Governo Dilma quebrou o Brasil e não tem autoridade moral para atacar as oposições, afirma Aécio

“O governo do PT deixou há muito de ser o governo dos pobres. É o governo da Bolsa Empresário”, diz senador ao mostrar que pedaladas fiscais serviram para pagar subsídios a grandes empresas

Foto : George Gianni

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou, nesta quinta-feira (15/10), que o governo da presidente Dilma Rousseff não tem autoridade para atacar as oposições no momento em que se vê acuado por denúncias de corrupção nas estatais e pela decisão recente do Tribunal de Contas da União (TCU) que apontou, por unanimidade, prática de crime de responsabilidade na condução das contas públicas ano passado.

Em entrevista à imprensa no Senado, Aécio ressaltou que a presidente venceu as eleições mentindo aos brasileiros sobre a situação econômica do país e que volta ao atacar as oposições como parte de uma estratégia de marketing.

“Que moral tem um governo como o do PT e da presidente Dilma que quebrou o Brasil para vencer as eleições? Que moral tem para atacar a honra das oposições se distribui os espaços de poder na área da saúde, que descuida da vida das pessoas em troca de votos no Congresso Nacional? Que moral tem o governo que viu montar na sua estrutura uma instituição criminosa para assaltar a nossa maior empresa em benefício de um projeto de poder? Que autoridade tem o governo que, ao conduzir uma política econômica irresponsável, levou mais de um milhão de empregos das famílias brasileiras só este ano? Faria muito melhor a presidente da República se rasgasse o script escrito pelos seus marqueteiros e falasse a verdade”, afirmou Aécio.


Bolsa empresário

O senador criticou a nova tentativa da presidente da República de manipular a opinião pública ao justificar as pedaladas fiscais como uma manobra do governo para pagar o Bolsa Família. Aécio Neves mostrou números que comprovam que o maior gasto do governo com recursos dos bancos públicos foi para pagamento de subsídios dados pelo Tesouro a grandes empresas.

“Infelizmente, a mentira continua. A parte menor das pedaladas, que diz respeito à Caixa Econômica Federal e a esses benefícios, não chegou a R$ 2 bilhões. Mas chegou a R$ 50 bilhões o déficit do Tesouro para com o Banco do Brasil e o BNDES para pagar subsídios de outros programas. Para quem? Para grandes empresários. O governo do PT deixou há muito de ser o governo dos pobres. É o governo da Bolsa Empresário”, afirmou Aécio.

O presidente do PSDB disse que cabe ao governo assumir sua responsabilidade sobre o déficit causado no Orçamento pelos erros cometidos na política econômica dos últimos anos, e recomendou a presidente Dilma que comece a governar de fato o país.

“A presidente tenta se vitimizar e atacar as oposições. A presidente continua a lembrar permanentemente que ela teve 54 milhões de votos e venceu as eleições. É correto isso. Está na hora de ela começar a governar o Brasil. E governar é algo muito mais complexo do que simplesmente atacar as oposições e distribuir cargos no Congresso Nacional”, criticou Aécio.


Rebaixamento da nota do Brasil

Indagado sobre o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência Fitch nesta quinta-feira, Aécio Neves afirmou que a decisão já era esperada, lamentavelmente, em razão da incapacidade do governo apresentar soluções para conter o rombo nas contas públicas.

“O rebaixamento da nota do Brasil por mais esta agência era esperado. Esperado pelo conjunto da obra do governo. As contas do país vêm se deteriorando de forma extremamente grave e o que é mais sensível a essas agências é a percepção de que o atual governo perdeu as condições, perdeu a capacidade de orientar, de sinalizar para uma agenda nova, de retomada do crescimento, de controle da inflação e de reanimação da economia. Todos os indicadores que nos chegam vêm na direção contrária”, disse o senador.

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