Minas agora tem IDH alto

Artigo de Renata Vilhena - Secretária de Planejamento e Gestão do Governo de Minas Gerais

Artigo da Secretária de Planejamento e Gestão do Governo de Minas Gerais, Renata Vilhena – Jornal O Tempo – 30 de julho de 2013

 

Minas Gerais alcançou uma evolução muito significativa no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), divulgado esta semana em Brasília, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) e pela Fundação João Pinheiro (FJP).

O IDH é um conjunto de indicadores que mede o desenvolvimento humano da população em três dimensões: expectativa de vida (longevidade), renda e educação. O índice global foi criado com o objetivo de incorporar nas políticas públicas a ideia de que não há desenvolvimento sem a articulação das políticas sociais e econômicas. O IDH Municipal por sua vez procura refletir as especificidades e os desafios regionais.

O levantamento mostra que entre 2000 e 2010 Minas saltou do patamar médio para alto Desenvolvimento Humano Municipal. Em 1991, o IDHM do Estado era de 0,478, considerado muito baixo. Em 2000, o índice subiu para 0,624, na faixa de médio desenvolvimento. Já em 2010, o Estado atingiu o patamar de alto desenvolvimento, e um índice de 0,731, acima da média nacional de 0,727 e ocupando o nono lugar no ranking geral dos Estados brasileiros.

O avanço de Minas ocorreu em função das contínuas e consistentes melhoras registradas em todas as dimensões do IDHM. A dimensão Educação foi a que mais evoluiu no listado entre 2000 e 2010, saindo de um índice de 0,470, considerado muito baixo, para 0,638, no patamar médio – uma elevação de 36%. Nesse quesito, o índice de Minas foi superior aos índices de dois terços dos Estados. Esse avanço é resultado da revolução ocorrida na educação pública de Minas na última década, lastreada em iniciativas inovadoras, como a que tornou obrigatória, de forma pioneira no país, a matrícula de alunos com 6 anos de idade nas escolas.

Na dimensão longevidade, que considera a expectativa de vida ao nascer, o índice mineiro subiu de 0,759, considerado alto, para 0,838, o quinto maior índice do Brasil e já no patamar muito alto. Isso significa que os mineiros estão vivendo mais e melhor e mostra a eficácia da política de saúde de Minas Gerais. O IDHM-Renda também melhorou, subindo do índice de 0,680 (médio desenvolvimento), para 0,730 (alto desenvolvimento). No período, o total de municípios com IDHM-Renda considerado alto subiu de 36 para 166.

Os avanços alcançados por Minas no IDHM se tornam mais evidentes quando se compara o número de municípios que subiram de patamar no período. Em 2000, 74,9% deles possuíam IDHM baixo ou muito baixo. Em 2010, esse quantitativo caiu para 8,6%. Atualmente, 91,4 % dos 853 municípios mineiros estão entre as faixas de médio e alto desenvolvimento humano.

A diferença entre o maior e o menor IDHM de Minas, que em 2000 era de 116%, caiu para 54% em 2010. Isso demonstra que as várias Minas têm reduzido suas históricas desigualdades regionais. E que estamos conseguindo fazer a travessia entre a exclusão e a inclusão social, construindo pontes para que todos possam atravessar fossos que antes pareciam intransponíveis.

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