Aécio cobra do governo federal resgate da política nacional para o etanol

O senador ressaltou que o governo vem agindo na contramão do que vem acontecendo no mundo, ao privilegiar os combustíveis fósseis

Foto : George Gianni

O governo promove um retrocesso no setor de energia ao desestimular o uso do etanol e apoiar o consumo de combustíveis fósseis no país. A crítica foi feita pelo senador Aécio Neves durante lançamento da Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético, nesta terça-feira (05/11), na Câmara dos Deputados.

O evento contou com a presença de produtores de cana-de-açúcar e de etanol reunidos para debater a crise que atinge o setor desde 2009, e já causou fechamento de 40 usinas e perda de mais de 100 mil empregos. Segundo Aécio Neves, a falta de planejamento do governo federal vem penalizando setores competitivos da economia.

O etanol foi cantado, em verso e prosa, como a nova fronteira brasileira, como a nossa independência em relação à importação de derivados de petróleo. Não aconteceu nada disso. Os equívocos da política econômica, ou da condução da política econômica, penalizaram excessivamente a Petrobras que, por sua vez, ao segurar os preços de combustíveis durante tanto tempo, inviabilizou o setor sucroalcooleiro. O que precisamos é de planejamento, uma política tributária clara e diferenciada para o setor, uma política externa mais ousada para colocarmos o etanol em outros mercados, em especial o mercado americano que derrubou as barreiras tarifárias que existiam ao etanol”, decalarou Aécio.

O senador ressaltou que o governo vem agindo na contramão do que tem acontecido no mundo, ao privilegiar os combustíveis fósseis. “Foram mais de 100 mil empregos perdidos nos últimos anos, mais de 40 usinas fechadas e uma desconfiança crescente entre aqueles que ainda trabalham no setor. Essa Frente aqui criada tem a virtude de organizar essas propostas e dar a elas a visibilidade e a concretude necessária para que sejam discutidas e votadas, apesar de o atual governo do PT não mostrar ter qualquer sensibilidade para com o setor”, declarou Aécio Neves.

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