Etanol: Até quando?
Pare para pensar: quantas vezes, nos últimos tempos, você passou num posto de combustíveis e abasteceu seu carro flex com etanol? Se você considera apenas o bolso, e é natural que seja assim, é provável que pouquíssimas vezes não tenha enchido o tanque com gasolina. Não é um contrassenso num país como o Brasil?
A mais verde e amarela das tecnologias alternativas, muito menos poluente e danosa ao ambiente e à saúde das pessoas, e uma das mais eficazes opções à queima do combustível fóssil, vive crise sem precedentes no país.
Leia mais: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/aecioneves/2014/04/1446371-etanol-ate-quando.shtml.
Brasil lidera queda entre gigantes globais
O mau momento da Bolsa e a perda de valor do real levaram as empresas brasileiras a liderar as perdas entre as maiores companhias do mundo, perdendo espaço entre as gigantes globais.
Das 10 empresas (entre as 500 maiores do mundo) que mais perderam valor de mercado nos últimos 12 meses, 4 são brasileiras. Valor de mercado é calculado de acordo com o preço da ação da empresa multiplicado pelo total de papéis dela que são negociados e é um indicador que aponta a confiança do investidor sobre a companhia.
Leia mais: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/03/1423050-brasil-lidera-queda-entre-gigantes-globais.shtml.
Aécio Neves diz que produtores de etanol foram abandonados pelo governo federal
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou nesta sexta-feira, em Araçatuba, São Paulo, que os Produtores do etanol foram abandonados pelo governo do PT. O tucano participou do Encontro Regional do Noroeste paulista, que contou com mais de 800 lideranças de municípios e empresariais da região. O assunto principal da reunião foi a crise enfrentada pelo setor do etanol. Aécio destacou a perda de empregos na região e os prejuízos para o país da falta de uma política nacional de apoio, ao que segundo ele, é a mais importante fonte alternativa de combustível.
Fala do senador Aécio Neves
Essa é uma região que sofre, de um lado, pela desindustrialização do Brasil, a queda do crescimento da indústria aqui tem efeitos claros, e, em especial no campo, a fragilização de toda a cadeia do etanol em todas suas etapas tem gerado problemas graves também nessa região. Isso ocorreu porque o governo não percebeu que tinha em mãos um instrumento extremamente valioso, extremamente importante não apenas de geração de combustível, de energia alternativa, mas também de geração de empregos.
Boletim
Sonora
Aécio Neves retoma encontros com tucanos para debate de agenda nacional
O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), reuniu hoje em Araçatuba, em São Paulo, mais de 800 lideranças de municípios em encontro que marca a retomada da mobilização que os tucanos vêm promovendo em todo país para debate dos problemas nacionais.
Nesta sexta-feira (07/02), Aécio Neves participou do Encontro Regional do Noroeste paulista, com a presença de líderes políticos e empresariais que discutiram o abandono pelo governo federal do setor do etanol. Aécio destacou a perda de empregos na região e os prejuízos para o país da falta de uma política nacional de apoio à mais importante fonte alternativa de combustível.
“Já no final do ano mostramos um conjunto de ideias que norteará a construção do nosso programa de governo e é muito importante que nossos companheiros possam nos ouvir e que possamos ouvi-los também. Essa é uma região que sofre, de um lado, pela desindustrialização do Brasil, a queda do crescimento da indústria aqui tem efeitos claros, e, em especial no campo, pela fragilização de toda a cadeia do etanol em todas suas etapas tem gerado problemas graves também nessa região. Isso ocorreu porque o governo não percebeu que tinha em mãos um instrumento extremamente valioso, extremamente importante não apenas de geração de combustível, de energia alternativa, mas também de geração de empregos. Reconstruir o programa do etanol, que também significa divisas com o Brasil, será uma prioridade do PSDB”’, disse o senador tucano, em entrevista.
Aécio Neves afirmou que o PSDB apresentará para o debate este ano um novo modelo de gestão, com base na eficiência do Estado, na ética e no compromisso com áreas fundamentais para a vida da população, como saúde, segurança e o controle da inflação.
“O PSDB está construindo um projeto alternativo a esse conduzido pelo PT. Que passa pela eficiência do Estado, por compromissos com a ética, pela modernização das nossas relações do o mundo, pelo controle da inflação, por uma política fiscal transparente. Queremos um governo que cuide da saúde de forma adequada e mais solidária com estados e municípios, invista mais em segurança pública. Tudo aquilo que o governo federal não vem fazendo. E a construção desse nosso discurso, dessas nossas propostas, tem que ser feita com visitas como essa. Vamos apresentar no momento dos grandes debates uma nova proposta, um novo modelo de gestão que está sendo construído nos encontros do partido”, disse Aécio Neves.
Araçatuba e São Carlos
Antes da reunião com lideranças, Aécio Neves tomou suco de laranja na tradicional Bandeirante, onde foi cumprimentado pela população. O presidente do PSDB estava acompanhado do secretário-geral do partido, deputado federal Mendes Thame, do líder do PSDB no Senado, senador Aloysio Nunes, do presidente do PSDB-SP, deputado federal Duarte Nogueira, e dos deputados estaduais Dilador Borges e Pedro Tobias, entre outros. Amanhã, Aécio Neves participa de encontro com lideranças em São Carlos (SP).
