidos do último Datafolha.

 

Leia mais:  http://www1.folha.uol.com.br/colunas/aecioneves/2014/05/1456388-o-medo-do-pt.shtml.