Entrevista sobre a nota do PT sobre prisão de seu líder

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, cobrou hoje (26/11), da presidente Dilma Rousseff um pronunciamento oficial sobre a prisão do líder do governo, senador Delcídio Amaral, ocorrida ontem, depois que a Justiça recebeu gravações que mostram o envolvimento do senador no esquema de corrupção revelado na Petrobras no período em que a então ministra Dilma Rousseff presidia o conselho administrativo da empresa.

Na coletiva, Aécio disse que é dever do governo se manifestar e classificou a divulgada pelo PT, após a prisão do líder do governo, como um dos mais sórdidos documentos da história do partido.

“É extremamente grave. Incompreensível. É o líder do governo. Do ponto de vista pessoal, lamento o senador Delcídio, mas do ponto de vista institucional, é incrível que a presidente da República não se manifeste. É como se não tivesse absolutamente nada a ver com isso. Como se os delatores presos, réus confessos e já condenados, como o caso do (Nestor) Cerveró, não tivessem sido indicados pelo seu governo, não tivessem sido colocados por ela numa diretoria da BR Distribuidora quando saiu da diretoria da Petrobras. É um acinte à inteligência dos brasileiros. O governo precisa se manifestar e o que nós assistimos ontem, numa nota divulgada pelo PT, talvez um dos mais sórdidos documentos, foi a falta de coragem de um partido político, que, ao invés de assumir a sua gravíssima responsabilidade em relação a tudo o que vem ocorrendo no Brasil, até para que haja na cabeça das pessoas um sentimento de que há perspectivas de melhorar, o PT é o primeiro a virar as costas para o seu líder e considera-se descompromissado de defender aquilo que ele próprio criou. A nota lançada pelo PT, além de inoportuna e covarde, vai ficar inscrita como um dos mais deprimentes momentos da vida desse partido que, na minha avaliação, vive os seus estertores.

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