“Sem equilíbrio das contas públicas não há saída para o Brasil”, diz Aécio

Aécio Neves voltou a defender a aprovação de medidas, pelo Congresso, que permitam ao Brasil sanear as contas públicas e reencontrar o caminho do crescimento econômico e da geração de empregos.

Foto : George Gianni

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, voltou a defender, nesta segunda-feira (12/09), a aprovação de medidas, pelo Congresso, que permitam ao Brasil sanear as contas públicas e reencontrar o caminho do crescimento econômico e da geração de empregos. Em entrevista no STF, onde participou da cerimônia de posse da ministra Cármen Lúcia na presidência do tribunal, Aécio Neves reiterou que, sem o equilíbrio das contas públicas, o país continuará mergulhado na crise econômica.

“Nós não iremos colocar o Brasil no rumo do crescimento, da recuperação, do emprego, sem dias difíceis pela frente. Então, é hora de investirmos no convencimento do Congresso, dos vários partidos da base, para a absoluta necessidade e urgência desse conjunto de reformas que começa a ser discutido. Esse não pode ser um ano perdido no segundo semestre. Apesar das eleições, temos que avançar, seja na votação final, que eu acredito possível, da PEC do teto dos gastos públicos, mas também avançando na discussão da PEC da reforma previdenciária”, ressaltou o senador Aécio.

O presidente nacional do PSDB afirmou também que essas medidas já deveriam ter sido tomadas há anos, mas foram adiadas em prejuízo do país.

“É preciso que fique bem claro que essas reformas – que já eram necessárias a um Estado moderno – hoje se tornaram inadiáveis, imprescindíveis e absolutamente urgentes. Se hoje o Brasil tem um quadro social calamitoso, com 12 milhões de desempregados, com 60 milhões de brasileiros endividados, com cerca de 10 milhões de famílias voltando às classes D e E, é por conta da irresponsabilidade, da leniência e do projeto de poder que orientou as ações dos governos petistas sucessivos”, criticou.

O senador voltou a se posicionar contra a proposta, em tramitação no Congresso, que reajusta os salários pagos pelo STF, que provocará impactos diretos na folha de pagamento de todo o funcionalismo público também nos estados.

“Somos contra desde o primeiro dia que tramita esta proposta, mas não é em relação ao Judiciário, ao Supremo Tribunal Federal. Somos contra aumento, sobretudo aqueles que levam os estados juntos. Que tenham este efeito cascata nos estados, numa hora em que precisamos é do inverso. Precisamos é de controle de gastos, de equilíbrio. Sem equilíbrio das contas públicas não há saída para o Brasil”, reiterou.

Ministra Cármen Lúcia

O senador falou com os jornalistas na saída da cerimônia de posse da ministra Cármen Lúcia Antunes da Rocha na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF). Na entrevista, Aécio Neves destacou a trajetória da ministra mineira e afirmou que o Brasil vai se orgulhar da gestão dela à frente da Suprema Corte.

“Acho que a ministra Cármen Lúcia tem o perfil, a tradição, o espírito mineiro da grande conciliação e, ao mesmo tempo, a coragem para fazer as grandes transformações. Portanto, é um momento de festa para Minas Gerais, é um momento de muita alegria para aqueles que acompanharam, como eu, a sua trajetória ao longo dos últimos 30 anos. Acho que o Brasil que não conhece ainda Cármen Lúcia vai se orgulhar muito da mulher presidente do Supremo Tribunal Federal”, afirmou.

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