Aécio Neves participa de encontro com lideranças em Belo Horizonte

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, comandou nesta sexta-feira (1º de julho), em Belo Horizonte, encontro que reuniu os pré-candidatos tucanos a prefeito e a vereador nas próximas eleições em Minas Gerais.

Acompanhado pelos principais líderes do partido no Estado, Aécio destacou que o PSDB disputará as eleições municipais pautado pela verdade e pelo compromisso com a população.

O presidente nacional do partido defendeu reformas necessárias ao país e disse que os tucanos devem ir às ruas com a cabeça erguida em razão do legado que representam. Aécio Neves lembrou o aniversário de 22 anos do Plano Real e os alertas feitos ao Brasil sobre os erros e as mentiras do governo do PT e que levaram o país à maior recessão econômica da história.

“Mário Covas costumava dizer que as pessoas estão preparadas para ouvir a verdade, para ouvir um não quando este for necessário. Melhor um não do que um sim falso, que vai apenas iludi-las. Digam a verdade ao seu povo e a sua gente. Digam o que é possível fazer e o que não é possível. É isso que vai nos diferenciar, é isso que vai demarcar o nosso campo”, afirmou Aécio.


Leia os principais trechos do pronunciamento:

Vocês não podem imaginar como este encontro é importante para o PSDB, para os pré-candidatos, para as lideranças que aqui estão. Tenham certeza de que esse encontro, nesse momento, é para mim extraordinário. Extraordinário porque a política é feita, muitas vezes, de mais desencontros do que de encontros. Mas aqui, para nós de Minas Gerais, para nós do PSDB, de todas as regiões do estado, a política tem sido um permanente reencontro, reencontro na fé, reencontro na confiança, reencontro na solidariedade, mas principalmente de um encontro da vontade de resgatar Minas Gerais e dar novamente ao nosso estado um governo honrado, eficiente e que dê resposta às demandas, aos anseios, às angústias da nossa gente.

Como é bom poder, mais uma vez, me reunir com cada uma e com cada um de vocês, de olhar para o lado e reencontrar tantos rostos conhecidos, tantos olhares de confiança e tantas lideranças que têm como a principal marca da sua trajetória a honradez e a dignidade.

Que bom, senador Antonio Anastasia, ver hoje que o Brasil inteiro o reverencia como uma das mais expressivas lideranças políticas, fazendo o que é certo com competência e, sobretudo, com coragem. Essa tem sido a condução dada pelo senador Anastasia na Comissão do Impeachment. Mas é bom que comecemos a lembrar para que possamos lembrar aos eleitores de todos os cantos de Minas Gerais que nós conseguimos tirar do governo brasileiro a irresponsabilidade manifestada e representada pelo governo do PT.

Isso se deu não de um momento de arroubo do Congresso Nacional. Isso se deu porque o PSDB quase solitariamente, lá atrás, na campanha de 2014, começava a denunciar a apropriação do Estado brasileiro por um grupo político para nele se perenizar. Foi o PSDB, em nome de cada um de vocês, que denunciou ao Brasil inteiro a corrupção na Petrobras, as pedaladas fiscais, o descompromisso com a ética e com o que tem de maior na sociedade brasileira. Pois bem, o processo avançou, a presidente Dilma foi temporariamente afastada, o Brasil se deu uma nova chance.

O PSDB em todos os momentos da sua história, sem nenhuma exceção, colocou sempre os interesses do Brasil acima dos seus próprios interesses exatamente o contrário do que fazia o governo do PT, que quando tinha que opinar entre o PT e o Brasil, ficava com o PT como aconteceu em inúmeras vezes ao longo da sua história. E é exatamente a nossa responsabilidade para com o Brasil que faz com que o PSDB apoie hoje o governo de transição de Michel Temer para que ele possa impor ao Brasil medidas que permitam a retomada da confiança, a retomada dos investimentos e, por consequência, a retomada dos empregos. Mas eu afirmo, como presidente nacional do PSDB, como companheiro de cada uma e de cada um dos que estão aqui, como o companheiro Paulo Abi-Ackel, como o companheiro Rodrigo de Castro, Marcus Pestana, Domingos Sávio, João Leite, todos os parlamentares e prefeitos que aqui estão, o PSDB estará pronto para disputar a Presidência da República pelo voto direto dos brasileiros no ano de 2018. Até lá, vamos sim correr riscos, mas vamos impor também ao governo Michel Temer uma ousada agenda de reformas por que clama o país.

