Aécio Neves – Entrevista em São Caetano do Sul (SP)

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva, neste sábado (06/04), em São Caetano do Sul (SP), onde partcipou de encontro com lideranças do ABC Paulista. Aécio Neves falou sobre o evento, além decomentar sobre a inflação no país e a CPI da Petrobras.

 

Leia a transcrição da entrevista do senador Aécio Neves:

Sobre encontro do partido no ABC Paulista

Estou muito feliz de estar aqui. Vamos voltar muitas outras vezes. Porque, além de São Paulo ser absolutamente decisivo nessas eleições, essa é uma região que, eu acredito, nós podemos dar uma boa surpresa nos nossos adversários.

 

O senhor tem falado da questão da inflação. Como pretende, se eleito, conter a inflação sem provocar desemprego? 

Hoje, você tem uma inflação que é alimentada – além do governo ter flexibilizado as metas ao longo de todos esses últimos anos – pela expectativa. Como o governo não tem mais o controle de sua política fiscal, a expectativa de que os preços vão aumentar gera já esse aumento de preços. Temos a inflação de alimentos, hoje, na casa de dois dígitos em todas as regiões metropolitanas.

Acredito que a chegada do PSDB, e uma agenda de reformas, por exemplo, limitando os gastos correntes ao crescimento da economia. No ano passado, os gastos correntes aumentaram alguma coisa em torno de 110 bilhões, enquanto os investimentos diretos do governo federal aumentaram 4 [bilhões]. Isso não tem sentido. Os gastos correntes do governo não podem crescer mais do que cresce a economia. Então acho que, com essas sinalizações, podemos ter um ambiente mais propício; não apenas para enfrentar a inflação, mas para garantir um crescimento sustentável.

 

Aumentar juros? 

Não, quem está aumentando juros é o atual governo.

 

Sobre CPI da Petrobras

Quero dizer que é vergonhosa a tentativa do governo comandado pelo Palácio do Planalto de impedir que as investigações em relação à Petrobras ocorram. O PT não quer investigar absolutamente nada em nenhuma outra área. Eles não querem que se investiguem a Petrobras. Portanto, na terça-feira, estaremos indo ao Supremo Tribunal Federal para ver respeitado o direito sagrado das minorias. Porque se acatada a decisão do presidente Renan, é uma violência sem limites ao funcionamento do Parlamento. Porque as CPIs não exigem maioria para sua instalação. Exatamente para que elas sejam instrumento da minoria, desde que haja fato grave, fato relevante como aconteceu. O fato determinado está aí. São as denúncias de Pasadena, denúncias de Abreu e Lima, o suborno da empresa holandesa.

Se prevalecer a decisão do presidente Renan, a meu ver equivocada, daqui por diante, seja neste governo ou em outro, jamais haverá uma CPI, por uma simples razão de que no momento em que a minoria consegue as assinaturas necessárias, basta a maioria governista introduzir dez, vinte outros tema. Como na formação da CPI o governo tem maioria assentada e busca-se investigar esses outros temas. Então, é algo muito grave e eu chamo atenção para isso. Esperamos, e eu estou muito confiante, que o Supremo Tribunal Federal vai garantir a instalação da CPI da Petrobras. Querem instalar CPI sobre qualquer outro tema, que façam. O governo tem maioria para isso. Eu não negarei, inclusive, a minha assinatura pessoal. Aqui estabeleço outra CPI para investigar o que quer que seja, mas não impeçam a sociedade brasileira de entender de que forma a Petrobras vem sendo governada ao longo desses últimos anos, inclusive no período em que a atual presidente da República era presidente do Conselho.

 

Qual será o argumento jurídico?

É o que está no regimento. O presidente da Câmara, inclusive há uma jurisprudência no STF que diz que alcançadas as assinaturas necessárias e havendo fato determinado, cabe ao presidente do caso na CPI do Senado e do Congresso, o presidente do Congresso, que no caso é o mesmo, simplesmente instalar a CPI e solicitar aos partidos que indiquem seus membros. Ele não tem de fazer nenhum tipo de avaliação. Há uma jurisprudência, inclusive, do ministro Celso de Melo, nesta direção. E é por isso que estamos confiantes de que o Supremo vai fazer valer a constituição. Repito: não permitir a CPI da Petrobras é aviltar o Congresso Nacional e o direito das minorias. E não vamos permitir que isso ocorra.

 

O escândalo de Pasadena, pelo volume de recursos, deixa o mensalão como caso de ladrão de galinha. O senhor concorda?

