Aécio Neves – Entrevista sobre encontro com Bernardinho

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, e o técnico da seleção brasileira de vôlei, Bernadinho, concederam entrevista, nesta sexta-feira (28/02). Ambos comentaram sobre o encontro que tiveram e a decisão de Bernardinho adiar o seu ingresso à vida política.

 

Leia a transcrição da entrevista do senador Aécio Neves:

Esse período em que tive oportunidade de conviver mais de perto com o Bernardo, só fez aumentar o respeito e a admiração que sinto por ele. O Bernardo tomou uma decisão que tem de ser respeitada. Uma decisão dessas eu compreendo de forma muito clara. Não envolve o cidadão apenas, mas a sua família, seus amigos. Mas o que me deixou feliz, no final desse processo, é que Bernardo não fecha as portas para o futuro, assumindo uma posição política em favor do Rio de Janeiro, em favor da comunidade onde ele vive. Isso é extremamente importante. A política brasileira precisa de homens com o perfil, com os valores e, sobretudo, com a capacidade de liderança que tem o Bernardinho.

Portanto, ele não diz aqui um adeus a uma possibilidade de candidatura. Ele diz um até breve. É desta forma que nós do PSDB, estou aqui ao lado do presidente Luiz Paulo, recebemos esta manifestação do Bernardo. E, para mim, pessoalmente, com uma certa alegria em saber que posso contar com ele com a sua experiência, seja na formulação do projeto que o PSDB vai liderar e apresentar ao Brasil, como com a sua presença e a sua liderança no Rio e fora do Rio. Portanto, tenho de agradecer a forma séria, responsável, com que o Bernardo discutiu esta questão, avaliou durante todos esses meses, um convite formal que o PSDB do Rio de Janeiro, através do presidente Luiz Paulo, e o PSDB nacional lhe fez. Agora, vamos aguardar que em um futuro próximo, quem sabe, esta conversa possa ser retomada, porque onde o Bernardo estiver será muito bom para o Rio de Janeiro e será muito bom para o Brasil.

 

Leia a transcrição da entrevista do Bernardinho:

Para mim foram meses de angústia. Porque o convite, enfim, a confiança que o PSDB, Aécio, Luiz Paulo, e outras pessoas, depositaram em mim para uma possível candidatura, era uma grande responsabilidade, uma coisa que me trouxe um orgulho muito grande de ser alguém em quem eles confiassem que pudesse realizar um bom trabalho. Ao mesmo tempo aquele temor de um mundo novo, tudo que se apresentava é muito desconhecido para mim, política, etc, e, realmente, foram meses de reflexão, de questionamentos da família, tudo novo para todos nós, para todo o meu grupo familiar.

Acho que neste momento, em tão pouco tempo, não era talvez o momento de ingressar como um protagonista, mas sim como parte de uma equipe, até para aprender um pouco mais, e essa é a ideia. Vivo no esporte coletivo e acredito na força do time, acredito no projeto do PSDB, acredito nas pessoas, na estrutura que comanda esse processo, e quero estar junto. Para aprender, para me qualificar inclusive, para que no futuro eu possa, de alguma maneira, estar de uma forma mais decisiva. Mas nesse momento a negativa é, vamos dizer, momentânea, de forma alguma fechando as portas, seja  para uma futura candidatura, mas para participar ativamente desde já.

Acredito que a gente precisa realmente de mudanças. Acredito nisso, quero isso como cidadão e quero poder participar dessa grande equipe liderada pelo Aécio, aqui no Rio de Janeiro pelo Luiz Paulo e toda sua equipe. De alguma maneira, poder contribuir. Confesso que vou ter ainda noites de angústia pensando nas oportunidades que não tive, mas certamente tenho, nesse momento, outros desafios profissionais a enfrentar, e quero poder voltar mais preparado ainda, mais qualificado e com o apoio da família que é muito importante, afinal de contas é a base da nossa vida, da nossa sustentação.

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