O nosso sonho não se perdeu no tempo, quase vencemos as eleições, mas não perdemos a nossa fé e não perdemos a nossa capacidade de falar aos brasileiros e aos mineiros olhando nos olhos de cada um. Não, a nossa história é o nosso passaporte para o futuro, a honradez de nossos governos são o nosso cartão de visita, mas a nossa ousadia, a nossa coragem para transformar o Brasil, como transformamos Minas, haverá de ser reconhecida pelo conjunto da sociedade brasileira dentro de muito pouco tempo. Mas será agora, nas eleições que se avizinham, nas eleições municipais de 2016, que nós estaremos percorrendo cada canto do Brasil para dizer de forma muito clara, no momento em que busca-se uma certa demonização da política, a negação da política como instrumento de transformação das vidas das pessoas, e nós temos que resistir a essa tentação, porque só não existe política onde não existe democracia. O que nós temos é que dividir, os corruptos não, jamais, mas os homens de bem têm que estar na política disputando o voto do povo para representá-lo e para atender aos seus interesses. E é esse o papel do PSDB.

Mais do que nunca, em todos os nossos anos de história, o PSDB não foi tão necessário ao Brasil como será agora em 2016. É o PSDB da coragem, é o PSDB e essa data de hoje comemoramos 22 anos, exatos 22 anos em que passou a circular a primeira moeda do Real no Brasil, trazendo estabilidade às famílias brasileiras e capacidade de voltarem a planejar o seu futuro. É o PSDB da Lei de Responsabilidade Fiscal, é o PSDB das principais transformações na gestão pública nesse país em governos extremamente exitosos por toda a parte. É esse PSDB que haverá de percorrer as ruas deste país, de cabeça erguida, porque nós não temos absolutamente nada do que nos envergonhar, agimos sempre com responsabilidade, agimos sempre com seriedade e a cada ataque que recebemos vamos responder com a nossa história e com a nossa coragem.

Ao ver, aqui, candidatas e candidatos de absolutamente todas as regiões do nosso Estado, renovo a minha fé, a minha confiança e a minha crença de que nós estamos no caminho certo. Não fazemos política com ódio no coração. Fazemos política com amor buscando a convergência, buscando atender o próximo e foi exatamente esse sentimento que permitiu que o PSDB e vários outros partidos aliados aqui em Belo Horizonte, a nossa capital e coração do nosso Estado, indicasse o nome íntegro e honrado de João Leite como nosso pré-candidato à prefeitura da cidade. Conte com seus companheiros João!

Cada mineiro que aqui está do rincão mais distante do Estado, do nosso extremo Norte ao nosso extremo Sul, de Leste a Oeste, tem aqui amigos, familiares em Belo Horizonte, que abraçarão a sua causa, porque a sua causa é a nossa causa, é a causa do bem, é a causa da transformação. Não tenho dúvidas que você construirá uma grande aliança em Belo Horizonte, como construirão nossos companheiros em várias outras cidades da Região Metropolitana e em todas as outras regiões do Estado. Esse encontro, minhas amigas e meus amigos, é o encontro da renovação da fé, da crença na atividade que escolhemos para fazer a nossa vida. Na missão que decidimos cumprir. A vida pública feita com responsabilidade, com seriedade, é a mais digna das atividades que um ser humano possa desenvolver no seio de uma sociedade. A política, na dimensão maior do que essa palavra possa significar, é a abdicação dos seus próprios interesses em favor dos interesses da coletividade.

