Lideranças tucanas defendem aliança com o PPS

A união dos dois partidos será em prol da construção de uma mudança política para o país

Foto : George Gianni

Líderes do PSDB e do PPS defenderam hoje (23/11), no Rio de Janeiro, a aliança entre ambos em defesa de uma alternativa comum para as eleições presidenciais em 2014. Na presença dos presidentes nacionais do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e do PPS, deputado federal Roberto Freire (PE), líderes das legendas chamaram os integrantes dos dois partidos para a união em torno da construção de uma mudança política para o país.

O senador tucano Cássio Cunha Lima (PB) convocou o PPS para a elaboração de uma nova agenda para o Brasil, enquanto o presidente do PSDB em Minas, deputado federal Marcus Pestana, destacou a convergência de propostas entre os dois partidos. Pelo PPS, o deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha (RJ) lembrou que há várias propostas comuns entre as duas legendas.

Dirigindo-se a cerca de 500 participantes do congresso, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Cunha Lima disse que: “Nós precisamos muito de vocês”.

Segundo o senador, o processo alternativo para o Brasil depende de uma parceria entre as oposições. “O Brasil precisa da participação ativa do PPS nesse processo, de construir uma agenda nova em torno da candidatura e que possamos ter a participação efetiva de vocês nesse trajetória. Vocês são atores essenciais.”

Pestana reiterou que  há uma “convergência programática e espírito público” entre os dois partidos.

“Há um campo que é da verdadeira política. Nós queremos construir um caminho juntos”, ressaltou o deputado federal mineiro. “O PPS sempre foi um grande parceiro do PSDB. Olhando para o futuro eu enxergo um caminho de convergência. O Brasil precisa mais do que nunca da união dos grandes democratas”.

Para  Corrêa da Rocha, PPS e PSDB são unidos projetos comuns, como a defesa da democracia e a transparência das políticas públicas. “Temos a afinidade na atuação política. Essa possibilidade é fato concreto”, ressaltou ele, lembrando que no Rio “a parceria é muito grande”.

Além do PPS do Rio de Janeiro, os diretórios de Minas, Pernambuco e Bahia já anunciaram apoio à proposta alternativa do PSDB à Presidência da República.

 

Coragem

O presidente nacional da legenda, Roberto Freire, ressaltou que a atual política brasileira levou o país a um retrocesso em vários setores. Para ele, a gestão do PT “inaugurou o populismo”. Segundo o deputado federal, é preciso ter coragem para criticar o atual governo e reagir ao que incomoda.

De acordo com Freire, o caminho alternativo é o de alianças. Porém, Freire disse que a decisão sobre a aliança do PPS só será definida em convenção no próximo ano. “O nosso objetivo é derrotar esse governo hegemônico. Nós, do PPS, estamos fazendo um congresso para trazer a nossa proposta para esse projeto que está aí”, disse ele.

Bittencourt acrescentou que no Rio o apoio do PPS ao PSDB é integral. “Os 20 delegados do PPS no Rio vamos lutar unidos quando o nosso partido decidir acompanhar sua liderança”, afirmou.

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