Aécio manifesta consternação pelas mortes em Mariana

O senador destacou a importância dos órgãos públicos no atendimento às famílias afetadas e na identificação dos responsáveis pela tragédia

Foto : George Gianni

O senador e ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves manifestou hoje (10/11), no plenário do Senado, extrema consternação pelas mortes e pela destruição das comunidades de Bento Rodrigues e Paracatu, distritos do município de Mariana (MG) atingidos pela lama das barragens de Fundão e Santarém, pertencentes à empresa Samarco.

Aécio Neves destacou a importância dos órgãos públicos no atendimento às famílias afetadas e na identificação dos responsáveis pela tragédia, causada pelo rompimento das barragens na quinta-feira passada. O ex-governador lamentou a ausência da presidente Dilma Rousseff no Estado para prestar solidariedade aos mineiros.


Confira o pronunciamento do senador Aécio Neves:

Não posso deixar de trazer uma palavra, e falo em nome dos demais companheiros da bancada mineira nesta Casa, de extrema consternação em relação à tragédia ambiental que se abateu sobre meu estado, Minas Gerais, em especial sobre Mariana e o distrito de Bento Rodrigues, e depois também o distrito de Paracatu. Uma tragédia de enormes proporções, muitas vidas foram ceifadas, obviamente hoje o número de desaparecidos sinaliza, lamentavelmente para uma possibilidade que tenhamos quase duas dezenas ou algo além disso de mortos.

Tive a oportunidade de lá estar no final de semana e o sentimento de consternação da comunidade é inimaginável. Existem ainda cinco crianças menores de 5 anos desaparecidas, além dos próprios funcionários terceirizados da própria Samarco, assim como outros moradores de Bento Rodrigues.

Estivemos lá e acompanhei também a presença do governador de Estado. Mas deixo aqui um lamento, porque em uma hora como essa não se pode fazer muito além das medidas que os órgãos públicos estão tomando para, inclusive, responsabilizar aqueles que tiveram alguma culpa no episódio e, obviamente, criar inibidores para que esse fato possa ocorrer em outras áreas, não apenas de Minas, mas de outros estados.

Mas, em uma hora dessa, a solidariedade é essencial. E eu lamento. Lamento pessoalmente, lamento como mineiro, que lá não pudesse ter estado nesse momento de enorme consternação a presidente da República, nascida no Estado, o ministro das Minas e Energia, o ministro do Meio Ambiente, para dialogarem com a comunidade atingida por aquela catástrofe. Em uma hora como essa, repito, a solidariedade, o abraço e a demonstração sincera de que medidas serão tomadas para minimizar os efeitos sobre essas famílias é o que se poder fazer. E, lamentavelmente, essa ausência foi imensamente sentida por todos os mineiros e por todos os brasileiros que acompanharam o sofrimento dessas famílias.

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