Local: Brasília – DF
Assuntos: encontro com lideranças partidárias,eleições 2012, segurança pública
Sobre o encontro com lideranças em Belo Horizonte na próxima segunda-feira.
Na verdade, vamos estar iniciando um processo de definição das alianças nas eleições municipais nos principais municípios de Minas. Será uma reunião com as lideranças dos partidos aliados, partidos que vêm sustentando nosso projeto desde 2002 em Minas Gerais e que pretendem continuar juntos para fortalecê-lo no futuro. Então, as principais cidades de Minas vão estar reunidas, vamos discutir os temas principais dessas eleições municipais, de que forma pode haver uma cooperação maior entre o Governo do Estado e os municípios. Mas será, também, um momento de reencontro de pessoas, de partidos diversos, mas que vêm ao longo dos últimos anos permitindo a Minas Gerais um projeto de desenvolvimento que tem feito o Estado crescer mais que a média nacional, diminuir a pobreza mais que o conjunto do Brasil e ter indicadores sociais extremamente vigorosos. Portanto, é uma rearticulação, uma reorganização, uma reunificação do nosso grupo político com vistas às eleições municipais desse ano.
É um leque amplo de partidos.
É, mas, na verdade, hoje, com o quadro partidário extremamente plural que temos no Brasil, é impossível administrar seja no âmbito nacional, estadual ou mesmo presidencial sem uma coligação muito ampla. O que queremos é que essas nossas coligações em Minas tenham um sentido programático, sinalizem para determinadas prioridades, sobretudo no campo social. Portanto, dar nitidez a essas alianças é fundamental para que possamos ter êxito nessas eleições. E o nosso entusiasmo é muito grande. Achamos que essas coligações serão vitoriosas na grande maioria das 50 maiores cidades do Estado onde nos reuniremos.
Definida a questão de José Serra que vai tentar disputar a prefeitura de São Paulo, o senhor já está viajando pelo Brasil. O que muda a partir de agora?
Na verdade a candidatura do companheiro José Serra é um gesto de desprendimento, é um gesto de grandeza política, e vem na direção das expectativas que o PSDB tinha. A eleição de São Paulo é uma eleição de repercussão nacional, obviamente ali também serão debatidos temas de interesse nacional. E como o próprio Serra tem dito, ali estarão em confronto dois modelos, duas visões distintas de país. No meu caso, estarei à disposição dos meus companheiros em Minas, em primeiro lugar, mas também nas outras capitais e outras principais cidades do país para que nos possamos, vencendo as eleições, construir um projeto alternativo de poder a esse que aí está.
O foco do senhor é viagens pelo Brasil?
É, tenho já viagens marcadas a partir do final desse mês de março, antes disso, a pedido do governador Anastasia, eu vou a Washington, na semana do dia 12 de março, para concluir uma negociação com o BID, com o presidente Luis Alberto Moreno, para que possamos trazer recursos para a área de segurança pública em Minas Gerais, e após essa missão que me foi delegada pelo governador, nós vamos iniciar uma série de viagens de discussões profundas sobre os problemas do Brasil em todas as regiões.
A questão da segurança pública é um nó que precisa ser desatado e precisa da ajuda do governo federal…
É verdade. Minas Gerais, durante meus oito anos de governo, foi o estado que proporcionalmente mais investiu em segurança pública, mais de 13% de nossas receitas foram investidos em segurança pública. Mas há uma omissão crônica do governo federal nessa questão. Ao contingenciar os recursos do Fundo Penitenciário e do Fundo de Segurança, o governo federal não cumpre com sua parcela de responsabilidade no enfrentamento dessa que é uma chaga nacional. Estamos buscando apoio externo, das boas relações que nos construímos com esses organismos internacionais, que na verdade têm em Minas Gerais seu melhor modelo, um exemplo a ser mostrado para o mundo, vamos aproveitar essas relações para trazermos mais recursos para Minas Gerais para investirmos em segurança pública.