Aécio Neves cobra da presidente Dilma transparência nos gastos públicos

O senador reiterou a necessidade da prestação de contas por parte da presidência da República durante viagens oficiais

Foto : Christian Celeste

Ao comentar a viagem feita pela presidente da República, Dilma Rousseff, e comitiva a Lisboa, o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), reiterou a necessidade da prestação de contas por parte da presidência da República durante viagens oficiais. Ele criticou a falta de transparência nas informações sobre os gastos feitos pelo governo federal e disse que cabe à presidente dar transparência sobre suas ações públicas.

“Quem é que disse que a presidente não precisa prestar contas dos seus gastos, dos gastos da sua comitiva? Por que os brasileiros não podem saber onde está a chefe da Nação, a maior mandatária do país? Acho que a ausência de transparência causa mais danos do que a simples verdade causaria. Isso não é um bom exemplo que o governo federal possa dar aos brasileiros”, declarou.

Aécio Neves acrescentou: “O grave nessa questão, na minha avaliação, não é o fato da presidente da República parar em um determinado país, pernoitar naquele país, mas é a mentira. Assistimos o chanceler brasileiro ter o constrangimento de fazer afirmações que são desmentidas no dia seguinte pelo governo português. É algo que não está à altura de um país das dimensões do Brasil”, afirmou.

“O que faltou ali é algo que tem faltado a esse governo em várias áreas, na condução da sua política fiscal, na gestão de suas empresas e em especial dos seus bancos, como o BNDES, e agora é retratada de forma até caricata nessa viagem escondida, entre aspas, da presidente da República: transparência”, disse.

 

Financiamentos a Cuba

Em sua fala, o senador salientou ainda a importância de se estender a prestação de contas a outros setores e transações do governo federal e de suas principais instituições, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele exigiu explicações sobre os investimentos feitos em Cuba para a construção do porto de Mariel, cuja primeira etapa foi inaugurada na semana passada.

“O que é grave é que isso não se restringe a esse episódio. O governo tem omitido informações sobre inúmeros gastos. O caso do BNDES é um acinte. Por que preocupa tanto ao PT a forma como foi concedido esse financiamento para a construção do porto cubano?”, questionou.

“Pelo menos já no último ano de governo da atual presidente assistimos à inauguração da primeira grande obra concluída em seu governo. Pena que foi em Cuba. Poderia ter sido no Brasil, aqui no Porto do Paranaguá (PR), que necessita de tantos investimentos. O que lamento é que a falta de transparência tem se transformado em uma marca desse governo”, completou.

 

 

Share on FacebookTweet about this on TwitterShare on Google+