Não uso esses termos. Quero dizer o seguinte: porque tanto temor? Porque tanta paúra do PT que se investigue a Petrobras? A CPI não é um instrumento condenatório a priori. Ela não condena alguém na sua instalação. Ela permite que os esclarecimentos venham. Ela tem o direito de convocar as pessoas para prestar esclarecimentos. E o que me surpreende nisso tudo é que acho que a própria presidente da República deveria ser a maior interessada em prestar esses esclarecimentos, até para que a gente saiba de uma vez por todas qual é a versão pela qual vai optar o PT. Ou ela foi mal informada, como diz a nota da Presidência da República, ou foi uma bela compra como diz esta semana o ministro da Fazenda.

O PT tem de escolher uma versão, não dá pra ter as duas. Ou foi bom de negócio e a presidente não foi enganada. Ou a presidente foi enganada com um relatório falho ou incompleto e foi um péssimo negócio. Então, nem isso estão conseguindo se articular. Mas não há como não investigar porque este é um assunto que não foi demandado pela oposição.

Não fomos nós que inventamos e agora vamos investigar a Petrobras para desgastar o governo. Não. São os fatos. Hoje, as revistas semanais mostram uma relação incestuosa de uma gravidade enorme de agentes políticos importantes do PT, com grande influência no PT, dentro da Petrobras para fazer negócios. Segundo a revista, para garantir a independência financeira deles. Isso é um acinte, uma vergonha. Vamos manter a pressão alta e vamos cobrar a instalação da CPI agora no Supremo Tribunal Federal.

 

Qual o balanço que o senhor faz da vinda ao ABC, terra do PT? 

É fundamental. O ABC pode ter sido o berço do PT. Mas isso não pode ser tratado, como o PT trata, como um curral eleitoral. Aqui temos pessoas, trabalhadores, que pensam e veem o mal que o governo está fazendo, inclusive para essa região. O processo de desindustrialização, que hoje está em curso no Brasil, impacta diretamente nos empregos aqui na região. Nós sabemos que para cada um emprego numa montadora, você tem 18 ou 19 empregos na cadeia. Isso que está acontecendo é muito grave. Pela primeira vez, estamos vendo o programa de demissão no mês de abril. É algo inédito. Isso é fruto da desorganização da nossa economia, do baixíssimo crescimento que hoje ocorre no Brasil, não apenas nesse ano, mas nos últimos anos. Em todos os anos da presidente Dilma, nós vamos ter um crescimento de um pouco mais de um terço dos nossos vizinhos. Isso não se justifica. Não dá mais para terceirizar responsabilidades.

Então, essa minha visita ao ABC, além de ver os companheiros, receber os apoios que tenho recebido aqui, que para mim são muito estimulantes, ela é simbólica. Eu venho aqui para dizer que ninguém é dono do voto e nem da consciência do trabalhador brasileiro. E quem vai fazer um governo que vai ampliar a indústria, ou fortalecê-la, e vai resgatar o processo de crescimento do Brasil, é o PSDB. Porque o PT fracassou.

Aécio desafia governo, diz que assina qualquer CPI e cobra investigação na Petrobras

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), reagiu, neste sábado (05/04), à manobra do Palácio do Planalto para tentar impedir a instalação da CPI da Petrobras. Ao falar com jornalistas em São Caetano do Sul, no ABC Paulista, Aécio lançou um desafio ao governo e disse que assinará qualquer pedido de CPI feito pela base aliada da presidente Dilma Rousseff.

“O governo quer fazer CPI sobre qualquer outro tema? Que faça, o governo tem maioria. Eu não negarei inclusive minha assinatura pessoal à outra CPI para investigar o que quer que seja, mas não impeçam a sociedade brasileira de entender de que forma a Petrobras vem sendo governada ao longo desses últimos anos”, declarou Aécio Neves.

O presidente do PSDB reuniu hoje, no ABC Paulista, prefeitos, vereadores e lideranças tucanas. O encontro com a participação de mais de 1.500 pessoas contou também com o senador Aloysio Nunes, o presidente do diretório paulista, deputado federal Duarte Nogueira, Alberto Goldman, um dos vice-presidentes do PSDB, o secretário-geral, deputado federal Antonio Carlos Mendes Thame, e o presidente do Solidariedade, deputado federal Paulinho da Força.

O senador Aécio Neves disse ainda que a manobra do PT de incluir outros temas de investigação não relacionados com as denúncias na Petrobras é vergonhosa e representa uma violência ao funcionamento do Legislativo.  Para o tucano, o governo não quer investigação alguma.

“Se prevalecer a decisão do presidente Renan, ao meu ver equivocada, daqui por diante, seja nesse ou em outros governos, jamais haverá uma CPI, pela simples razão de que no momento em que a minoria conseguir as assinaturas necessárias basta a maioria governista introduzir 10 ou 20 outros temas e, como na formação da CPI o governo tem maioria, busca-se investigar esse outros temas”, disse.

Aécio adiantou aos jornalistas que, na próxima segunda-feira, a oposição irá ao Supremo Tribunal Federal (STF) para assegurar o direito de instalar a comissão.

