“Não temos o direito de sacrificar ainda mais a classe trabalhadora brasileira”, diz Aécio Neves

Senador critica veto da presidente Dilma à proposta de correção da tabela do Imposto de Renda pela inflação e descarta acordo

Foto : George Gianni

O senador Aécio Neves defendeu, nesta quarta-feira (11/03), a derrubada do veto da presidente Dilma Rousseff à proposta de correção da tabela de Imposto de Renda e descartou apoio do PSDB a um acordo proposto pelo governo. A presidente Dilma vetou a proposta que prevê correção de 6,5%, da tabela do IR, que recuperaria ao menos em parte para os contribuintes a inflação do período. Essa proposta foi apoiada pelo senador Aécio durante a campanha eleitoral.

O governo federal, temendo a derrota com a possível derrubada do veto, propôs um acordo, escalonando a correção. A nova proposta do governo prevê aplicar o percentual de 6,5% de correção apenas para salários mais baixos. Quem recebe mais, teria correção menor. O senador Aécio Neves é contra. Para ele, a proposta em nada beneficia os trabalhadores de menor renda.

“Diferentemente do governo, prezamos muito aquilo que falamos à população. Na campanha eleitoral, eu assumi o compromisso com o reajuste da tabela do Imposto de Renda pela inflação. Por isso, vamos defender os 6,5%. E o governo federal não dá absolutamente nada. Porque, ao apresentar essa tabela, e suprimir esse desconto nos três primeiros meses, na verdade não diminui a sua arrecadação. Ele não dá nada mais aos mais pobres. Poderia, quem sabe, e até talvez pudéssemos estar discutindo, aumentar 6,5% para 7,5% ou 8% para as camadas de mais baixa renda. Mas não. O governo, mais uma vez, contraria o discurso de campanha da presidente da República e nós da oposição vamos votar contra. Não temos o direito de sacrificar mais ainda a classe trabalhadora brasileira como esse acordo do governo que alguns partidos da base acabarão por fazer”, disse Aécio Neves em entrevista.

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