A chamada reforma administrativa anunciada hoje apequena ainda mais o governo Dilma. Não em sua estrutura, porque os cortes são pouco expressivos frente ao aumento excessivo de gastos do governo nos últimos anos. Se assemelha na verdade a uma maquiagem. Uma reforma que fica a léguas de distância do que seria necessário para sinalizar o início de uma nova fase para o país.
Apequena o governo pela forma como a presidente Dilma age para se manter no cargo. Distribuindo espaços relevantes de poder não em busca da melhoria da qualidade do governo, mas para garantir votos que impeçam o seu afastamento.
Os efeitos dessas mudanças serão efêmeros e a presidente da República continuará precisando mostrar ao país que tem condições de tirá-lo da gravíssima crise na qual seu governo nos mergulhou.
O que traduz de forma mais eloquente a situação da presidente é a frase dita esta semana pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e que merece ser repetida: “A presidente não governa. Ela é governada”.
Aécio Neves
Presidente Nacional do PSDB