É exatamente nessa hora que, tenho certeza, vamos resgatar a política a partir dos nossos movimentos, a partir das mulheres tucanas, a partir do Tucanafro, a partir do nosso PSDB Sindical e dos jovens tucanos, que se reunirão amanhã, em Brasília. E para lá sigo daqui a pouco. Tucanos de todo o Brasil vão dar um grande brado em favor da renovação da política com os valores, com os princípios e com os pilares que aqui já revelei.

Não vamos perder a fé, vamos ter coragem para fazer o que é certo. José Aníbal, o presidente o ITV, lembrava agora há pouco o Mario Covas. Mario Covas idealizador e fundador do PSDB. E eu me lembro que Mario Covas costumava dizer que as pessoas estão preparadas para ouvir a verdade, para ouvir um não quando este for necessário. Melhor um não do que um sim falso, que vai apenas iludi-las. É com essa mensagem que me despeço de vocês. Digam a verdade ao seu povo e a sua gente. Digam o que é possível fazer e o que não é possível. É isso que vai nos diferenciar, é isso que vai demarcar o nosso campo.

Cada um de vocês, repito, vai caminhar de cabeça erguida em cada canto do nosso Estado, por cada uma das cidades em que vivem. Vocês representam um público político que tem um projeto para os municípios, para os estados e para o país. E, para encerrar: nunca, em nenhum outro tempo da nossa história, foi tão necessária a vitória do PSDB. Vamos vencer em Belo Horizonte com o João Leite, vamos vencer em grande parte dos municípios do Estado. E, em 2018, vamos vencer em Minas e vamos vencer no Brasil.

Parabéns tucanos e tucanas. É a vitória da decência. É a vitória do PSDB.

Aécio Neves participa de encontro com lideranças em Belo Horizonte

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, comandou nesta sexta-feira (1º de julho), em Belo Horizonte, encontro que reuniu os pré-candidatos tucanos a prefeito e a vereador nas próximas eleições em Minas Gerais.

Acompanhado pelos principais líderes do partido no Estado, Aécio destacou que o PSDB disputará as eleições municipais pautado pela verdade e pelo compromisso com a população.

O presidente nacional do partido defendeu reformas necessárias ao país e disse que os tucanos devem ir às ruas com a cabeça erguida em razão do legado que representam. Aécio Neves lembrou o aniversário de 22 anos do Plano Real e os alertas feitos ao Brasil sobre os erros e as mentiras do governo do PT e que levaram o país à maior recessão econômica da história.

“Mário Covas costumava dizer que as pessoas estão preparadas para ouvir a verdade, para ouvir um não quando este for necessário. Melhor um não do que um sim falso, que vai apenas iludi-las. Digam a verdade ao seu povo e a sua gente. Digam o que é possível fazer e o que não é possível. É isso que vai nos diferenciar, é isso que vai demarcar o nosso campo”, afirmou Aécio.


Leia os principais trechos do pronunciamento:

Vocês não podem imaginar como este encontro é importante para o PSDB, para os pré-candidatos, para as lideranças que aqui estão. Tenham certeza de que esse encontro, nesse momento, é para mim extraordinário. Extraordinário porque a política é feita, muitas vezes, de mais desencontros do que de encontros. Mas aqui, para nós de Minas Gerais, para nós do PSDB, de todas as regiões do estado, a política tem sido um permanente reencontro, reencontro na fé, reencontro na confiança, reencontro na solidariedade, mas principalmente de um encontro da vontade de resgatar Minas Gerais e dar novamente ao nosso estado um governo honrado, eficiente e que dê resposta às demandas, aos anseios, às angústias da nossa gente.

Como é bom poder, mais uma vez, me reunir com cada uma e com cada um de vocês, de olhar para o lado e reencontrar tantos rostos conhecidos, tantos olhares de confiança e tantas lideranças que têm como a principal marca da sua trajetória a honradez e a dignidade.

