O senador Aécio Neves disse, nesta quarta-feira (08/02), em Brasília, que o PT deve um pedido de desculpas aos brasileiros e aos candidatos que defenderam os programas de privatização no país, entre eles o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que disputou as eleições presidenciais pelo PSDB, em 2006. Aécio disse que o início do processo de privatização de aeroportos, esta semana, é mais uma contribuição do PSDB ao governo federal.
“Faltou o PT se desculpar com os brasileiros pelo estelionato eleitoral, principalmente no ano de 2006. Se desculpar, em especial, com nosso candidato, o governador Geraldo Alckmin, que foi satanizado por defender privatizações de determinados setores da economia e, ali, foi feita uma enorme injustiça com ele. Na verdade, lamentavelmente, a marca mais vigorosa que fica é essa, a falta de convergência entre o discurso e a prática. Isto serve para inúmeras outras atividades. Estão aí a Lei de Responsabilidade Fiscal e o Proer, que foram combatidos violentamente pelo PT e, hoje, são pilares importantes na política econômica do Partido dos Trabalhadores”, afirmou Aécio.
O senador disse que o início do processo de privatização dos aeroportos precisa ser comemorado e significa um avanço para o país, mas que a demora na decisão do governo permitiu o caos no transporte aéreo. Aécio Neves reiterou que o PT precisa dar explicações ao país sobre as divergências existentes entre o discurso feito nas campanhas eleitorais e a prática do governo.
“O processo de privatização dos aeroportos, que esperamos possa atender a outras regiões do Brasil, deve ser saudado como um avanço, como uma nova visão do PT. Mas, na verdade, consagra a absoluta desconexão entre o que o PT prega e defende, principalmente em campanhas eleitorais, e aquilo que pratica. O que lamento é que essa decisão tenha vindo com tanto atraso, tenha trazido tantos prejuízos, como traz ainda hoje à população brasileira, com o caos em que se transformaram os principais aeroportos do Brasil. A grande questão que se coloca é esta: O que será que, efetivamente, pensa o PT sobre as mais relevantes questões? É aquilo que interessa aos brasileiros, é aquilo que ele diz na campanha eleitoral ou aquilo que pratica no governo?, questionou Aécio.