Aécio Neves – Entrevista sobre as eleições 2014

O presidente nacional do PSDB e pré-candidato à Presidência da República, senador Aécio Neves, concedeu entrevista, nesta segunda-feira (02/06), em São Paulo (SP). Aécio Neves falou sobre as eleições 2014 e comentou sobre a política de preço da gasolina.

 

Leia a transcrição da entrevista do senador: 

Sobre política de preço da gasolina.

Eu não posso adiantar nada sobre isso sem conhecer efetivamente os números do governo e da própria Petrobras, o impacto que isso vem tendo até na questão inflacionária. Seria irresponsável se eu antecipasse qualquer anúncio sem efetivamente estar no governo. O que tenho dito é que nessa e em outras áreas nós vamos reintroduzir a previsibilidade, algo em falta no Brasil. As regras têm que ser claras, transparentes, e é isso que ajuda a criar um clima de estabilidade na economia, de serenidade na economia, favorável, inclusive, à retomada de investimento. Não falo apenas desse setor especificamente, mas em todos os outros. E o que estamos vendo no Brasil é o susto permanente, o intervencionismo exagerado, a quebra de regras e de contratos. Precisamos restabelecer um ambiente de serenidade e tranquilidade para que os investimentos voltem ao Brasil e nós possamos voltar a crescer. Em todas as áreas – e não apenas nessa – a previsibilidade vai ser a palavra de ordem.

 

Sobre o candidato a vice.

Pretendo levar até o dia 14/06, pretendo definir isso até o dia 14/06. Acho que é o mais natural. Eu tenho o prazo até o dia 30/06, que é o prazo que a lei me faculta, mas as conversas estão andando com muita naturalidade, e pretendo sim que até o dia 14/06 essa questão esteja resolvida. Pretendo, mas vou fazer isso no momento em que a decisão estiver madura. O que me alegra é ver que existem, hoje, figuras extremamente qualificadas, que se dispõem a ajudar nessa caminhada.

 

Sobre relação com PSB em MG e PE.

Sou um defensor das coisas naturais na política. Na eventualidade de uma ruptura em Minas Gerais, obviamente que vem no oposto do que é natural, o PSB em Minas participa da nossa obra de governo desde o início e ainda hoje participa do governo. Elegemos o prefeito da capital, do PSB, que participa também desse projeto político. Acho que qualquer candidatura eventual que surge em Minas Gerais tem uma dificuldade enorme de combater o governo do qual ele faz parte. Acho que essas coisas da vida que precisam ser explicadas, não costumam dar muito certo. Se isso acontecer, lamentarei, mas não cobrarei uma recíproca na mesma moeda. Respeitarei a posição dos meus companheiros em Pernambuco, qualquer que seja ela, até porque em momento algum permitirei que se sacrifiquem, inclusive, posições ou mandatos de companheiros que estão lá ao nosso lado. Da minha parte, todos os compromisso assumidos e entendimentos que eu fiz serão mantidos até o final.

 

Sobre PSB e governador Geraldo Alckmin.

Tenho que ser coerente e sou em tudo o que faço. Lá atrás você vai se lembrar, eu falava que era natural que o PSB tivesse o governador Alckmin pela mesma razão que Minas era natural, porque participam do governo Alckmin na posição que eles acharem necessário. O governador Alckmin não precisa do meu aval para tomar qualquer decisão aqui, mas eu o tranquilizei, dizendo que qualquer que seja o entendimento que ele conduzir, que seja bom para a sua candidatura, é muito bom para nós. O que quero é que o governador Geraldo Alckmin cada vez mais fortalecido. Com o governador Alckmin fortalecido, a nossa candidatura em São Paulo, estará fortalecida. Que todos possam vir para apoiá-lo, até porque, é o melhor para São Paulo.

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