Que bom, senador Antonio Anastasia, ver hoje que o Brasil inteiro o reverencia como uma das mais expressivas lideranças políticas, fazendo o que é certo com competência e, sobretudo, com coragem. Essa tem sido a condução dada pelo senador Anastasia na Comissão do Impeachment. Mas é bom que comecemos a lembrar para que possamos lembrar aos eleitores de todos os cantos de Minas Gerais que nós conseguimos tirar do governo brasileiro a irresponsabilidade manifestada e representada pelo governo do PT.

Isso se deu não de um momento de arroubo do Congresso Nacional. Isso se deu porque o PSDB quase solitariamente, lá atrás, na campanha de 2014, começava a denunciar a apropriação do Estado brasileiro por um grupo político para nele se perenizar. Foi o PSDB, em nome de cada um de vocês, que denunciou ao Brasil inteiro a corrupção na Petrobras, as pedaladas fiscais, o descompromisso com a ética e com o que tem de maior na sociedade brasileira. Pois bem, o processo avançou, a presidente Dilma foi temporariamente afastada, o Brasil se deu uma nova chance.

O PSDB em todos os momentos da sua história, sem nenhuma exceção, colocou sempre os interesses do Brasil acima dos seus próprios interesses exatamente o contrário do que fazia o governo do PT, que quando tinha que opinar entre o PT e o Brasil, ficava com o PT como aconteceu em inúmeras vezes ao longo da sua história. E é exatamente a nossa responsabilidade para com o Brasil que faz com que o PSDB apoie hoje o governo de transição de Michel Temer para que ele possa impor ao Brasil medidas que permitam a retomada da confiança, a retomada dos investimentos e, por consequência, a retomada dos empregos. Mas eu afirmo, como presidente nacional do PSDB, como companheiro de cada uma e de cada um dos que estão aqui, como o companheiro Paulo Abi-Ackel, como o companheiro Rodrigo de Castro, Marcus Pestana, Domingos Sávio, João Leite, todos os parlamentares e prefeitos que aqui estão, o PSDB estará pronto para disputar a Presidência da República pelo voto direto dos brasileiros no ano de 2018. Até lá, vamos sim correr riscos, mas vamos impor também ao governo Michel Temer uma ousada agenda de reformas por que clama o país.

O nosso sonho não se perdeu no tempo, quase vencemos as eleições, mas não perdemos a nossa fé e não perdemos a nossa capacidade de falar aos brasileiros e aos mineiros olhando nos olhos de cada um. Não, a nossa história é o nosso passaporte para o futuro, a honradez de nossos governos são o nosso cartão de visita, mas a nossa ousadia, a nossa coragem para transformar o Brasil, como transformamos Minas, haverá de ser reconhecida pelo conjunto da sociedade brasileira dentro de muito pouco tempo. Mas será agora, nas eleições que se avizinham, nas eleições municipais de 2016, que nós estaremos percorrendo cada canto do Brasil para dizer de forma muito clara, no momento em que busca-se uma certa demonização da política, a negação da política como instrumento de transformação das vidas das pessoas, e nós temos que resistir a essa tentação, porque só não existe política onde não existe democracia. O que nós temos é que dividir, os corruptos não, jamais, mas os homens de bem têm que estar na política disputando o voto do povo para representá-lo e para atender aos seus interesses. E é esse o papel do PSDB.

Mais do que nunca, em todos os nossos anos de história, o PSDB não foi tão necessário ao Brasil como será agora em 2016. É o PSDB da coragem, é o PSDB e essa data de hoje comemoramos 22 anos, exatos 22 anos em que passou a circular a primeira moeda do Real no Brasil, trazendo estabilidade às famílias brasileiras e capacidade de voltarem a planejar o seu futuro. É o PSDB da Lei de Responsabilidade Fiscal, é o PSDB das principais transformações na gestão pública nesse país em governos extremamente exitosos por toda a parte. É esse PSDB que haverá de percorrer as ruas deste país, de cabeça erguida, porque nós não temos absolutamente nada do que nos envergonhar, agimos sempre com responsabilidade, agimos sempre com seriedade e a cada ataque que recebemos vamos responder com a nossa história e com a nossa coragem.

