“O Brasil, do dia da eleição até o dia de hoje, em que estamos aqui nos encontrando, já perdeu cerca de um milhão, um milhão e meio de empregos de carteira assinada. Hoje, 60 milhões de brasileiros, o número é alarmante, 60 milhões de brasileiros estão inadimplentes. Estão com pelo menos uma prestação com mais de 90 dias de atraso. A inflação não preciso dizer para vocês. Vocês convivem com ela todos os dias. A de alimentos, que é aquela que mais pesa no bolso do trabalhador, de quem ganha menos, já está em torno de 15% em todas as principais regiões metropolitanas desse país. Portanto, essa crise que chamo de social extremamente aguda, é essa que só será enfrentada no momento que tivermos um governo que inspire confiança, credibilidade, e isso a atual presidente da República, pela forma como agiu durante a campanha, e pela com que continua agindo agora, perdeu. Então em uma hora como essa, turbulenta na política, desastrosa na economia, degradante no que diz respeito aos valores, não podemos, não temos o direito de perder a capacidade de nos organizarmos e de sonhar com a superação dessa crise. Não temos aqui, nenhum de nós, a bola de cristal para saber o que nos espera daqui a dois meses, com a instalação do processo de impeachment, o que nos espera daqui a um, dois ou três anos, quando estão marcadas as eleições presidenciais. Não depende de nós. Depende de um resultado ou desfecho desse processo que aí está. Não depende apenas de nós. Mas de nós depende mostrarmos, cada vez mais, que estamos unidos. Temos a melhor proposta, o melhor projeto para esse país, e temos aquilo que faltam àqueles que hoje governam o Brasil: falta a eles a credibilidade, que temos de sobra para apontar um novo e virtuoso caminho de recuperação da nacionalidade, do orgulho de ser brasileiro, da confiança na nossa capacidade de fazer esse país voltar a crescer.”