Sem trégua na inflação
RIO – Sem respeitar classe social, a inflação incomodou os brasileiros em 2013. A alta de preços foi mais sentida em produtos com muita relevância no cotidiano de consumidores, como os alimentos, que pesaram mais no bolso dos brasileiros de baixa renda. O tomate foi um dos vilões. Os serviços, que têm peso maior no orçamento das famílias mais ricas, também subiram com força. Serviços de beleza, empregada doméstica e aluguel ficaram mais caros. Boa parte das consultorias espera que, este ano, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, usado nas metas de inflação do governo) fique pouco abaixo dos 5,8% registrados em 2012. Mas, para especialistas, não há o que comemorar. Será o quarto ano seguido que o IPCA ficará acima do centro da meta, que é 4,5% (há uma margem de tolerância de dois pontos percentuais para baixo ou para cima). E os analistas veem uma piora no perfil da inflação e pressões mais fortes vindas dos preços administrados em 2014.
Boa parte dos economistas acredita em novo reajuste dos combustíveis no ano que vem. Seria uma tentativa de dar fôlego aos investimentos da Petrobras. Em 30 de novembro, a estatal reajustou em 4% a gasolina e em 8% o diesel nas refinarias, mas, segundo os analistas, a alta foi aquém das necessidades daCopa empresa.
‘Efeito Copa’ nos preços
Outros especialistas veem ainda, em 2014, um “efeito Copa” de alta dos preços de passagens aéreas e hotéis. Já alimentos e serviços deverão sair de cena. O calendário eleitoral deve coincidir com a alta dos preços. O IPCA acumulado em 12 meses deverá subir a partir de maio do ano que vem e chegar ao pico em setembro, ou seja, às vésperas do primeiro turno das eleições.
A Tendências Consultoria aposta que a taxa deverá chegar em setembro com alta de 6,13% em 12 meses e desacelerar para fechar o ano em 6%. Isso sem reajuste de gasolina, nem reajuste de tarifa de ônibus em grandes capitais. Em 2013, aliás, a suspensão dos aumentos de ônibus em várias capitais, após as manifestações populares de junho, ajudou a evitar uma alta maior da inflação. Sem a atuação do governo em várias frentes — com redução da tarifa de energia, desoneração da cesta básica, manutenção das tarifas de transporte público e controle dos preços da gasolina — o IPCA ficaria em 7,3% em 2013, segundo a Tendências.
Para o ano que vem, o que pode complicar o cenário, na visão da Tendências, é um eventual rebaixamento da nota de crédito do Brasil por agências de classificação de risco. Isso levaria o dólar para R$ 2,55, e o IPCA encerraria o ano em 6,2%.
O economista Luis Otávio Leal, economista chefe do banco ABC Brasil, acha que os preços administrados são a principal fonte de preocupação para 2014.
— Este ano, teremos os preços administrados abaixo de 1%. Ano que vem, deverão ficar em 4,5%. A grande pressão virá deles, que têm peso de 25% no índice. A estrutura da inflação está pior. Não fosse isso, o Banco Central não elevaria os juros. O governo tem usado a Petrobras para combater a inflação, mas, como boa parte dos investimentos que se esperam para os próximos anos vêm da estatal, achamos que não há como não fazer novo reajuste — afirma Leal.
A Copa do Mundo também deverá ser outro foco de pressões inflacionárias. Segundo Milton Pignatari Filho, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, preços de passagens aéreas e de diárias mais altas e toda uma gama de serviços de turismo e vestuário, que devem ter reajustes ao longo do primeiro semestre em razão do Mundial, devem deixar a inflação mais complicada no ano que vem. Só o “efeito Copa” pode significar um ponto percentual na inflação de 2014, segundo seus cálculos.
— As altas deverão afetar também quem viaja a trabalho. O repasse desse tipo de aumento é imediato. Vimos isso com o reajuste da gasolina. Nem bem tinha saído a decisão, os postos já tinham subido os preços — afirma.
Leite longa vida subiu 23% este ano
A LCA faz a mesma avaliação. Para o próximo ano, estima uma inflação com mais pressão de transportes, com destaque para passagens aéreas. A estimativa da consultoria é de que o preço das passagens suba 22% em 2014, depois de uma alta projetada em 6,5% em 2013. Segundo a consultoria, o último reajuste dos combustíveis, de 30 de novembro, deve gerar impactos ainda na inflação do primeiro semestre de 2014, principalmente com reflexo no custo do diesel no frete. A consultoria espera um IPCA de 5,9% no ano que vem.
— Esperamos alguma desaceleração na alta de alimentos na esteira dos preços de commodities. Nossa estimativa é de inflação de alimentos de 7,4% em 2014, contra 8,1% em 2013. Já o grupo transportes deve vir com alta mais forte, puxada por passagens aéreas, por causa da Copa — afirma o economista da LCA Consultores Fabio Romão.
A alta dos juros básicos, que voltaram a ficar acima de dois dígitos (a Taxa Selic está em 10% ano desde 27 de novembro), e o reajuste do salário mínimo menor em 2014, por outro lado, devem ajudar a conter a alta dos preços livres. Até novembro, os itens com mais impacto no IPCA são os serviços: o aluguel aparece em primeiro (11,17%), seguido por refeição fora de casa (8,23%), empregado doméstico (10,31%), plano de saúde (7,95%), cursos regulares (8,22%), remédios (4,67%) e higiene pessoal (5,97%). Apesar da fama do tomate, o leite longa vida teve grande destaque entre os alimentos, devido a uma restrição na oferta internacional e subiu 23,02% até novembro. O lanche teve alta de 10,95% e o pão francês, de 14,22%.
— Este ano, o aumento do leite, alimento básico, com peso importante no orçamento das famílias, foi muito grande. Aliás, neste ano, o pão, o leite e o lanche em geral ficaram mais caros — lembra Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.
Leia também aqui