Ao ver, aqui, candidatas e candidatos de absolutamente todas as regiões do nosso Estado, renovo a minha fé, a minha confiança e a minha crença de que nós estamos no caminho certo. Não fazemos política com ódio no coração. Fazemos política com amor buscando a convergência, buscando atender o próximo e foi exatamente esse sentimento que permitiu que o PSDB e vários outros partidos aliados aqui em Belo Horizonte, a nossa capital e coração do nosso Estado, indicasse o nome íntegro e honrado de João Leite como nosso pré-candidato à prefeitura da cidade. Conte com seus companheiros João!

Cada mineiro que aqui está do rincão mais distante do Estado, do nosso extremo Norte ao nosso extremo Sul, de Leste a Oeste, tem aqui amigos, familiares em Belo Horizonte, que abraçarão a sua causa, porque a sua causa é a nossa causa, é a causa do bem, é a causa da transformação. Não tenho dúvidas que você construirá uma grande aliança em Belo Horizonte, como construirão nossos companheiros em várias outras cidades da Região Metropolitana e em todas as outras regiões do Estado. Esse encontro, minhas amigas e meus amigos, é o encontro da renovação da fé, da crença na atividade que escolhemos para fazer a nossa vida. Na missão que decidimos cumprir. A vida pública feita com responsabilidade, com seriedade, é a mais digna das atividades que um ser humano possa desenvolver no seio de uma sociedade. A política, na dimensão maior do que essa palavra possa significar, é a abdicação dos seus próprios interesses em favor dos interesses da coletividade.

É exatamente nessa hora que, tenho certeza, vamos resgatar a política a partir dos nossos movimentos, a partir das mulheres tucanas, a partir do Tucanafro, a partir do nosso PSDB Sindical e dos jovens tucanos, que se reunirão amanhã, em Brasília. E para lá sigo daqui a pouco. Tucanos de todo o Brasil vão dar um grande brado em favor da renovação da política com os valores, com os princípios e com os pilares que aqui já revelei.

Não vamos perder a fé, vamos ter coragem para fazer o que é certo. José Aníbal, o presidente o ITV, lembrava agora há pouco o Mario Covas. Mario Covas idealizador e fundador do PSDB. E eu me lembro que Mario Covas costumava dizer que as pessoas estão preparadas para ouvir a verdade, para ouvir um não quando este for necessário. Melhor um não do que um sim falso, que vai apenas iludi-las. É com essa mensagem que me despeço de vocês. Digam a verdade ao seu povo e a sua gente. Digam o que é possível fazer e o que não é possível. É isso que vai nos diferenciar, é isso que vai demarcar o nosso campo.

Cada um de vocês, repito, vai caminhar de cabeça erguida em cada canto do nosso Estado, por cada uma das cidades em que vivem. Vocês representam um público político que tem um projeto para os municípios, para os estados e para o país. E, para encerrar: nunca, em nenhum outro tempo da nossa história, foi tão necessária a vitória do PSDB. Vamos vencer em Belo Horizonte com o João Leite, vamos vencer em grande parte dos municípios do Estado. E, em 2018, vamos vencer em Minas e vamos vencer no Brasil.

Parabéns tucanos e tucanas. É a vitória da decência. É a vitória do PSDB.

Aécio Neves e Geraldo Alckmin – Entrevista sobre a reunião de governadores e lideranças tucanas

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, concederam entrevista coletiva, nesta quinta-feira (10/12), em Brasília, sobre a reunião de governadores e lideranças tucanas.

