Senador conversou com presidente e diretores da estatal sobre proposta de BNDES garantir aporte para usinas.
Três dias depois da reunião com o presidente da República, Michel Temer, para tratar do risco de perda pela Cemig das usinas que respondem por quase 50% da geração de energia do Estado, o senador Aécio Neves apresentou ao ministro do Planejamento a proposta da empresa para garantir o controle das hidrelétricas de São Simão, Miranda e Jaguara.
Antes da reunião, realizada nessa segunda-feira no Ministério do Planejamento, o senador avaliou com o presidente da Cemig, Bernardo Alvarenga, e o secretário da Fazenda, José Afonso Bicalho, a proposta de um aporte à empresa via BNDES para aquisição das usinas, que têm leilão previsto para o mês que vem.
“O ministro Dyogo Oliveira e eu avaliamos a proposta de um financiamento do BNDES à Cemig para aquisição das usinas. Para que isso ocorra é preciso uma autorização do governo federal por meio de uma medida provisória. O ministro espera que a Cemig apresente o quanto antes uma proposta formal, o que ainda não ocorreu, para análise dos técnicos do governo. Pedi ao ministro que receba o presidente da Cemig, com quem também estive nesta segunda-feira, para detalhamento da proposta”, afirmou o senador Aécio.
Mobilização política
Na reunião com a direção da Cemig o senador voltou a destacar a união das bancadas estadual e federal de Minas em defesa do parque gerador de energia do Estado. O encontro teve a presença do vice-presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Fábio Ramalho, do PMDB.
Na sexta-feira, o senador e ex-governador de Minas tratou do assunto diretamente com o presidente Michel Temer.
“Acima das divergências partidárias com o atual governo do Estado está o interesse dos mineiros. Conversei com o presidente Temer por duas vezes, na última semana, e hoje (21/08) encaminhamos ao ministro do Planejamento a proposta que possibilita à Cemig manter sob gestão do Estado algo que é de altíssimo interesse de todos os mineiros”, ressaltou Aécio.
O senador voltou a lamentar a edição, em 2012, da MP 579 pela ex-presidente Dilma Rousseff. A medida afetou todo setor elétrico nacional, mas, em especial, a Cemig e as empresas de energia do Paraná, Santa Catarina e São Paulo que se recusaram a assinar contrato de renovação à época e aceitar a definição de preços pelo governo federal.
“Todo esforço busca a reversão das consequências da medida provisória 579, editada pela ex-presidente Dilma. Estamos fazendo um esforço enorme na busca de uma saída”, afirmou Aécio Neves.
A reunião com o presidente da Cemig teve também as presenças dos diretores Cesar Vaz de Melo (Negócios), Adezio de Almeida Lima (Financeiro) e Luciano Ferraz (Jurídico).