“Há jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que diz que, alcançadas as assinaturas necessárias e havendo fato determinado, cabe ao presidente do Senado e do Congresso simplesmente instalar a CPI e solicitar aos partidos que indiquem seus membros. Ele não tem que fazer nenhum tipo de avaliação. Há uma jurisprudência do ministro Celso de Melo nesta direção. E é por isso que o Supremo vai fazer valer a Constituição”, afirmou Aécio Neves.

Tucanos prestam homenagem a Sérgio Guerra

O senador Aécio Neves (MG) e os principais líderes tucanos de todo país compareceram, nesta sexta-feira (07/03), em Recife (PE), ao velório do presidente do Instituto Teotônio Vilela (ITV) e ex-presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra. Vítima de uma pneumonia e em tratamento de câncer há dois anos, o ex-deputado morreu na manhã desta quinta-feira (6), em São Paulo.  O velório, aberto ao público, lotou o plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Na chegada a Recife, Aécio Neves destacou a trajetória política do pernambucano e lamentou a perda de um amigo querido.

“Hoje é um dia da saudade, o dia das reverências. Estão aqui homens públicos do Brasil inteiro, demonstrando a enorme dimensão de Sérgio Guerra. Tive em Sérgio um dos meus mais queridos amigos ao longo desses últimos anos. Se sou hoje presidente nacional do PSDB é pela mão de Sérgio Guerra, que, terminando mais um mandato, achava que aquela era a hora da sucessão. Veio trabalhar ao meu lado como presidente do ITV. A política brasileira perde um dos seus mais dignos e corretos homens públicos”, afirmou Aécio, em entrevista.

O presidente do PSDB lembrou a coragem e a luta de Sérgio Guerra por seus ideais, entre outras características que o faziam se destacar entre os homens públicos.

“O PSDB perde um dos seus principais líderes e perde a política brasileira como um todo. Sérgio Guerra teve uma carreira de absoluta coerência em relação àquilo que pensava ser importante para o Brasil, e tinha uma característica que eu prezo e admiro e muito nos homens públicos, que é o destemor, a coragem para ir em frente, e uma capacidade de aglutinação, de convergência extremamente grande. Sérgio tinha três características raras nos homens públicos de hoje. Um homem altamente culto; idealista, lutava por aquilo em que acreditava; e corajoso. Era destemido. Não enfrentava qualquer um apenas por enfrentar, e sim aqueles que achava que o enfrentamento ajudaria a melhorar o Brasil”, afirmou Aécio.

 

O legado de Sérgio Guerra: a luta pelo Nordeste

Aécio Neves afirmou que o PSDB homenageará Sérgio Guerra mantendo vivos os ideais do tucano, nascido em Recife em 1947 e filiado ao partido desde 1999. Ele foi senador da República entre 2003 e 2011, quando assumiu mandato como deputado federal – cargo que já havia exercido de 1991 a 2003. Foi secretário de Estado de Pernambuco e deputado estadual. Presidiu o Diretório Nacional do PSDB entre 2007 e 2013.

“Um homem que pensava o Brasil na dimensão necessária. Tinha, em relação ao Nordeste, uma preocupação e uma formulação muito própria, que nos estimulava a mergulharmos, permanentemente, na busca da diminuição das enormes diferenças que ainda aviltam e envergonham os brasileiros. Essa  é talvez a maior das homenagens que eu, pessoalmente, mas o PSDB também e as oposições, podem fazer a ele: honrá-lo, mantendo vivos os seus ideais, sua disposição e sua coragem de mudar o Brasil”, destacou Aécio.

 

Adeus

Também prestaram homenagens a Sérgio Guerra em Recife os governadores tucanos Geraldo Alckmin (SP) e José Anchieta Jr. (RR); o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, o presidente regional do PSDB de São Paulo, Duarte Nogueira, os deputados federais Antônio Imbassahy (BA), líder do partido na Câmara, Bruno Araújo (PE), Luiz Pitiman (DF) e Rodrigo de Castro (MG), além dos senadores Aloysio Nunes (SP), líder do partido no Senado, Lucia Vânia e Cyro Miranda – ambos do PSDB de Goiás.

O ex-governador de São Paulo José Serra também prestou homenagens, assim como o vice-governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, o presidente do ITV em Minas, Pimenta da Veiga, e o vereador de Recife pelo PPS Raul Jungmann, entre outros.

Aécio Neves em São Carlos: “Brasileiros querem voltar a respeitar seus governantes”

Dando continuidade aos encontros com lideranças de todo o país, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), esteve neste sábado (08/02), em São Carlos (SP), reunido com prefeitos, vereadores e militantes. Acompanhado do senador Aloysio Nunes, do presidente do PSDB-SP, deputado federal Duarte Nogueira, do secretário-geral do partido, deputado federal Mendes Thame, do prefeito de São Carlos, Paulo Altomani, e de líderes regionais, Aécio salientou a importância da discussão de uma nova agenda para o país.

