O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou que lideranças do partido e da oposição se reunirão hoje para discutir a proposta orçamentária de 2016 apresentada pelo governo federal ao Congresso Nacional com rombo de R$ 30 bilhões. Durante encontro de lideranças políticas de Minas Gerais, realizada em Belo Horizonte, nessa segunda-feira (31/08), o senador afirmou que a gestão petista governa sem planejamento e à base do improviso.
“Vamos nos reunir para ver de que forma vamos enfrentar essa questão. É tão inusitado, pelo menos na nossa democracia recente, um governo não ter a capacidade de apontar as fontes de receitas que deverão financiar as suas despesas. Depois de 13 anos de governo do PT, o governo sequer consegue apresentar ao Congresso Nacional uma proposta de orçamento equilibrado”, disse.
Aécio Neves lamentou a improvisação do governo Dilma que anunciou recentemente superávit no orçamento e em um mês apresentou proposta orçamentária com déficit bilionário nas contas da União.
“Estamos assistindo ao definitivo atestado de incompetência desse governo que, ao gastar de forma perdulária e irresponsável para vencer as eleições, não consegue fazer o que é essencial. Há pouco mais de 30 dias atrás, o governo anunciava um superávit 0,7% no orçamento. Hoje anuncia um déficit de 0,5%. Em um mês o governo altera a sua previsão de forma tão drástica, que é a demonstração clara do improviso. O improviso hoje governa o Brasil”, afirmou.
O presidente do PSDB alertou que as medidas improvisadas, prática rotineira do governo petista, ainda trarão graves consequências para as empresas brasileiras e para toda a população.
“O Brasil está hoje em recessão técnica, com dois trimestres consecutivos de crescimento negativo. Não tomaram as providências que deveriam ter sido tomadas para minimizar, pelo menos para uma parcela da população, os efeitos do desemprego. As consequências são preocupantes, não podemos, infelizmente, afastar de um cenário próximo, o rebaixamento da nota de crédito do Brasil, que pode nos tirar o grau de investimento. E isso, lamentavelmente, impacta, não sobre o governo, mas sobre os cidadãos brasileiros, sobre as empresas brasileiras que terão mais dificuldades para obter, por exemplo, financiamentos fora do Brasil”, disse.