Aécio Neves – Primeiro discurso como Presidente do PSDB

Companheiros e companheiras, tucanos de todas as partes desse maravilhoso Brasil.

Hoje, e vocês pode imaginar, é um dia diferente. Talvez para muitos que estão aqui, mas principalmente para mim.

Hoje, presidente Fernando Henrique, não realizamos apenas mais uma convenção do PSDB.

Hoje, nos reencontramos com nossa própria história. Com nossos valores e princípios, mas, sobretudo, com a nossa responsabilidade de mudar o Brasil.

Ao olhar, e olhava atentamente o semblante, nos olhos de cada companheiro que aqui estava, e percebi que é realmente um reencontro.

É muito significativo para mim, em especial, companheiro Roberto freire, a sua presença. Companheiro de todas as trincheiras e de todas as horas, e não tenho dúvida que mais uma vez estaremos juntos.

Companheiro José Agripino, o grande amigo, o grande senador, traz aqui com a clareza com que se expressa, com os compromissos claros que tem em relação ao Brasil mais uma vez a palavra vigorosa dos irmãos Democratas. Retribua ao meu irmão e companheiro ACM Neto a gentileza da sua mensagem e, através dele, a todos os Democratas do Brasil, diga apenas que nossa história irá recomeçar. E ela só terá êxito se for uma história construída a várias mãos, e as suas mãos, limpas e honradas, serão fundamentais para que possamos um dia devolver ao Brasil um governo sério, honrado e eficiente.

São muitos os companheiros que estão aqui. Não vou citá-los a todos. Muitos mais estão em outras dependências desse prédio, e digo de antemão que irei no encerramento dessa convenção abraçá-los pessoalmente.

Mas, hoje, o que quero dizer a vocês, com a responsabilidade de presidente, a partir desse instante, do maior partido de oposição do Brasil. é uma palavra de honra e de orgulho.

Orgulho da nossa trajetória, dos nossos companheiros, mas em especial orgulho da nossa história.

Somos, presidente José Serra, o partido da estabilidade econômica. O partido dos programas de transferência de renda. O partido as privatizações que tão bem fizeram ao Brasil. somos o partido da Lei de Responsabilidade Fiscal. Somos o partido que permitiu que milhões de brasileiros voltassem a consumir. Mas somos, sobretudo, o partido da ética. O partido que compreende que política e ética podem sim, e devem, permanentemente caminhar juntas.

Não é uma missão formal que assumo. Tampouco a recebo como uma homenagem, mas sim como uma tarefa.

Tarefa que desempenharei ao lado de companheiros e companheiras comprometidos com o mesmo ideal. Arthur, o bravo Arthur que tanta falta faz ao Senado da República, falava e o presidente Fernando Henrique repetiu, de utopias.

É claro que para fazer política com seriedade na dimensão exata do que isso representa, é preciso sim ter utopias e nós temos. Queremos tirar o país das garras de um partido político que se esqueceu de suas origens e da sua história.

Que abdicou de ter um projeto de país para se contentar com uma palavra única e exclusivamente com um projeto de poder.

E que bom poder saber que ao caminhar por esse país, e é isso que o PSDB deverá fazer a partir de agora, encontrarei em cada um de vocês a responsabilidade e a dimensão política de cada um de vocês.

Dos jovens do PSDB, os mais aguerridos de todo o país!

Nas vibrantes e mulheres do PSDB, que aqui comparecem em enorme número!

Em nosso já forte morte movimento sindical!

No Tucanafro!

De segmentos que vão permitir que a nossa voz, nossas propostas possam ecoar por todo o país.

Não será fácil a nossa trajetória. Não me iludo. Mas estar longe de ser impossível.

Os obstáculos conhecemos. Não vamos enfrentar apenas um partido político. Vamos enfrentar um partido que se encastelou no Estado, se ocupou do Estado e inverteu uma lógica básica e primária de democracia: os partidos são feitos para servir ao Estado. O PT inverteu a lógica e colocOu o Estado a serviço de um partido e do seu projeto de poder.

Vamos sim, com a generosidade que temos e demonstramos em todas as etapas da nossa trajetória, andar com cabeça erguida pelo país para dizer que em todos os momentos da história em que fomos chamados a participar, o PSDB esteve do lado certo.

O PSDB sempre esteve do lado da democracia. Os companheiros que aqui estão não negaram a Tancredo o voto no Colégio Eleitoral no momento em que o grande objetivo do país era virar a página do regime autoritário.

Os companheiros que estão aqui, ao contrário dos nossos adversários, votaram e trabalharam pela consolidação do Plano Real. Esse sim, o maior programa de transferência de renda da história brasileira.

Os companheiros que estão aqui, ao contrário dos nossos adversários, lutaram, defenderam e aprovaram a Lei de Responsabilidade Fiscal, o marco definitivo na gestão pública desse país.

