Aécio critica presidente por impedir que benefícios do Mais Médicos sejam permanentes

O senador lamentou a decisão da presidente e o fato do marketing eleitoral sempre prevalecer quando se trata da decisão em última instância

Foto : George Gianni

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) cobrou ontem da presidente Dilma Rousseff a quebra do acordo fechado entre parlamentares e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para criação  de uma carreira específica no Estado para os profissionais que trabalharão no Programa Mais Médicos. A implantação de carreira pública para os médicos contratados a partir deste ano foi prevista em emenda ao projeto de lei aprovado essa semana pela Câmara dos Deputados, mas acabou vetada ontem pela presidente Dilma Rousseff.

“Temos hoje juízes e promotores de justiça nas mais variadas comarcas, nas mais variadas regiões do país, porque existe uma carreira que estimula aquele servidor a lá estar. Esta proposta foi objeto de ampla negociação no Congresso Nacional, houve inclusive o telefonema do ministro da Saúde ao deputado Marcus Pestana confirmando que aquilo seria objeto de entendimento, e lamentavelmente a presidente da república vetou”, afirmou o senador.

Aécio Neves concordou com o desagravo feito pela presidente a médicos cubanos hostilizados em sua chegada ao Brasil, mas considerou contraditório que a presidente não tenha tido a mesma consideração com médicos brasileiros. Para o senador, a presidente mostra assim estar preocupada apenas com ações de marketing eleitoral.

“Lamento que a medida de curto prazo e do marketing eleitoral sempre prevaleça quando se trata da decisão em última instância, da Presidência da República. Tivemos uma enorme e talvez uma das poucas oportunidades de construir no campo da saúde medidas de médio e longo prazo, essas sim, acredito, atenderiam à população mais carente do Brasil”, disse Aécio Neves.

A emenda vetada pela presidente foi proposta pelos deputados Marcus Pestana e Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara, e estabelecia carreira específica para os profissionais do programa através de concurso público, garantindo a eles progressão. Assim, seriam asseguradas a permanência dos médicos do programa no atendimento prestado à população nas áreas mais pobres do país e a continuidade dos benefícios.

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