Aécio Neves defende agilidade de rito no Senado do processo de impeachment de Dilma

Em reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros, nesta terça-feira, senadores da oposição pressionaram para que a instalação da comissão ocorresse ainda hoje, mas os aliados do governo se recusaram a indicar seus integrantes para o colegiado. Diante do impasse, Renan decidiu dar um prazo de até 48 horas para que os blocos partidários indiquem seus nomes e irá instalar a comissão na terça-feira da próxima semana. Em entrevista coletiva após o encontro, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou que o Brasil não pode ficar parado e cobrou agilidade no rito.


Sonora do senador Aécio Neves

“O Brasil não pode ficar parado, em um hiato, paralisado mais esse período. Achamos razoável, também há uma convergência, não unanimidade, em relação a esse prazo, na nossa visão, entre 5 e 7 de maio poderia ser votado na comissão e em seguida, entre 10 e 11 de maio, ser votado no plenário, que aí sim, aceita a denúncia, garantida a admissibilidade da denúncia, inicia-se todo o processo de julgamento”.

Aécio Neves sinalizou que o seu partido vai trabalhar pela presidência ou relatoria da comissão especial do impeachment a ser formada no Senado. O senador informou também que o entendimento entre os líderes foi que as indicações irão respeitar o tamanho das bancadas dos blocos parlamentares.


Sonora do senador Aécio Neves

“Obviamente caberá aos maiores blocos a prerrogativa de tentar construir uma maioria dentro da comissão, para que os seus indicados sejam eleitos. Mas não é uma eleição automática, e obviamente, nós que somos o segundo maior bloco certamente teremos, ou buscaremos ter, com o apoio da maioria da comissão, uma das duas posições”.

Depois de eleito, o relator terá 10 dias úteis para apresentar um parecer pela continuidade ou não do processo, que será votado pela comissão. A estimativa é que a votação aconteça até o dia 7 de maio. Independentemente do resultado na comissão, o parecer pela continuidade segue para ser votado no plenário do Senado, o que, segundo estimativas da Casa, deve ocorrer entre os dias 10 e 11 de maio.

De Brasília, Shirley Loiola.

Boletim

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