Pronunciamento no Senado

“Vejo no sr. João Vaccari apenas um elemento, uma peça de uma enorme engrenagem que se construiu e se institucionalizou no Brasil ao longo desses últimos anos. Fosse apenas a sentença que o condena a 15 anos de prisão, não viria a essa tribuna, mas fiz questão de deixar registrado um trecho da sentença do juiz (Sérgio) Moro, em sua sentença: Não é apenas o dinheiro roubado, esse pode ser de alguma forma recuperado; mas o que roubaram foi a alma dos brasileiros, foram valores, princípios, e foi mais do que isso: a oportunidade de os brasileiros – sem esse tipo de ação ou de pressão – poderem ter escolhido com mais liberdade o seu destino”

Assista aqui os principais trechos do pronunciamento do senador Aécio Neves, nesta segunda-feira (21/09), data da primeira sentença dada pela Justiça Federal ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, condenado por intermediar dinheiro de propina da Petrobras para o Partido dos Trabalhadores.

Pronunciamento no Senado

“Vejo no sr. João Vaccari apenas um elemento, uma peça de uma enorme engrenagem que se construiu e se institucionalizou no Brasil ao longo desses últimos anos. Fosse apenas a sentença que o condena a 15 anos de prisão, não viria a essa tribuna, mas fiz questão de deixar registrado um trecho da sentença do juiz (Sérgio) Moro, em sua sentença: Não é apenas o dinheiro roubado, esse pode ser de alguma forma recuperado; mas o que roubaram foi a alma dos brasileiros, foram valores, princípios, e foi mais do que isso: a oportunidade de os brasileiros – sem esse tipo de ação ou de pressão – poderem ter escolhido com mais liberdade o seu destino”

Assista aqui os principais trechos do pronunciamento do senador Aécio Neves, nesta segunda-feira (21/09), data da primeira sentença dada pela Justiça Federal ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, condenado por intermediar dinheiro de propina da Petrobras para o Partido dos Trabalhadores.

Pronunciamento no Senado

“Vejo no sr. João Vaccari apenas um elemento, uma peça de uma enorme engrenagem que se construiu e se institucionalizou no Brasil ao longo desses últimos anos. Fosse apenas a sentença que o condena a 15 anos de prisão, não viria a essa tribuna, mas fiz questão de deixar registrado um trecho da sentença do juiz (Sérgio) Moro, em sua sentença: Não é apenas o dinheiro roubado, esse pode ser de alguma forma recuperado; mas o que roubaram foi a alma dos brasileiros, foram valores, princípios, e foi mais do que isso: a oportunidade de os brasileiros – sem esse tipo de ação ou de pressão – poderem ter escolhido com mais liberdade o seu destino”

Assista aqui os principais trechos do pronunciamento do senador Aécio Neves, nesta segunda-feira (21/09), data da primeira sentença dada pela Justiça Federal ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, condenado por intermediar dinheiro de propina da Petrobras para o Partido dos Trabalhadores.

George Gianni

George Gianni

Condenação de Vaccari confirma que PT institucionalizou a corrupção

O senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, afirmou, nesta segunda-feira (21/09), no Senado, que a primeira condenação pela Justiça Federal do Paraná do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, confirma que o partido institucionalizou a corrupção para se manter no poder. Vaccari foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a 15 anos e quatro meses de prisão por ter intermediado o recebimento de R$ 4,3 milhões pagos ao PT em um dos contratos da Petrobras investigados na Operação Lava Jato.

“Com a condenação hoje do primeiro agente político de todo esse processo que estabeleceu-se chamar de Petrolão, assistimos a condenação de todo um esquema institucionalizado de corrupção que o PT estabeleceu no país para se manter no poder”, afirmou Aécio Neves, em entrevista no Senado.

O presidente do PSDB ressaltou que o ex-tesoureiro petista foi apenas um dos integrantes de uma organização criminosa e que a sentença do juiz Moro aponta a relação direta entre os desvios ocorridos em dezenas de contratos da Petrobras e o financiamento de recursos para o Partido dos Trabalhadores.

“Vejo no senhor João Vaccari apenas um elemento, uma peça de uma enorme engrenagem que se construiu e se institucionalizou no Brasil ao longo desses últimos anos”, disse Aécio.

O senador acrescentou que mais grave que o dinheiro desviado da Petrobras foram os prejuízos causados pela corrupção no processo democrático, com a contaminação das eleições passadas disputadas por ele, pela presidente Dilma Rousseff, a ex-ministra Marina Silva, o ex-governador Eduardo Campos e outros candidatos.

“Acho extremamente relevante um trecho da sentença do juiz Sérgio Moro quando ele diz que mais do que o enriquecimento pessoal – já comprovado de inúmeros desses agentes que participaram desse processo – a gravidade é maior quando o dinheiro da propina interfere no processo político e no processo democrático, como atestam os fatos que levaram a essa condenação”, afirmou o senador.


