Aécio Neves – Pronunciamento em Ato da Força Sindical

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, participou, nesta sexta-feira (08/04), em São Paulo, de ato da Força Sindical em favor do impeachment da presidente da República.

Confira o pronunciamento do senador:

Estou entre amigos e entre pessoas que têm responsabilidade para com o Brasil. Eu fiz questão de vir a São Paulo hoje, vim para esse evento e fizemos também uma reunião com as lideranças do PSDB para que a palavra do PSDB seja uma palavra uníssona, uma palavra dura, clara, em favor da virada dessa página triste da história do Brasil.

Hoje, chegando aqui, eu falava que estou entre companheiros, não de ocasião, não de um processo político eventual do impeachment. Eu estive aqui outras vezes. Uns tantos de vocês aqui se lembrarão disso. E já, lá em 2014, denunciávamos exatamente aquilo que já estava acontecendo no Brasil, mas as pessoas ainda não percebiam com muita clareza. Eu dizia: o Brasil vai entrar em uma rota de crescimento negativo, o Brasil vai começar a desempregar em massa, a inflação está saindo de controle. E o que a candidata oficial dizia? “O que é isso? Esses são os pessimistas. O Brasil vai muito bem, pleno emprego, somos respeitados no mundo”. Eu dizia e tantos de vocês assistiram: “estão assaltando a Petrobras. E a resposta: “O que é isso? Não tem nada disso, isso é discurso da oposição”.

Não gostaria de ter sido o profeta que fui, que fomos na verdade, porque muitas das lideranças sindicais que estão aqui foram as lideranças que me permitiram falar diretamente com os trabalhadores brasileiros. Me lembro da gente na porta de fábrica, falando junto e dizendo: “vamos mudar o Brasil porque a Dilma não tem mais condições morais de continuar governando o Brasil”. Batemos na trave, chegamos perto. Mas, hoje, a gente vê que nosso adversário não era uma coligação de partidos políticos, era uma organização que se incrustou, que se apropriou do Estado Nacional para manter, ali, um projeto de poder. E hoje a gente pergunta: para que manter esse projeto de poder se a gente não tem mais capacidade de, minimamente, fazer a roda da economia voltar a girar e os empregos voltarem a ser gerados.

Agora, há pouco, reunido com o ex-presidente Fernando Henrique, com o governador Geraldo e os outros governadores do PSDB, nós tomamos a seguinte decisão: no PSDB, é como no Solidariedade, é como no PPS do Roberto Freire, é 100% de apoio. Mas ainda é pouco. Todos os governadores e as nossas bancadas – está aqui o líder Imbassahy ao lado do líder Aleluia – assumimos um compromisso. Nós vamos, agora, buscar outros parlamentares desses estados que governamos, de outros partidos, e dizer a eles: “vamos dar uma chance ao Brasil”. A coisa não é mais governo e oposição, é quem é brasileiro e quem não é. É quem quer salvar o Brasil do desemprego, da corrupção e da irresponsabilidade e, do outro lado, aqueles que querem continuar distribuindo e recebendo cargos e benesses do governo.

A história é implacável, a história vai escrever e vai escrever de forma definitiva o nome de cada parlamentar a partir do voto que dará na segunda-feira na comissão especial e, no outro domingo, provavelmente, no plenário da Câmara dos Deputados. Hoje, o Brasil não está, como eles gostam de dizer, dividido ao meio. Balela. 70%, 80% do Brasil, pelo menos, estão do lado da mudança, do resgate da ética, da eficiência, de um Brasil que, com confiança, tenha novos investimentos a partir daí, a volta da geração de empregos.

E do outro lado, aqueles que apostaram nesse projeto ideológico anacrônico, atrasado, que fez com que o Brasil perdesse postos de trabalho em todos os setores, em todas as regiões do país. Agora, vou pedir licença porque retorno à Brasília para a comissão que está se reunindo a partir de agora, às seis horas da tarde, nós temos um encontro com a nossa bancada ainda hoje em Brasília. Vamos atrás individualmente de cada parlamentar para dizer o seguinte: a vida lhe deu uma oportunidade de entrar para a história indo pela porta da frente, se não o senhor vai sair pela porta dos fundos, junto com este governo que não honra e não dignifica o mandato que recebeu. É hora da mobilização. Impeachment já, pelo Brasil e pelo futuro de todos os brasileiros.

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