O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, anunciou que o partido vai apresentar, no dia 8 de dezembro, uma agenda social para o Brasil. Durante reunião da Executiva Nacional tucana, realizada ontem (26/11), em Brasília, Aécio afirmou que ainda fará nesse mesmo dia pronunciamento no Senado Federal, com a presença das bancadas e dos dirigentes estaduais do PSDB, apresentando um diagnóstico da crise na qual o governo do PT mergulhou o Brasil e as suas consequências na vida dos brasileiros.
“Cabe à oposição fazer o que estamos fazendo: apontando caminhos para o país. Vamos continuar a fazer denúncias, cobrar apurações, mas vamos apresentar, como estamos fazendo, propostas para o país sair da crise. Vamos apontar alguns caminhos, sobretudo de políticas sociais, porque a constatação que se faz hoje é que a política social patrocinada e cantada em verso e prosa pelo PT, da simples distribuição de renda, se mostra absolutamente frágil”, afirmou o senador.
Aécio Neves destacou que os seminários que o PSDB está promovendo, em parceria com o com o Instituto Teotônio Vilela (ITV), órgão de estudos e formação do partido, têm contribuído para debater de perto os problemas que a população enfrenta em várias regiões do país. Este ano, o partido discutiu temas como segurança pública, energia, competitividade e meio ambiente. Hoje, o PSDB discute, em Recife (Pernambuco), a questão da mobilidade urbana.
“Nesse momento de crise, há um retorno em uma velocidade muito grande daquelas pessoas que foram beneficiadas pela transferência de renda. Mas a pobreza tem que ser tratada no Brasil em todas as suas variáveis. Além da vertente da ausência de renda, também temos que tratar da ausência de educação, de qualificação, de ambiente adequado para os negócios, porque é isso que vai gerar emprego e também saúde básica de qualidade”, afirmou Aécio.
Para o senador, quem tem instrumentos para tirar o Brasil da crise é o governo federal. No entanto, com a falta de governabilidade instalada no Planalto, o governo do PT está cada vez mais fragilizado e incapaz de promover a retomada do crescimento da economia.
“São cerca de 10 milhões de brasileiros desempregados, com cerca de 60 milhões de brasileiros endividados e a inflação tirando a comida da mesa do trabalhador. Esse é o conjunto perverso, chamaria até de macabro, da obra que o PT apresenta ao Brasil, e é com isso que a presidente da República terá que lidar a partir do início do ano que vem. Mas o que estou vendo é um governo que já não governa mais”, completou Aécio Neves.