Aécio Neves destaca manutenção das garantias do BPC, programa criado no governo FHC

Projeto de lei do governo que restringia as regras do benefício foi aprovado com mudanças propostas pelo PSDB

O deputado federal Aécio Neves destacou a aprovação com as sugestões propostas pela bancada do PSDB do Projeto de Lei 4614/24 que muda as regras para a concessão do BPC (Benefício de Prestação Continuada). O projeto, de autoria da equipe econômica do governo, criou restrições para o acesso ao BPC com o objetivo de diminuir as despesas obrigatórias do governo. Se fosse aprovado da forma como foi apresentado, o projeto poderia excluir milhares de brasileiros com deficiência do benefício.

“O BPC leva proteção, auxílio financeiro, para idosos e pessoas com deficiência e desmontou a rede de asilos precários que existia no Brasil. Em 2003 era um programa absolutamente consolidado. É muito importante lembrar ao Brasil que quem tirou o BPC (Benefício de Prestação Continuada) do papel e implantou em todo o país foi o governo do Presidente Fernando Henrique, do PSDB”, afirmou Aécio Neves.

O PL 4614 foi aprovado com pouca margem de votos. Foram 264 a favor e 209 contra, sendo que o mínimo para aprovação é de 257 votos.

O projeto prevê regras mais rígidas para a concessão do BPC como a biometria obrigatória para novos benefícios e atualização cadastral a cada dois anos. Durante a votação, o substitutivo do projeto, relatado pelo deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), incluiu três importantes sugestões apresentadas pelo PSDB que mantiveram as garantias do BPC, que dá direito à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais de receber um salário mínimo por mês se não tiver condição de se sustentar ou ser sustentado pela sua família.
Os tucanos sugeriram a exclusão do trecho do projeto que restringia a definição de pessoa com deficiência àquela incapacitada para a vida independente e para o trabalho. Outro ponto defendido pelo PSDB foi a retirada do texto que impedia que pessoas ou idosos com posses ou propriedades de bens, inclusive de terra nua, que superassem o limite de isenção referente ao seu patrimônio, não poderiam receber o BPC. Também foi retirado por recomendação dos tucanos ponto do projeto do governo que proibia mais de um membro da mesma família de receber o BPC.

Segundo o deputado Aécio Neves, as mudanças propostas pelo PSDB contribuíram para a manutenção de um dos maiores programas de proteção social implantados no país.

“O PT nunca deu atenção ao BPC porque não queria dar o crédito para quem teve coragem de implantar o maior e mais importante programa de proteção social da história do Brasil. E, agora, quis mexer sem levar em conta sua importância na vida das pessoas. O PT quis dar início ao fim do BPC, mas não conseguiu”, afirmou o deputado.

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