Presidente Dilma e Vaccari

Na coletiva, Aécio Neves destacou que a lei vale para todos e lembrou as eleições, quando, num debate, ele, como candidato do PSDB, perguntou à presidente Dilma, candidata do PT, se ela confiava em Vaccari, e Dilma não respondeu.

“Cabe agora à presidente da República dizer aos brasileiros se continua confiando no senhor João Vaccari Neto, responsável pela arrecadação de parte importante dos recursos que irrigaram a sua campanha, ou se o juiz Moro e a Justiça Federal cometeram com ele uma grande injustiça. Com a palavra a senhora presidente da República”, disse Aécio Neves.


TCU e TSE

Aécio Neves também chamou a atenção para as investigações em curso no Tribunal de Contas da União (TCU), no caso das pedaladas fiscais praticadas no governo Dilma, e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde foi aberto um processo investigatório por suspeita de uso de propina da Petrobras na campanha à reeleição da presidente.

“Felizmente, no Brasil hoje, temos instituições que funcionam apesar de tudo, e é hora de termos muita atenção para que o Tribunal de Contas cumpra com o seu dever e o TSE da mesma forma. No Brasil é muito importante, nesse momento em que esperamos virar uma página definitiva na nossa história, que os brasileiros, principalmente os mais jovens, saibam que a lei vale para todos. Desde o mais humilde cidadão, e no caso dos agentes públicos, desde o vereador da menor cidade do país até o presidente da República, todos eles têm que respeitar a legislação e não podem se eleger financiados por dinheiro da corrupção”, afirmou Aécio.


“Roubaram a alma dos brasileiros”

O senador destacou que, além de bilhões de reais desviados dos cofres da Petrobras, o esquema de corrupção liderado pelo PT retirou dos brasileiros a crença de que a política pode ser um instrumento de transformação, onde a honestidade seja uma regra, e não uma exceção.

“Se apoderaram do Estado nacional com um objetivo: se manter no poder. A utopia foi jogada fora. E o mais grave é que roubaram a alma dos brasileiros, a crença das novas gerações na atividade política. Não existe futuro para uma sociedade sem democracia, sem que os cidadãos façam suas opções com liberdade. No momento em que se apodera das empresas públicas para influenciar no processo eleitoral, tira-se dos brasileiros essa liberdade para escolher o seu próprio destino”, criticou Aécio Neves.

Aécio Neves – Entrevista sobre a condenação do tesoureiro do PT

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva, nesta segunda-feira (21/09), em Brasília. Aécio comentou sobre a condenação do tesoureiro do PT e CPMF.

Leia a transcrição da entrevista do senador:
Com a condenação hoje do primeiro agente político de todo esse processo que estabeleceu-se chamar de Petrolão, assistimos a condenação de todo um esquema institucionalizado de corrupção que o PT estabeleceu no país para se manter no poder. E me chamou atenção, e acho que isso é extremamente relevante, um trecho da sentença do juiz Sérgio Moro quando ele diz que mais do que o enriquecimento pessoal – já comprovado de inúmeros desses agentes que participaram desse processo – a gravidade é maior quando o dinheiro da propina interfere no processo político e no processo democrático como atestam os fatos que levaram a essa condenação.

Felizmente, no Brasil hoje, temos instituições que funcionam apesar de tudo, e é hora de termos muita atenção para que o Tribunal de Contas cumpra com o seu dever e o Tribunal Superior Eleitoral da mesma forma. Não trata-se aqui de antecipar julgamentos, mas de garantir que as investigações alcancem o seu limite porque no Brasil é muito importante, nesse momento em que esperamos virar uma página definitiva na nossa história, que os brasileiros, principalmente os mais jovens, saibam que a lei vale para todos. Desde o mais humilde cidadão, e no caso dos agentes públicos, desde o vereador da menor cidade do país até o presidente da República, todos eles têm que respeitar a legislação e não podem se eleger financiados por dinheiro da corrupção, por dinheiro da propina como, cada vez fica mais próximo de ser comprovado, aconteceu com a campanha eleitoral da presidente Dilma.


Sequestraram o Estado?

Na verdade se apoderaram do Estado nacional com um objetivo: se manter no poder. A utopia foi jogada fora. E o mais grave é que roubaram a alma dos brasileiros, a crença das novas gerações na atividade política. Não existe futuro para uma sociedade sem democracia, sem que os brasileiros, os cidadãos dessa sociedade façam suas opções com liberdade. No momento em que se apodera das empresas públicas para influenciar no processo eleitoral tira-se dos brasileiros essa liberdade para escolher o seu próprio destino.

Eu, na campanha eleitoral, vocês se lembrarão, perguntei à presidente da República e dei a ela a oportunidade de dizer se confiava no tesoureiro da sua campanha. O seu silêncio foi uma confirmação de que confiava, até porque ele permaneceu ainda durante a campanha ocupando cargos na administração federal.