Sim, nosso DNA está lá, em todos os programas de transferência de renda, que hoje se juntaram no Bolsa-Família. Mas no nosso tempo, e reafirmo que o Bolsa-Família é hoje um projeto incorporado, enraizado, na paisagem econômica e social e será mantido.

Mas quando foi elaborado, com a presença de José Serra, no Ministério da Saúde, o Bolsa-Escola e o Bolsa Alimentação eram um passaporte para o futuro, e não um documento estagnado e aprisionado no presente.

Queremos, diferente dos nossos adversários que se contentam com a administração diária da pobreza, queremos a sua superação, que cada brasileira, não importa onde viva, possa escolher o seu caminho, conseguir a sua independência e buscar o seu sucesso e o seu progresso.

Por isso, o PSDB tem a responsabilidade. Não é questão de opção.

O PSDB se apresentará no momento certo, e ainda não é hora de tratarmos disso, porque isso deve acontecer em 2014, com um projeto alternativo a esse que está aí.

Pois onde estiver o PSDB, meus amigos e minhas amigas, estejam absolutamente seguros, estará a defesa intransigente da ética, da liberdade e da democracia.

Os nossos adversários, e aqui isso já foi dito, vêm atentando contra a democracia, querendo colocar um garrote no Supremo Tribunal Federal, inibir as ações do Ministério Público, cercear a imprensa, inibir a livre movimentação das forças partidárias.

Mas sabem por que fazem isso? Porque temem, porque nos temem, porque sabem que no confronto, no olho no olho, nós poderemos dizer que temos coerência. O que defendíamos no governo, defendemos e temos a responsabilidade de bancar na oposição.

E aqui uma palavra de reconhecimento e de agradecimento. Não assumo um partido esfacelado. Ao contrário, assumo um partido unido como nunca. E essa unidade, para mim, tem nome e sobrenome, a construção dos pilares do PSDB, sólido hoje, governando oito estados e mais de 700 municípios, responde pelo nome do presidente Sérgio Guerra, companheiro leal, amigo e dedicado às causas da social democracia. O PSDB lhe é devedor Sérgio, e tenho certeza que seu vigor continuará sempre presente nas etapas que ainda temos que viver.

Hoje basta apenas um passeio rápido pela paisagem brasileira para vermos o mal que o PT vem fazendo ao Brasil. Escolham a área.

Vamos falar de educação. É vergonhosa a nossa posição. No governo Fernando Henrique, fizemos a universalização do acesso ao ensino fundamental e a qualidade, que deveria ser a etapa seguinte, jamais chegou. O tempo médio de escolaridade, hoje, de um aluno brasileiro, apenas na América do Sul para não nos humilharmos muito e não precisarmos ir a outras partes do mundo, nós encontramos paralelo apenas no Suriname, estamos atrás de todos os nossos vizinhos.

Hoje no Brasil, de cada quatro alunos que entram no ensino fundamental, um não conclui. E de cada dois alunos que entram no ensino médio, apenas um conclui.

Essa é a verdadeira fronteira que o PSDB deve obstinadamente buscar. Ao contrário, meu amigos e minhas amigas, governador Geraldo Alckmin, desse surrado slogan do governo federal de que país rico é país sem miséria, quero dizer que o slogan correto é país rico é país com educação. Esse sim é um país que transforma definitivamente a vida das pessoas. E é possível sim fazer.

Em Minas nós fizemos. Outros estados têm feito. E quanto me orgulho quando nós, em Minas Gerais, apostamos que, através da avaliação de desempenho, estabelecimento de metas, podíamos avançar na educação. E hoje, de todas as conquistas que tivemos em Minas nos últimos anos, essa é a da qual mais me orgulho. Temos hoje, segundo o Ministério da Educação, o IDEB, a melhor educação fundamental do Brasil.

E nesse instante, peço licença para mais um agradecimento, a um dos mais extraordinários homens públicos e seres humanos que conheci em toda minha trajetória. E até me emociono com sua lealdade, com seu compromisso com a democracia e com os valores que me ensina a cada dia. Obrigado governador Antonio Anastasia pela sua solidariedade, pelo seu talento e por estar levando a minha querida Minas Gerais a um novo futuro.

Mostramos que é possível fazer.

Querem passear um pouco sobre a tragédia da saúde pública brasileira? Vamos lá.

Quando José Serra era ainda ministro da Saúde, o governo federal participava com 46% do total de investimentos em saúde em todo o Brasil. Dez anos se passaram e hoje o governo federal participa com apenas 35%.

Onde está a generosidade desse governo, que se diz governo dos pobres?

Não. É o governo dos amigos, para os amigos, pelos amigos, como assistimos a cada instante, a cada hora.

É preciso generosidade.

