O senador Aécio Neves (PSDB/MG) participou, nesta segunda-feira (06/02), de reunião com o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, e com o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda. Segundo o senador, foram discutidas questões importantes para a capital mineira, como os investimentos na expansão das linhas do metrô e as obras para a Copa do Mundo.
“Temos conversado sempre, temos a mesma origem e uma proximidade muito grande. Fizemos mais uma avaliação, tanto do encaminhamento de algumas questões importantes para Belo Horizonte. Em relação à Copa do Mundo, o prefeito Marcio nos fez um relato detalhado de como está o processo de investimentos em relação à mobilidade urbana, principalmente. Falamos do metrô de Belo Horizonte, um processo que vai ser conduzido em parceria pelo Estado, pelo município e, obviamente, com a participação da União”, disse.
Governo federal
Aécio Neves criticou o uso de critérios políticos pela gestão federal, em detrimento da meritocracia. Para o senador, o tempo irá mostrar que o aparelhamento da máquina pública é ruim para o Brasil.
“O tempo vai mostrar isso. Não podemos ter ilusão de que no primeiro momento de um governo recém eleito vamos ver todas as mazelas aparecerem. Com o tempo, vai ficar muito claro que o governo do aparelhamento não é bom para o Brasil. O Brasil merecia um governo baseado muito mais na meritocracia, do que na filiação partidária. Algumas áreas do governo, como a Petrobras, os bancos oficiais, deveriam estar imunes a indicações que não tenham na capacidade técnica a sua razão maior, e sim na sua capacidade política”.
Aécio também lamentou a falta de uma política industrial de médio e de longo prazo por parte do governo federal. Ele alertou, ainda, para o processo de desindustrialização da economia brasileira.
“Hoje há um processo gravíssimo de desindustrialização do Brasil. Há 10 anos, tínhamos na nossa pauta de exportações 60% de produtos manufaturados. Hoje é o inverso. Exportamos 60% de commodities, de produtos primários. Deveríamos preservar os setores onde somos competitivos – isso é essencial – não com políticas paliativas e emergenciais de diminuição de tributos circunstanciais, mas com política de médio e de longo prazo. É isso que vai fazer com que a indústria nacional se recupere. Vimos os índices de janeiro. É declinante o desempenho, inclusive na geração de empregos. Isto é absolutamente grave, porque o governo do PT não se preocupou, em 10 anos, em construir uma política industrial para o Brasil”, observou Aécio.