Cabe agora à senhora presidente da República dizer aos brasileiros se continua confiando no senhor João Vaccari Neto, responsável pela arrecadação de parte importante dos recursos que irrigaram a sua campanha, ou se o juiz Moro e a Justiça Federal cometeram com ele uma grande injustiça. Com a palavra a senhora presidente da República.


O PSDB votará contra todas as medidas do pacote fiscal ou vai votar contra a CPMF?

A questão da CPMF para nós é impensável que possa ser aprovada porque vai na direção oposta do que o Brasil precisa. O Brasil precisa recuperar a sua economia, precisa recuperar os investimentos. E essa medida vem como mais uma no campo da recessão ou do aprofundamento do processo recessivo do qual o Brasil está mergulhado. Falta a este governo aquilo que é essencial a qualquer governo para superar qualquer crise – imagine uma dessa gravidade – que é confiança, credibilidade. O próprio governo não tem coesão, não manifesta de forma uníssona confiança na viabilidade dessas propostas, ou mesmo os seus efeitos para melhorar a situação do país. O que eu vejo, e já disse aqui mais de uma vez, é o governo que ainda acha que governa, mas já não governa mais o Brasil.

O governo tenta negociar com o Congresso para segurar as chamadas pautas bombas. Como o sr. vê essa questão dos vetos?

Mais uma vez isso é consequência da incapacidade do governo de negociar com a sua própria base porque grande parte dessas medidas que foram aprovadas, foram aprovadas com voto da base governista e do próprio PT. O que não se pode neste instante é cobrar das oposições aquilo que aqueles que governam o Brasil não conseguem mais fazer. Não há uma orientação fechada do PSDB. Muitos votaram, inclusive, no primeiro momento em razão até mesmo do encaminhamento favorável feito pelo PT a essas medidas. Mas, obviamente, temos preocupação com questões que vão além deste governo. Medidas que amanhã desequilibram ainda mais a situação fiscal do país e criam maiores dificuldades ainda para a recuperação da economia são vistas com muita cautela pelo PSDB.

O golpe do golpe

Aécio Neves – Folha de S. Paulo – 13/07/2015

 

A velha cantilena usada de forma estridente pelo governo petista sempre que se sente acuado já não surte efeito. Mais uma vez, o grito de guerra de um hipotético complô contra o partido está em curso. A estratégia tem uso recorrente. Em momentos distintos, já foi usada para atacar a mídia, as elites intelectuais, os protestos de rua e por aí afora.

Nesse raciocínio, tudo o que contraria os interesses do PT é golpe. No atual contexto, a imprensa divulga os escândalos do petrolão? Trata-se da imprensa golpista. O TCU analisa as contas do governo Dilma? Para o PT é golpe. O TSE investiga se houve recursos de propina na campanha da presidente? Golpe de inconformados, dizem os petistas. A Polícia Federal e o Ministério Público cumprem com independência suas funções? Golpe, dizem eles. Milhões de pessoas ocupam as ruas com críticas ao governo? Trata-se de golpistas de direita, analisa o partido. Ninguém escapa, somos todos golpistas –menos os iluminados do PT.

Para eles, os outros são sempre os culpados de todos os males. Os outros tramam dia e noite para tirar o PT do poder. Não cola mais. Os brasileiros não aceitam mais o engodo.

A quem serve o factoide do golpe criado na semana passada? Claramente uma estratégia do marketing petista, a ideia de propagar com insistência uma mesma mentira, repetidamente, em coro orquestrado, serve para tentar dar unidade e amplitude ao discurso do seu fragilizado campo político. É uma velha receita seguida de novo por todos os níveis do PT, do mais alto escalão ao militante pago para insuflar as redes sociais. Entre lidar com a verdade ou se esconder na mentira, o partido escolheu, de novo, evitar a realidade.

Sabemos todos –inclusive o PT– que, felizmente, não existe espaço para nenhum retrocesso no sistema democrático brasileiro. O que o partido teme, na verdade, é o funcionamento dos instrumentos da nossa sociedade democrática.

Existe, sim, um grande golpe em curso –mas ele vem do andar de cima. Um golpe contra os brasileiros que deram ao governo um voto de confiança e que, em troca, receberam um bilhete de entrada para um país em queda livre, com desemprego nas alturas, redução de benefícios trabalhistas, inflação beirando a casa de dois dígitos em algumas capitais, tarifas públicas em aumento crescente.

O mais grave neste cenário é a incapacidade do governo de governar de fato. No lugar do trabalho sério, a bravata. O governo e o PT fariam um enorme bem aos brasileiros se imprimissem à gestão do país o mesmo vigor que despendem ao incorporar roteiros mirabolantes ditados, mais uma vez, pelo marketing da mentira e da conveniência.

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