Fazer o que você fala a cada instante, presidente Fernando Henrique, cuidar das pessoas, cuidar sinceramente. Olhar s buscar caminhos evitando o populismo e medidas demagógicas.

É possível termos avanços na saúde e eles passam por aquilo que o PSDB defende. Vi aqui o companheiro Carlos Mosconi, que teve a responsabilidade, ao lado de José Serra, de consolidar e implementar o SUS no Brasil.

O PSDB defende aquilo que propunha a emenda 29, com 10% dos recursos orçamentários sendo gastos na saúde para que possamos efetivamente cuidar de quem precisa.

Poderia avançar em outras áreas, mas não vou cansá-los demais.

Fico na segurança pública. Hoje, 87% do total de recursos que se gasta em segurança no Brasil vêm dos cofres estaduais e municipais. Apenas 13% vêm da União. Mais uma omissão imperdoável.

E merece aqui o nosso aplauso e homenagem a coragem com que o governador Geraldo Alckmin vem enfrentando essa questão no maior estado brasileiro. As medidas do enfrentamento da epidemia do crack são exemplo e referência para todo o Brasil.

Pois bem, hoje se olharmos o que acontece com o Brasil, vamos perceber com clareza, porque foi que o governo do PT, em marketing eles são bons, optou em comemorar em todo o Brasil os dez anos de poder. Fizeram isso e, para mim é absolutamente claro, porque queriam esconder os últimos dois anos de fracassos do governo da atual presidente. Porque nos anos do presidente Lula eles ainda foram beneficiados pela herança do presidente Fernando Henrique Cardoso.

E por um ambiente econômico externo extremamente favorável.

Eles comemoram dez e não dois anos, por que se tivessem que comemorar dois anos seriam apenas três as marcas, o pibinho ridículo, irrisório e vexatório. A inflação saindo de controle e as obras de infraestrutura estagnada.

Essa é a marca do descompromisso do PT com as futuras gerações.

Aliás, companheiro Aloysio Nunes, estive na tribuna do Senado dizendo que, infelizmente quem governa o Brasil hoje não é a presidente, mas a lógica da reeleição. Pois bem, o governo do PT só nos dá motivo para cada vez mais acreditarmos nisso.

O que é isso companheiros e companheiras, 39 ministérios para atender a quê? Alguns segundos a mais na televisão.

Disse outro dia que estávamos agora na companhia do Gabão. O embaixador do Gabão não gostou e disse que lá não, que lá são só 29. Portanto, lamentavelmente, peço desculpas a ele, voltamos ao primeiro lugar.

Aliás, achava eu, porque hoje cedo recebi um email de um amigo meu que acompanha uma pesquisa feita pela universidade de Cornell, nos Estados Unidos, que disse: Infelizmente, o governo da presidente Dilma não vai ter esta medalha de ouro porque o Sri Lanka tem 53 ministérios.

E eu disse a ele: que se cuide o Sri Lanka porque do jeito que as coisas estão indo, se tiver mais um partidinho, se tiver mais tempinho de televisão para buscar, o Sri Lanka daqui a pouco vai ser vice-campeão.

Falo isso porque não é compreensível gente, não é razoável, não é adequado, não é respeitoso para com a população brasileira a forma como o PT vem utilizando o Estado em busca da continuidade de um projeto de poder ou do alargamento da sua base de apoio.

Buscar base de apoio é lícito, legítimo, necessário, e o presidente Fernando Henrique fez isso muito bem para nos trazer as transformações que aí estão.

Mas para uma base paquidérmica, companheiro Carlos Sampaio, como esta, senador Mario Couto, para não fazer absolutamente nada, para colocar a Câmara e o Senado de cócoras, de joelhos, envergonhados? E é isso que tem acontecido.

Não satisfeitos com o aparelhamento do Poder Executivo, eles colocam a sua força para submeter o Poder Legislativo à sua agenda e, agora, buscam de forma indireta, estabelecer garrotes e limites para o funcionamento do Supremo Tribunal Federal. Talvez em outro país tivessem sucesso.

Aqui não terão. Não terão porque nós do PSDB, do Democratas, do PPS, não permitiremos que a maior das conquistas do nosso tempo, as liberdades democráticas sejam colocadas em risco por aqueles que não tem a dimensão do que é servir ao país.

Falta a este governo generosidade. Falta a compreensão de que somos um país continental e esse centralismo, a forma como o governo trata hoje os municípios e os estados, vem fazendo mal a toda a federação.

Aliás, Federação é hoje uma palavra solta numa folha de papel. Cada dia mais o governo faz as suas bondades com recursos dos estados e dos municípios sim. E é preciso sim que a agenda da federação seja efetivamente discutida no Brasil e, para o PSDB ela é absolutamente prioritária.

