Aécio Neves e Geraldo Alckmin – Entrevista em São Paulo

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, concederam entrevista coletiva, nesta quinta-feira (10/09), em São Paulo (SP). Eles falaram sobre o encontro do PSDB em SP, novas filiações, perda do grau de investimentos do Brasil, crise econômica e impeachment da presidente da República.

Leia trechos da entrevista:

Aécio Neves
Sobre o encontro do PSDB em São Paulo.

Mais um ato importante do PSDB onde o PSDB tem a sua mais sólida estrutura que é o estado de São Paulo. As filiações de hoje atestam o bom momento porque passa o partido. Como a alternativa mais bem preparada e mais qualificada a propor ao Brasil, no momento em que isso for necessário, um novo ciclo de desenvolvimento, de justiça social, de correção de rumos. Eventos como esse têm acontecido em outros estados brasileiros. Iniciamos uma campanha de filiação nacional ao PSDB. Os resultados têm sido extraordinários nos país inteiro e, hoje, a convite do governador e presidente do partido Pedro Tobias, vim aqui, mais uma vez, agradecer a solidariedade de São Paulo ao PSDB, mas também cumprimentá-los pelo trabalho de fortalecimento do partido que estamos vivendo.

O sr. e o governador tiveram uma reunião antes, certamente discutiram a instabilidade do cenário nacional, a perda do grau de investimento do Brasil noticiado no mundo inteiro. Qual a avaliação os dois fizeram sobre a atual situação e o que o PSDB vai fazer daqui para frente?

A perda do grau de investimentos do Brasil, como era esperado, já levou também à perda do grau de investimentos de inúmeras empresas brasileiras, a começar pela Petrobras. O Brasil colhe hoje, infelizmente, as consequências do desgoverno, da irresponsabilidade e da incompetência do governo do PT. Sempre conversamos, vamos continuar conversando sobre cenários, mas a nossa preocupação é muito grande. Inclusive o governador Geraldo Alckmin tem externado que mesmo em São Paulo, que é o estado mais poderoso da nação, um estado que ainda suporta grande parte do desenvolvimento do país, já se percebe também os efeitos dessa gravíssima crise com o desaquecimento de setores da economia.


Governador Geraldo Alckmin

Os deputados do PSDB lançaram um movimento para colher assinaturas das pessoas pró-impeachment. Como o senhor vê esse movimento? Acha que pode dar certo?

Alckmin – Quero dizer da alegria de receber aqui em São Paulo, Aécio Neves, presidente do nosso partido, em um momento importante, vamos ter eleições municipais no ano que vem. O partido precisa ter base para poder crescer, precisa amadurecer, precisa amassar barro para, nessa argamassa, construir as bases de um país melhor, é isso que precisamos. Hoje estão ingressando do partido prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, ex-prefeitos, candidatos. Isso é bom para a democracia.

Eu tinha dito, algumas semanas atrás, que o PT tinha ido ao fundo do poço, mas parece que o fundo do poço é móvel. Acho que agravou ainda mais a situação. Então, infelizmente, é uma história sem fim. O que temos defendido? Investigação de maneira profunda, acho que tem ainda um caminho longo de investigação, e o cumprimento da Constituição brasileira. O impeachment é previsto na Constituição. Então, o que é importante é que haja investigação, e são os fatos que vão trazer a questão do futuro.


O senhor acha que a bancada está equivocada?

Alckmin – Não. A bancada está traduzindo o sentimento da sociedade.

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