Leia a transcrição da entrevista:
Senador Aécio Neves
Há um sentimento hoje em todo o PSDB – hoje se reuniram os governadores na sua totalidade, o presidente Fernando Henrique, os nossos líderes representando as nossas bancadas na Câmara e no Senado, de que o processo de impeachment da presidente da República ganha força. E o esforço do PSDB é para que esse debate, essa discussão, se dê dentro daquilo que propõe a peça assinada pelo ex-ministro Miguel Reale, pelo jurista Hélio Bicudo e pela advogada Janaína. A discussão tem que se dar em torno da acusação de que a presidente da República cometeu crime de responsabilidade. Ela deve ter todo o direito a defesa, mas há um sentimento hoje convergente dentro do PSDB de que as razoes objetivas para que o impeachment venha a ser aprovado pela Câmara dos Deputados e depois pelo Senado estão colocadas. Por outro lado, há também um tensão grande do PSDB em relação ao que ocorre no Tribunal Superior Eleitoral, já que houve o compartilhamento de delações tanto pelo ministro Teori quanto pelo juiz Sérgio Moro.

Estaremos, portanto, apoiando os movimentos de rua e apoiando os movimentos favoráveis ao impeachment, mas com absoluta serenidade. Não queremos transformar isso em um grande Fla-Flu. Existe, hoje, no Brasil, pleno estado de direito, os pilares básicos para que essa proposta fosse colocada em votação existem, e nós temos que ter a serenidade para discuti-la não como vem fazendo a presidente da República, se defendendo de acusações que não lhe são feitas e se omitindo em relação àquelas que foram formalizadas em relação a ela. O que eu posso garantir ao final é que o PSDB está absolutamente coeso, convergente, sabendo da sua responsabilidade hoje e no futuro e a nossa percepção final é de que a presidente da República vem, dia a dia, perdendo as condições de enfrentar essa crise e tirar os brasileiros das profundezas na qual o governo do PT e ela própria nos colocou. Portanto, é uma reunião para afinar a orquestra, nós estaremos, cada vez mais, conversando e convergindo no sentimento de que cabe à presidente da República dar respostas formais e definitivas às acusações que lhe são feitas, e não continuar a responder à acusações que jamais lhe foram feitas.

Senador, onde que a oposição vai tocar o bumbo?

A oposição tem feita seu trabalho com absoluta responsabilidade no Congresso Nacional, com respaldo dos governadores que, obviamente, têm outras responsabilidades, não cabe a eles estar no debate e no embate diário em relação à essa questão, mas essa reunião, onde todos os governadores do PSDB se fizeram presentes, há um sentimento da gravidade da crise e da incapacidade que a presidente da República tem demonstrado para superá-la. Vamos fazer isso com absoluta responsabilidade, mas não podemos aceitar que um processo como esse, previsto na Constituição, que segue o rito adequado previsto no regimento do Congresso Nacional possa ser acusado de um movimento golpista. Não é. O que nós estamos decidindo no Brasil hoje é se a Lei vale para todos, inclusive para a presidente da República. É essa a resposta que os brasileiros aguardam.

Governador Geraldo Alckmin
Chegou a ser discutido algo sobre um apoio a um eventual governo Michel Temer aqui, vocês conseguiram unificar uma posição em torno disso também?

Não, a discussão é em relação à situação atual. A posição dos governadores é a mesma, é o impeachment está previsto na Constituição brasileira, a Constituição não é golpista. Aliás, o PT pediu o impeachment do presidente Collor, do Itamar Franco, do Fernando Henrique, só não pediu do Lula porque é do PT. É o rei do impeachment. Não tem nenhuma justificativa para vir com essa história de golpe. Dito isso sobre a questão constitucional, queria colocar a questão social. Há hoje uma deterioração do quadro econômico, colocando em risco o emprego das pessoas, portanto a necessidade de se definir essa questão. Então, a nossa posição é a posição de que se deve acelerar o processo. A Câmara Federal decidindo sobre o processo de afastamento e depois o Senado Federal decidindo quanto ao mérito. Essa é a posição clara do PSDB.

O que se espera da decisão do Supremo?

