
Aécio Neves e os ex-governadores de Minas Gerais Antonio Anastasia, Eduardo Azeredo e Fernando Pimentel assinaram uma carta ao governador Romeu Zema manifestando-se contrários à decisão do uso do Palácio da Liberdade, sede oficial do Governo do Estado, para festas e eventos pagos.
A locação das salas e jardins do monumento foi autorizada por meio de um decreto de Zema. Os quatro ex-governadores condenaram a medida pela importância histórica e pelo significado que o Palácio e seu conjunto arquitetônico têm para os mineiros.
“Tal deliberação macula as mais legítimas tradições de nossa história política, pois o símbolo máximo do Poder Público do Estado deixa a sua função essencial e se transforma em cenário de exibição de interesses privados. É fato que o Palácio da Liberdade já serviu de palco para diversas manifestações culturais, sociais e gastronômicas, mas todas elas de iniciativa oficial e com reconhecido caráter de interesse público”, escrevem na carta.
O decreto – por ora cancelado pelo governo do Estado – autoriza o aluguel de espaços como o hall de entrada e o alpendre do Palácio, a escadaria principal, os jardins e parte das salas do casarão para realização de casamentos, festas particulares e eventos de empresas.
“Ao permitir a locação particular, destinada a pessoas abastadas, que possam arcar com os seus custos, seremos testemunhas da banalização do edifício sede da identidade de Minas Gerais!, diz trecho da carta.
Desenhado pelo arquiteto José de Magalhães, no projeto da nova capital de Minas Gerais, o Palácio data de 1895 e foi tombado como Patrimônio Histórico há 50 anos.
Leia abaixo a íntegra da carta:

