Aécio Neves – Entrevista sobre as convenções estaduais

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva, neste sábado (13/06), em Belo Horizonte (MG). Aécio falou sobre as convenções regionais do partido, a morte de Fernando Brant, CPMF e sobre o governo do PT em Minas Gerais.

 

Leia a transcrição da entrevista do senador:

Sobre a convenção do PSDB.

O PSDB neste final de semana está se reunido em todo Brasil nas suas convenções regionais para reafirmar os nossos princípios e os nossos compromissos com a Federação , com o Brasil. O PSDB é um partido que se  preparou para governar os estados, para governar o Brasil. E, neste momento, com a tragédia que se transformou o governo do PT a responsabilidade é cada vez maior.

Hoje nós estamos em Minas Gerais reorganizando o partido, elegendo uma nova direção, uma nova Executiva que terá como presidente o deputado Domingos Sávio, com os olhos em Minas Gerais em primeiro lugar, para reafirmar aqui nossa obra de governo.

Nenhum legado é tão sólido quanto o que o PSDB deixa em Minas Gerais. E a comprovação maior disso são as críticas de um governo que se elege e, talvez assustado com a grandiosidade da obra do PSDB,   preferiu até agora olhar no retrovisor, preferiu até agora apenas fazer críticas e não iniciou ainda o seu governo.

Portanto, eu tenho um orgulho enorme de estar aqui ao lado do governador [Antonio] Anastasia, do governador Alberto Pinto Coelho, de todas as lideranças do partido para reafimar que o que nós fizemos em Minas Gerais foi absolutamente revolucionário, transformador. Na educação, na saúde, na infraestrutura do estado. Lamento apenas que aqueles que venceram as eleições ainda não compreenderam que uma obra de governo significa sair de um determinado patamar e avançar ainda mais.

Quem governa querendo destruir o passado na verdade mostra aí a sua enorme fragilidade. Portanto, estou muito feliz com o que está acontecendo em todo o Brasil. O PSDB é o partido que mais cresce no país, que mais filiações vem recebendo. E estamos sim nos preparando para voltar a governar Minas Gerais e para governar o Brasil.

 

Sobre a morte de Fernando Brant.

Estive agora dando um abraço na família do meu querido amigo Fernando Brant. Fernando foi um visionário. Eu diria um homem público na dimensão maior que essa expressão possa ter. Porque ele não foi apenas o grande artista, um extraordinário compositor. Ele foi um grande pensador. Pensava Minas, valorizava as coisas de Minas e permitiu que o Brasil nos conhecesse um pouco mais.

Eu estive com Fernando pouquíssimas semanas atrás e ele tinha a mesma energia, falava do futuro como um menino. Portanto, todos nós que convivemos com ele temos que enaltecer a sua obra e aqui registrar nossa imensa saudade com a perda desse extraordinário mineiro e grande amigo.

 

Essa semana pessoas do governo começaram a debater a possível volta da CPMF. O que o sr. acha?

Vejo que o Brasil não tem governo. Os ministros batem cabeça. O ex-presidente da República, ontem, no encontro no congresso do PT, conseguiu tentar dizer que a culpa pelo que acontece com o PT hoje, essa indignação que grande parte da sociedade tem em relação ao PT é culpa da mídia, culpa de vocês. A presidente da República diz que a crise econômica é fruto de uma crise internacional que já não existe em parte alguma do mundo.

Hoje, na verdade, o PT sofre as consequências da maldita herança, essa sim, maldita, que ela própria deixou para si. No momento em que o PT abandonou os interesses do país ao não fazer correções que precisariam ter sido feitas ao longo dos últimos anos para se preocupar única e exclusivamente em vencer as eleições, hoje transfere à população brasileira, aos trabalhadores brasileiros, às famílias brasileiras o preço mais duro, mais alto desta conta.

Lamentavelmente, para um partido que nasceu pregando a ética, hoje a marca do PT é de descompromisso absoluto com ela. Portanto, o que estamos assistindo hoje é um governo que cobra da sociedade brasileira, dos trabalhadores, um sacrifício que ele próprio não faz, e exatamente a sua irresponsabilidade aliada à sua incompetência dos últimos anos faz com que o Brasil se prepare para ser o país que menos vai crescer em toda América do Sul durante esse ano, com a inflação, a mais alta da última década pelo menos, os juros na estratosfera, e o que é mais grave, a emoldurar a crise econômica e a crise moral que tomou conta do país, uma crise de confiança extremamente grave. Não conseguiremos fazer o Brasil retomar um ritmo adequado de crescimento sem resgatar a confiança, a credibilidade, e a presidente Dilma não tem nem confiança e nem credibilidade mais para fazer o que precisa ser feito.

 

Sobre governo do PT em Minas Gerais. 

Estou esperando que o governo comece a governar. O que constato é que a nossa obra de governo é tão grandiosa, foi tão forte, levando Minas a ter a melhor educação fundamental do Brasil, a melhor saúde da região Sudeste, agora, segundo o IPEA, o estado da região Sudeste que tem o menor número de miseráveis, com obras de infraestrutura absolutamente em todo o estado, ligando mais de 200 municípios ao asfalto, com obras de saneamento que jamais foram feitas em toda história de Minas Gerais.

A população brasileira, e a mineira em especial, assim como eu, esperamos que o governo comece a governar, cumpra os compromissos que assumiu com os mineiros. Tenho um enorme orgulho de, ao lado do governador [Antonio] Anastasia e do governador Alberto [Pinto Coelho], dizer que transformamos e transformamos para melhor Minas Gerais com um governo ético, honrado, eficiente e inovador.

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