Que a decisão judicial se cumpra. Veja que é tão bem formatada a questão institucional que no Senado Federal, quem preside as sessões de mérito do impeachment é o presidente do Supremo Tribunal Federal. Então, o poder Judiciário, a Suprema Corte, está incluída nesse arcabouço institucional.

Senador Aécio Neves

Há uma estratégia em relação ao recesso que seria ideal para a oposição. O STF na quarta-feira pode pedir vista.

Recebemos a manifestação do ministro Fachin como uma contribuição a própria celeridade do processo a partir da sua preocupação em estabelecer um rito claro que não esteja sujeito a novas demandas judiciais no correr do processo. Sendo assim, nós devemos apoiar a iniciativa do ministro Fachin. Não acredito que seja sua intenção adentrar em analise de eventuais vácuos regimentais que possa um processo já em andamento que na nossa avaliação é absolutamente correto e seguiu os procedimentos tanto constitucionais, quanto regimentais. A intenção, portanto, do Supremo que nos parece é apenas para evitar uma judicialização maior desse processo lá adiante. Vamos aguardar essa definição. As oposições tem que estar pronta para enfrentar essa discussão no momento em que ela se der. E eu, pessoalmente, no sentido de apaziguaram pouco os ânimos, apresentei ao presidente Renan no inicia desta semana e ele teria conversado com a própria presidente da República em torno dela que seria a antecipação do recesso para algo em torno do dia 15 de janeiro. Me parece essa uma medida razoável, adequada. Até para que os parlamentares possam nos festejos de final de ano e na primeira semana pelo menos do mês de janeiro conhecer pessoalmente o impacto dessa discussão nas comunidades que eles representam. Isso faz bem ao parlamentar e ao parlamento. E se nos pudéssemos retomar essa discussão em meados de janeiro acho que é um ponto razoável de equilíbrio.

Temos que alertar que a convocação do Congresso Nacional só se dá por iniciativa ou da presidente da República ou dos presidentes de ambas as Casas aprovado por maioria absoluta dos membros de cada uma dessas Casas. Não acreditamos que a tentativa de não entrar em recesso apenas pela não aprovação da LDO seja algo adequado, até porque será obviamente depois levada essa questão ao Supremo Tribunal Federal. Eu acho que o presidente do Congresso, senador Renan, pelo menos ele aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal na quarta-feira para decidir como encaminhar essa questão. Mas é óbvio que há uma ansiedade na sociedade brasileira para que esse processo termine o mais rapidamente possível. Eu acho que se ele for interrompido agora no final do ano e se iniciar em torno de 10 a 15 de janeiro eu acho que nós da oposição temos que estar prontos para o debate dentro daquilo que a peça propõe, e não esse FLA x FLU entre presidente da República e presidente da Câmara dos Deputados.

Até porque o presidente da Câmara dos Deputados, a partir da aceitação do processo e da tramitação do processo passa a ser uma figura secundária. A discussão e as energias da presidente da República e do seu governo devem estar voltadas para responder as acusações que foram feitas na peça aceita pelo presidente da Câmara.

Sobre as manobras de Eduardo Cunha na Câmara dos Deputados.

Nós condenamos de forma veemente essas manobras, não fazem bem ao processo legislativo. Os próprios membros do PSDB na Comissão de Ética fizeram chegar isso através, inclusive, de ações naquela comissão e ir ao plenário da Câmara. A nossa posição em relação ao presidente da Câmara é muito clara e ela antecede a aprovação do processo de impeachment. Nós achamos que as denúncias são graves, as respostas são insuficientes e a posição do PSDB será, no Conselho de Ética, pela continuidade das investigações. E esse é o sentimento que colho do plenário. O líder Carlos Sampaio está aqui, pode expressar isso.

O sr. defende o afastamento de Cunha durante esse processo como alguns partidos vem defendendo?

Isso não foi discutido aqui nesse fórum de governadores, mas é algo que o líder da Câmara pode dizer a vocês.

Reunião da Bancada de Deputados Federais do PSDB

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, participou, nesta terça-feira (17/11), em Brasília, de reunião com bancada do partido na Câmara dos Deputados para avaliação do cenário político e econômico.