Faço, portanto, aqui, apenas algumas sinalizações porque o que teremos pela frente é o desafio de olhar para cada brasileiro, para cada brasileira, onde quer que ele esteja, qualquer que seja a sua crença, qualquer que seja a sua classe social, a sua atividade econômica, qual seja a sua região, dizendo para eles que não queremos a hegemonia de qualquer que seja.

Nós do PSDB queremos um Brasil onde todos sejamos nós e não existam eles de dedo em riste apontado para aqueles que discordam das suas posições, que condenam a corrupção e que têm a coragem de dizer que o Brasil está cansado.

Este é o nosso papel. Esta é a nossa responsabilidade. Mas que bom poder saber que não estarei sozinho, ou não estaremos nós companheiros da nova direção do partido sozinhos nesta caminhada. Ela só tem sentido e ela só será exitosa se for uma caminhada realmente e efetivamente solidária, onde cada um de nós compreenda que têm um papel, mas que estaremos todos irmanados na determinação de devolver ao país um governo que pense nas futuras gerações, que tenha coragem para fazer as reformas que este governo não fez até aqui. E é por isso que o PSDB apresentará, dentro de pouco tempo ao país, área por área, seu plano, suas propostas.

Assisti, presidente Fernando Henrique, recentemente, a propaganda eleitoral do PT. Eles diziam, primeiro de forma leviana, que deram os primeiros passos para esse Brasil de hoje. Quanta inverdade, quanta usurpação daquilo que não lhe é de direito. Os primeiros passos foram dados ainda antes de muitos nós, e desses jovens que estão aqui, com a reconquista da democracia. O segundo grande passo foi a retomada da estabilidade econômica. E o terceiro o início dos programas de transferência de renda. Todos eles com a participação efetiva do PSDB. Esta é a grande verdade.

E é por isso que estamos aqui hoje, altivos, de cabeça erguida, compreendendo o nosso papel e sabendo claramente o que fazer. Hoje, portanto, no momento em que encerro essas minhas palavras.

Um outro reconhecimento. Ao papel extremamente corajoso, sério, competente e de resistência que vem sendo exercido pela nossa bancada de deputados federais, numericamente inferiorizados, mas que supera essa inferioridade, assim como nosso bancada no Senado, com garra, vigor e compromisso com o país.

Companheiros e companheiras,

somos todos, governador José Serra, partes de um mesmo corpo. Somos todos, governador Geral Alckmin, compromissos com a mesma causa. Somos todos, governador Tasso Jereissati, corresponsáveis por aquilo que pode acontecer ou deixar de acontecer nesse país.

Meu velho avô Tancredo, lembrado aqui pelo extraordinário companheiro Marconi Perillo, dizia sempre. Quando você estiver olhando um orador na tribuna, alguém com microfone na mão, desvie seu olhar por alguns momentos e comece a ver quem são aqueles que estão ao seu lado, aqueles que emprestam seu prestígio, a sua história, a sua credibilidade a quem está falando.

Ninguém tem o orgulho que eu tenho porque ninguém tem o time que o PSDB tem, a começar por Fernando Henrique Cardoso, passando por cada um dos companheiros que aqui estão e por cada um daqueles que estão aqui na minha frente.

Não temos o que temer. Estamos do lado certo. Queremos o bem do Brasil. Não queremos tomar conta ou ocupar o Brasil.

Por isso, meus amigos e minhas amigas, agora é hora da convocação. Convocação para que possamos percorrer juntos essa estrada.

Com olhos na nossa história. Nos exemplos de homens como Mário Covas. De mulheres como Ruth Cardoso, que tanto nos orgulham e que tanto nos honraram.

Se cada um de nós compreender o sacrifício dos homens e mulheres que já não mais estão aqui, saberão que a nossa luta será exitosa.

Ao final, no momento em que agradeço do fundo do coração a homenagem e o apoio que recebi, quero dizer que, como filho das Minas Gerais, amante – por que não? – do Rio de Janeiro, mas, mais do que nunca, de São Paulo, do Ceará, de Pernambuco, do Rio Grande do Sul, de todas as partes do Brasil, quero dizer uma palavra de agradecimento.

Ao meu pai, Aécio Cunha, que aqui não está, mas que me ensinou desde muito cedo aquilo que disse inicialmente. Ética e política devem ser como irmãs siamesas e jamais se separarem.

Sinto nos meus ombros a mão carinhosa e o conselho sempre sábio do meu avô Tancredo, que dizia que no serviço da pátria haverá sempre espaço para todos.

Por isso estamos aqui. Para construir um tempo novo no Brasil. E a nossa unidade, aqui hoje sacramentada, é a amálgama, o instrumento, o combustível mais eficaz que temos para mostrar ao Brasil que nem tudo está perdido.

Nos aguardem e nos esperem, porque vamos de novo escrever no Brasil uma página de dignidade, de competência e de utopia.

Por um Brasil mais justo e mais solidário.

Viva o PSDB. Contem comigo!

 

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