Aécio Neves afirma que oposição não é responsável pelo possível afastamento de Dilma

Após a Câmara aprovar o prosseguimento do processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff culpou a oposição pela crise política no país. Em entrevista nesta terça-feira, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, rebateu o argumento. Aécio afirmou que a oposição não é responsável pelo eventual afastamento da presidente da República, e sim, os sucessivos erros cometidos no governo.

Sonora do senador Aécio Neves

“Se ela está na iminência de perder o seu mandato, não é pela força da oposição. A oposição não representa se quer 20% das cadeiras no Congresso Nacional. Portanto, não é a oposição responsável pelo eventual afastamento da presidente da República, mas os equívocos, os ilícitos cometidos sucessivamente no seu governo e a arrogância de quem até hoje não admitiu se quer, um dos gravíssimos equívocos, e foram inúmeros, que cometeu e nem as ilicitudes do seu governo”.

Ao comentar a formação de blocos de partidos para indicação dos nomes que formarão a Comissão do Impeachment no Senado, Aécio afirmou que a medida é necessária em razão do grande número de legendas na Casa, cenário diferente da época em que Fernando Collor de Melo foi impechmado, quando cada partido indicou um nome. Aécio disse que a reforma política foi um dos temas da reunião com o vice-presidente Michel Temer, na segunda-feira, em São Paulo.

Sonora do senador Aécio Neves

“Eu disse ontem ao vice-presidente da República que, se assumir a Presidência da República, uma das questões essenciais a ser enfrentadas na largada do seu eventual governo é apresentar uma proposta de reforma política que restabeleça a cláusula de barreira. Não é possível você administrar o Brasil, com a complexidade das decisões que nós temos que tomar, com 25 partidos na Câmara e esse também número excessivo de partidos no Senado Federal. Cláusula de barreira, voto distrital misto, fim das coligações proporcionais possibilitaria um ambiente parlamentar muito mais adequado a tomada de decisões importantes para o país”.

De Brasília, Shirley Loiola.

Boletim

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