Aécio Neves: “Não há propaganda oficial suficiente para vencer a consciência dos brasileiros”

O senador criticou a atual administração da presidente Dilma, que deixou de dar a atenção necessária a setores fundamentais como a saúde pública, educação, segurança e economia

Foto : George Gianni

Saudado por centenas de militantes da juventude tucana, PSDB-Mulher e Tucanafro, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, esteve em Araçatuba (SP), nesta sexta-feira (7), para participar do Encontro Regional do Noroeste Paulista. Ao lado do senador Aloysio Nunes, do secretário-geral do partido, Mendes Thame, do deputado federal Duarte Nogueira, presidente do PSDB-SP, e dos deputados estaduais Pedro Tobias e Dilador Borges, Aécio afirmou que nenhum dos artifícios do governo petista será capaz de afetar o discernimento do povo brasileiro.

“A caminhada não será fácil. Nós sabemos que, para alguns que estão no governo, será quase uma guerra santa. Mas não há dinheiro, não há cooptação, não há propaganda oficial que sejam suficientes para vencer a consciência da maioria dos brasileiros. Vamos caminhar por cada canto de São Paulo e do Brasil, para dizer aquilo em que acreditamos”, declarou.

Sob fortes aplausos, Aécio fez duras críticas à atual administração da presidente Dilma Rousseff, que deixou de dar a atenção necessária a setores fundamentais como a saúde pública, educação, segurança e economia.

“Onde estão as transformações? Onde está a alardeada eficiência daquela gestora que ia mudar o Brasil? Nada. Falácia”, avaliou. “Estamos buscando a compreensão de que, ou o PSDB retoma o poder central no Brasil, ou os brasileiros, principalmente os mais pobres, vão sofrer com o retorno da inflação, com a quebra das nossas empresas públicas e com o fim dos pilares fundamentais da nossa economia, fundados no governo do PSDB e que nos trouxeram até aqui”.

 

Federação

Ecoando uma das principais reivindicações dos prefeitos de todo o país, Aécio salientou a necessidade de revisão do pacto federativo, que sobrecarrega estados e municípios.

“Queremos um governo que refunde a federação no Brasil, e que não usurpe dos municípios e dos estados as já poucas condições que têm de enfrentar as suas dificuldades. Na saúde pública, por exemplo. Quando o governo do PT assumiu, em 2003, o governo federal participava com 56% do conjunto de investimentos. Hoje, são apenas 45%. Quem paga o restante da conta? Os municípios e os estados, que têm que compensar a omissão do governo federal”, ressaltou.

O presidente nacional do PSDB acrescentou que o combate à criminalidade é outro fator desconsiderado pela gestão petista, já que mais de 60% de tudo o que se arrecada vai para os cofres da União, que destina apenas 13% das verbas para a segurança pública. 87% do que é gasto no setor vem de estados e municípios.

“A omissão do governo federal é criminosa. E jogar a responsabilidade sobre os homens do estado é irresponsabilidade ainda maior”, disse.

 

Eficiência na gestão pública

Em seu discurso, Aécio destacou ainda que o comprometimento com a eficiência na gestão pública deve ser o norte a ser seguido pelo PSDB e pelos futuros governantes do país.

“Eu quero um Brasil que cresça, que seja respeitado dentro e fora de nossas fronteiras. Quero um Brasil que não passe a vergonha de, em todos os testes internacionais de educação, aparecer nas ultimas colocações. Eu quero dizer a cada brasileira e brasileiro que o setor público não precisa ser ineficiente, apenas por ser público”, considerou.

O senador deu como exemplo o trabalho realizado pelo PSDB em Minas Gerais, que vem sendo repetido pelo governador Geraldo Alckmin em São Paulo. Segundo ele, com métodos e pessoas qualificadas em cada uma das áreas de governo, foi possível transformar um território com mais de 20 milhões de habitantes no estado que tem a melhor educação pública do Brasil, a melhor saúde da região Sudeste e em um dos que mais cresce e gera empregos.

“É possível sim, mas nós temos que ter tempo, espaço e coragem para dizer que vamos contrapor o aparelhamento irresponsável da máquina pública à meritocracia e ao profissionalismo que são as nossas principais marcas. O egoísmo e centralização dos recursos, marca do governo do PT, será confrontado com a descentralização e com a parceria definitiva com os municípios brasileiros”, completou.

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