“Mesmo se obtiver os 180 votos ou 200 votos, como pode uma presidente da República que escancara o Palácio do Planalto a este mercado persa, onde cada voto vale um quinhão de cargos públicos? Com que autoridade esta presidente da República vai retirar o Brasil dessa crise se eventualmente ficar no cargo?”, questionou o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, ao condenar a negociação de cargos comandada pela presidente da República em troca de votos contra o pedido de impeachment que tramita na Câmara dos Deputados.
Ao reiterar hoje (05/04) o apoio do PSDB à construção de uma nova agenda para o país, Aécio assegurou o apoio do partido ao impeachment de Dilma Rousseff e considerou irreal e utópica a proposta de convocação de eleições gerais por meio de uma PEC.
“Nesse instante quaisquer dessas medidas criativas e utópicas – porque não têm qualquer relação com a realidade – servem apenas para fragilizar a tese do impeachment. Nós, do PSDB, não somos beneficiários do eventual afastamento da presidente da República. Até porque quem assume nesse caso é o vice-presidente da República. Mas, nesse momento, nós que sempre apostamos na tese de eleições gerais, a partir de uma decisão do TSE, convergimos para o impeachment por uma única razão: a presidente Dilma não tem mais qualquer condição de continuar governando o Brasil”.