O Congresso Nacional derrubou, na noite de quarta-feira, o veto ao voto impresso para conferência, previsto no projeto de lei da minirreforma eleitoral. No senado, foram 56 votos contra e cinco a favor do veto. Na votação anterior, pela Câmara, 368 deputados foram contra e 50 a favor do veto. Para o senador Aécio Neves, do PSDB, de Minas Gerais, a derrubada do veto significa uma vitória da democracia.
Sonora do senador Aécio Neves
“Foi uma vitória do aperfeiçoamento do processo eleitoral. As democracias sólidas são aquelas em que o conjunto da sociedade confia o seu processo eleitoral de apuração de votos. Agora você imprimir o voto que não será acessível fisicamente ao eleitor, ele apenas cai numa urna que numa determinada eventualidade decidida pela justiça eleitoral poderá essa urna ser submetida a uma conferência? Nós estamos dando ao eleitor a tranquilidade, a serenidade que seu voto foi computado. Nós estamos indo na direção das democracias mais solidas do mundo. Um avanço e o governo erra ao transformar isso numa disputa política.”
Segundo o projeto, esse comprovante seria depositado em um local lacrado após a confirmação pelo eleitor de que a impressão estava correta. Ao justificar o veto, Dilma argumentou que o Tribunal Superior Eleitoral manifestou-se contrariamente à sanção do item porque isso geraria “altos custos”, com impacto de quase 2 bilhões reais. A regra entrará em vigor nas próximas eleições gerais, em 2018. De Brasília, Shirley Loiola.
Boletim