Durante solenidade que marcou início das obras do programa Caminhos de Minas, senador criticou má gestão do governo federal e falta de atenção com os mineiros
O senador Aécio Neves participou, nesta segunda-feira (06/08), em Belo Horizonte, da solenidade que marcou o início das obras do programa de pavimentação rodoviária Caminhos de Minas, projeto implantado pelo governador Antonio Anastasia. Durante a cerimônia realizada na Cidade Administrativa, o senador destacou que Minas Gerais é hoje referência em planejamento e eficiência e criticou a má gestão do governo federal em relação às obras de infraestrutura e a falta de atenção da União com Minas, citando como exemplo as obras da BR-381, o Anel Rodoviário e o Metrô de Belo Horizonte.
“Minas Gerais é hoje, para o Brasil, referência de planejamento e eficiência. Estas são as maiores marcas do Estado. Se hoje estamos lançando a seu tempo o maior programa rodoviário do país, isso é fruto do investimento que fizemos em planejamento e gestão. Algumas pessoas ainda não compreendem, ou não conseguem aceitar, a essencialidade do que foi o Choque de Gestão para nós. Foi ele que equilibrou as nossas contas, permitiu que reconquistássemos nossa capacidade de investir e nossa credibilidade internacional. Isso permitiu que Minas unisse todas as suas cidades ao asfalto”, afirmou o senador, referindo- se ao projeto Proacesso, programa lançado em 2004 no governo Aécio que assegurou acesso asfáltico a 220 municípios que antes só contavam com estradas de terra.
Lançado em 2010, o Caminhos de Minas tem como objetivo interligar as diversas regiões de Minas por meio de pavimentação de estradas, integrando o estado e encurtando caminhos. A meta é pavimentar quase 8 mil km de rodovias distribuídos em 234 trechos, com recursos estaduais. O Caminhos de Minas dá continuidade ao Proacesso, que já concluiu 201 rodovias, sendo que outras 19 obras estão em andamento, totalizando cerca de 5 mil km. Outros cinco trechos de responsabilidade do governo federal sequer tiveram as obras iniciadas, deixando as cidades sem asfalto.
Aécio Neves lamentou o descaso do governo federal em pavimentar estes cinco trechos que são fundamentais para o desenvolvimento das regiões onde estão localizados. O senador lembrou que, em seu governo, solicitou a transferência da responsabilidade das obras ao Estado, mas não obteve êxito.
“Apenas cinco municípios ficarão sem ligação asfáltica porque não houve, por parte do governo federal, a atenção que deveria haver para com Minas Gerais. Isso se repete em outras obras. Estamos sem investimentos na BR-381, o nosso Anel Rodoviário causa mortes todas as semanas, o Metrô de Belo Horizonte, sempre na promessa. Faço sempre essa comparação para dizer que aqui o Governo do Estado planejou e, agora, com este programa permite, inclusive a outros estados, perceberem a importância a essencialidade de você planejar para executar”, disse Aécio Neves.
Falta de planejamento
O senador afirmou que, ao contrário do Governo de Minas, o governo federal do PT tem demonstrado total ineficiência na gestão das obras públicas. Por falta de planejamento, Aécio Neves afirmou que a grande maioria das obras está paralisada e não avança.
“O grande desafio da minha geração de homens públicos é introduzir, no plano nacional, o planejamento, a gestão eficiente. Ao contrário do que ocorre em Minas Gerais, o governo federal agiganta sua máquina, mais de 40 ministérios. Há uma paralisia hoje no governo em todas as áreas. As obras de infraestrutura do governo federal não avançam em parte alguma do país. O setor privado reclama. Os governantes estaduais veem a demora nas realizações porque lá não há planejamento”, afirmou.
Uma das soluções defendidas por Aécio Neves para garantir mais eficiência na gestão pública seria uma distribuição mais justa dos recursos federais para estados e municípios, evitando a concentração em poder da União.
“O que falta no Brasil hoje é a visão federativa da descentralização. Quanto mais o governo federal acumula recursos, mais ele se torna ineficiente. Há pouca generosidade do governo federal ao não distribuir parcelas desses recursos com os estados e com os municípios. As coisas avançariam numa velocidade muito maior e ganhariam todos os brasileiros. O governo federal avoluma as suas receitas, bate recordes de arrecadação a todo instante, e isso não tem correspondência com a eficiência do governo, com as realizações do governo”, disse.