George Gianni

George Gianni

Encontro com a bancada tucana

O senador Aécio Neves se reuniu nesta quinta-feira (12/11) com deputados tucanos na liderança do PSDB, na Câmara dos Deputados, para discutir a conjuntura do país e as eleições municipais.

George Gianni

George Gianni

Aécio Neves se reúne com bancada tucana na Câmara dos Deputados

O senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, reuniu-se, nesta quinta-feira (12/11), com a bancada tucana na Câmara dos Deputados para discutir os preparativos do partido para as eleições municipais de 2016. Durante o encontro, o senador informou que a legenda prepara para o início de dezembro a divulgação de um documento com propostas para ajudar o país a superar a grave crise econômica e social em que o governo do PT mergulhou o Brasil.

“O que estamos fazendo agora, além das críticas, além da correção de rumos que temos aqui cobrado, estamos apresentando propostas. Vamos, ao final deste ano, na primeira semana de dezembro, apresentar ao país um diagnóstico da gravidade da crise, do que nos espera para o ano que vem, mas principalmente propostas, sobretudo na área social, em razão da gravidade da crise por que hoje passam milhões e milhões de famílias brasileiras”, afirmou o senador, em entrevista à imprensa após a reunião.

Na coletiva, Aécio também explicou a decisão da bancada tucana na Câmara dos Deputados em favor do processo de cassação do presidente da Casa, Eduardo Cunha. Aécio voltou a afirmar que as explicações dadas pelo parlamentar para as contas que mantém na Suíça foram frágeis diante das provas apresentadas pelo Ministério Público Federal (MPF).

O senador ressaltou, no entanto, que a responsabilidade pela atual crise econômica, social e moral que atinge o país é intransferível e cabe ao ex-presidente Lula, à presidente Dilma e ao PT.

“Não temos o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, como uma prioridade do PSDB. A decisão que tomou a bancada do PSDB na Câmara dos Deputados foi uma decisão correta em face daquilo que foi apresentado à sociedade. Tanto as provas quanto a inconsistência das respostas a elas. Na verdade, é preciso que fique claro também que a responsabilidade por tudo que vem acontecendo com o Brasil, a crise econômica, a gravíssima crise social e a crise moral hoje mostrada a todos nós, e a cada dia de forma mais surpreendente pela Operação Lava-Jato, tudo isso é obra do governo do PT. É obra da presidente Dilma e do ex-presidente Lula. Não podemos perder esse foco”, afirmou o presidente nacional do partido.

Aécio Neves ressaltou que a decisão do PSDB de pedir o afastamento de Cunha já começou a influenciar outras legendas, apesar de o partido ter apenas 10% das cadeiras na Casa.

“O PSDB hoje é 10% da constituição da Câmara dos Deputados. E a nossa posição política, eu já percebo, começa de alguma forma a influenciar outras forças partidárias aqui na Câmara dos Deputados. E principalmente setores da sociedade. O PSDB tem esta responsabilidade de manter-se conectado com grande parte da população brasileira que nos emprestou seu apoio nas últimas eleições e boa parte daquela que está frustrada do voto equivocado que deu”, disse o senador Aécio Neves.

TSE

O senador anunciou que o PSDB não irá recorrer da decisão do presidente do TSE, Dias Toffoli, de indicar a ministra Maria Thereza para a relatoria das ações de impugnação impetradas pelo partido contra a campanha à reeleição da presidente Dilma. Ele cobrou agilidade na tramitação dos processos.

“Confiamos na ministra Maria Thereza. É uma juíza respeitada e pedimos apenas celeridade no momento em que as solicitações, seja o compartilhamento de provas, e de outras diligências, lá cheguem. Quero aqui reafirmar que a ministra Maria Thereza tem o respeito do PSDB e acreditamos que ele cumprirá o papel institucional que deve cumprir, até porque já fez isso em outros casos extremamente graves”.