O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, participou, nesta quarta-feira (18/09), de debate sobre mobilidade urbana. Promovido pelo Instituto Teotônio Vilela (ITV), órgão de estudos do partido, o “Seminário Nacional Realidade e Futuro nas Cidades Brasileiras” foi realizado em Brasília. Estavam presentes o presidente do ITV, deputado federal Sérgio Guerra, e os prefeitos de Manaus, Arthur Virgílio; Belém, Zenaldo Coutinho; Maceió, Rui Palmeira, e Teresina, Firmino Filho, entre senadores e deputados.
Para Aécio Neves, os investimentos federais na implantação e ampliação de metrôs têm sido insuficientes para atender a demanda nas grandes cidades, além da grave ausência de uma política pública no âmbito federal de apoio a estados e municípios na solução dos problemas de mobilidade.
“Hoje, o Brasil é governado pelo improviso, pelo marketing. Se, a partir de 2001, sem entrar no mérito dessas decisões, o governo optou por subsidiar a gasolina, um estímulo à aquisição de carros, por dar sucessivamente isenções de IPI para a aquisição de carros, era necessário que, ao mesmo tempo, percebesse que, em um futuro próximo, teríamos um aumento extremamente expressivo da frota. Em dez anos, duplicamos nossa frota de automóveis, quadruplicamos a de motocicletas e não houve nenhum investimento estruturante em transporte de massa”, afirmou Aécio Neves.
Aécio Neves criticou o governo federal pelos constantes anúncios de obras em rodovias, sem que os investimentos sejam de fato realizados. De acordo com o senador, o governo tenta se eximir de suas responsabilidades transferindo-as para estados e municípios.
“O governo federal joga a responsabilidade em prefeituras e governos por não terem projetos. Não. Faltou ao governo federal planejar e investir em projetos. Em Minas Gerais, no nosso primeiro mês de governo, mandamos elaborar projetos para asfaltamento em todas as cidades que não tinham ligação asfáltica. Eram 225 cidades. Feitos os projetos, começamos a licitar as obras. O governo federal não pode querer licitar uma obra sem que haja o projeto técnico. O governo anuncia e reanuncia os mesmos investimentos, adia sucessivamente obras, os preços aviltantes são sempre aumentados e as obras não são concluídas”, disse Aécio Neves.