Entrevista na Convenção do PSDB – Brasília – 30-11-23

Estou extremamente feliz com o desfecho da nossa convenção. O presidente Eduardo Leite é nossa grande aposta para 2026 e vai ser sucedido por um tucano raiz. Conseguimos chegar em harmonia com uma só chapa do diretório e uma só chapa da Executiva. Isso por si só é a demonstração de que o PSDB tem responsabilidades com o país. A partir de hoje vamos nos dedicar a construir um projeto de Centro em oposição ao atual governo, mas que permita que o Brasil tenha uma opção entre os dois extremos que hoje polarizam a disputa política no Brasil.

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Sobre o partido ganhar capilaridade para Eduardo Leite conseguir se candidatar.

O PSDB não pode ser avaliado ou se qualificado pelo número de prefeitos ou número de vereadores, mas sim pela nossa história. O PSDB é o partido que mais contribuiu para os principais avanços que ocorreram nas últimas décadas. A nossa história é o nosso passaporte para um novo futuro.

Estou convencido que vamos todos arregaçar as mangas e construir candidaturas viáveis, mas acima de tudo, uma proposta para que o Brasil deixe de votar não como aconteceu na última eleição. Não se queria o Lula, votava-se no Bolsonaro, quem não queria o Bolsonaro, votava no Lula. Nós queremos fazer as pessoas votarem sim a favor de um projeto liberal do ponto de vista econômico, inclusivo do ponto de vista social, responsável e pragmático na nossa política externa, sem alinhamentos ideológicos. Enfim, um projeto que o Brasil aguarda. E é o PSDB que vai conduzi-lo.

Qual o seu papel no partido, o sr. vai assumir o ITV?

Não, o meu papel tem sido este de ajudar o partido. Não pretendo absolutamente nada. Estou imensamente feliz com a eleição de Marconi Perillo e, principalmente, com a construção que fizemos que levou a uma eleição por unanimidade, por aclamação. Especula-se sempre muito em divergências, em rachas. Hoje, demos uma demonstração clara de que acima de posicionamentos naturais ou divergências pontuais, existe nosso compromisso de fortalecer o partido. Isso passa pela nossa unidade. A nossa unidade está consagrada e daqui para frente caberá à Executiva tomar as novas decisões. Estou extremamente feliz de ter participado desta construção e ter Marconi Perillo como meu presidente a partir de hoje.

O partido teria uma unidade, mas não teria uma âncora para guiar os próximos passos do partido e voltar a crescer. Qual poderia ser essa nova âncora?

O partido renasce. O próprio presidente Eduardo Leite fez um trabalho muito qualificado renovando o programa do PSDB. Temos de radicalizar no centro. Temos de ser oposição clara, sem adjetivos a este governo da gastança, do desequilíbrio fiscal, da política externa do alinhamento ideológico. O Brasil merece muito mais do que isso. E somos nós do PSDB que devemos assumir a condução do que estou chamando de uma nova via. Uma nova via desenvolvimentista, inclusive do ponto de vista social, e ousada no debate das políticas públicas.

O sr. pretende compor a chapa com o governador Eduardo Leite para presidente?

Acho que o Eduardo é o nosso condutor. Ele deve buscar outras alianças, ampliar para fora do partido a sua aliança, mas hoje é também não só o momento da consagração de Marconi Perillo como nosso presidente, por unanimidade, de forma convergente, mas também a reafirmação de Eduardo Leite como a grande aposta do PSDB para as eleições de 2026. Não temos medo de enfrentar os extremos, de enfrentar o radicalismo porque temos conteúdo, temos propostas e, principalmente, temos história. É por isso que vamos disputar e temos certeza, com muitas boas possibilidades, as eleições de 2026.

O sr. vai tentar o governo de Minas?

Isso está longe ainda. Recebo estímulos todo o tempo, mas não coloco o carro na frente dos bois. Sou mineiro. Vamos dar tempo ao tempo. Esta é uma decisão que o futuro irá tomar.

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