O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva, nesta quinta-feira (07/05), em Brasília. Ao lado do senador Aloysio Nunes, Aécio recebeu na Comissão de Relações Exteriores do Senado, parentes de vítimas da violência e do autoritarismo na Venezuela. Mitzy Ledezma, Lilian López e Rosa Urozco foram ao Congresso brasileiro para pedir apoio e denunciar as violações de direitos pelo governo Nicolás Maduro.
Leia trecho da entrevista do senador:
O Congresso vive hoje um momento histórico, recebendo as mulheres que expressam o sentimento de grande parte da população venezuelana em busca do restabelecimento da democracia e do respeito aos direitos humanos naquele país.
Lilian, Mitzy e Rosa trazem o sentimento mais legítimo daqueles que querem para a Venezuela uma saída constitucional e vêm aqui alertar para a gravidade da omissão do governo brasileiro no tratamento desta questão. Esta causa da democracia na Venezuela não tem fronteiras. Quando se fala em democracia, direitos humanos e liberdade, não há que se respeitar fronteiras. Estamos, portanto, engajados nesta causa.
Uma comissão foi criada no Senado Federal e na Câmara dos Deputados com o apoio do presidente Renan Calheiros para que um grupo de parlamentares brasileiros, de oposição e de situação, possam in loco, estar na Venezuela e cumprir um papel que deveria estar sendo cumprido pelo governo brasileiro. Repito que a omissão do governo brasileiro tem retardado o restabelecimento da democracia e das liberdades naquele país. Recebemos com muita honra hoje no Congresso Nacional a presença dessas verdadeiras militantes da democracia e das liberdades.
Um país como o Brasil que tem como presidente da República uma ex-presa política não pode se calar quando vê um país vizinho, quando assiste no país vizinho, um governo manter quase 90 presos políticos. É hora de o governo brasileiro agir conforme espera a grande maioria dos brasileiros em defesa da democracia na Venezuela. É uma omissão inaceitável.