“Quero falar de coisas boas, de esperança, de confiança. O Brasil e os brasileiros não precisam acostumar-se e acomodar-se à mediocridade. Não existe propaganda oficial, por mais bilionária que seja, que mascare a realidade. E a grande realidade é que esse ciclo de governo do PT vai ser encerrado. Não em benefício do PSDB, mas em benefício dos brasileiros que querem crescer, se desenvolver e voltar a respeitar os seus governantes”, declarou.

Aécio destacou que suas andanças pelo interior do Brasil têm o objetivo de fortalecer na militância tucana o sentimento de que algo diferente pode ser feito no rumo político do país.

“Esse é um evento muito especial, como tem sido alguns outros, porque vejo as pessoas se aproximando de nós não apenas para dar um tapinha nas costas, um cumprimento, um aperto de mão, mas para perceber e sentir se estaremos realmente em condição de enfrentar os enormes desafios que temos pela frente”, disse.

“É exatamente a partir de encontros que fazemos aqui hoje, em São Carlos, que eu cada vez mais consolido a ideia, o sentimento e a convicção de que depende apenas de nós, da nossa coragem, para que possamos dar, dentro de muito pouco tempo, uma resposta definitiva a todos os brasileiros que estão indignados com o despudor, com a irresponsabilidade e incompetência daqueles que vem comandando o Brasil nos últimos anos”, afirmou.

 

Reformas interrompidas

Em seu discurso, o senador apontou ainda a necessidade de retomar reformas interrompidas durante os dez anos de gestão petista na presidência da República. Segundo ele, o sentimento de mudança que o país vive não é meramente partidário, mas fruto de elevada consciência cidadã.

“Em um momento de tamanha desmoralização da classe política, de tamanho divórcio da sociedade com seus representantes, nós temos que nos reunir, porque não se trata do desafio de levar um partido à presidência da República. Trata-se de nós termos a convicção clara de que nos levantamos, com coragem, para dizer basta”, considerou.

“Basta dessa centralização irresponsável de recursos nas mãos da União, que tão mal vem fazendo aos municípios e aos estados brasileiros na saúde, segurança e educação. Basta dessa visão atrasada e preconceituosa em relação ao mundo, que nos fez alinhar com ditaduras mundo afora e retirou o Brasil das grandes cadeias globais de produção”, completou.

O presidente nacional do PSDB finalizou dizendo que, em um país continental com desigualdades latentes, é preciso dar mais atenção à importância de estados como o de São Paulo.

“Tenho andado pelo Brasil pregando a mudança, pregando aquilo em que acredito. Diferente dos nossos adversários, vamos fazer campanha falando a verdade, com clareza e simplicidade. Nossa grande diferença são os nossos valores”, concluiu.

Aécio Neves – Campinas e Sorocaba – 06/12/2013

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, fez, durante o final de semana, nova rodada de encontros com lideranças políticas e empresariais de São Paulo. Aécio conversou com prefeitos, vereadores e empresários da indústria e do agronegócio em Campinas e Sorocaba. Os encontros reuniram cerca de 100 municípios paulistas.

Aécio Neves – Entrevista Coletiva em Sorocaba

O senador Aécio Neves concedeu entrevista coletiva, neste sábado (07/12), em Sorocaba (SP), onde participou de encontro com líderes, prefeitos, vereadores e militantes tucanos. Aécio Neves falou sobre a situação econômica do país, alertando que o Brasil, esse ano, irá crescer apenas mais que a Venezuela na América do Sul.

 

Leia a transcrição da entrevista do senador:

Sobre a situação econômica do país.

Esse ano vamos crescer mais apenas que a Venezuela na América do Sul. E isso tem efeito na economia, nos empregos a serem gerados. Vamos aqui ouvir os companheiros da região, mas o PSDB tem a obrigação de apresentar ao Brasil uma nova alternativa, onde ética e eficiência possam caminhar juntas.

 

Qual a avaliação sobre as explicações dadas pelo ministro da Justiça.

As bancadas têm que fazer essa avaliação. O que tenho dito como presidente do PSDB é que quaisquer denúncias, venham elas de onde vierem, têm que ser investigadas. Investigadas em profundidade. E se houver comprovação de algum ilícito, esse ilícito tem que ser punido e punido exemplarmente, independente da origem, da filiação daquele que eventualmente o tenha cometido.

O que alertamos, e é inadmissível em uma democracia, é a utilização de estruturas de Estado para perseguir adversários políticos. Isso não faz bem à democracia e não faz bem àqueles que estão hoje no governo. O que alertamos era para sucessivos vazamentos, documentos que não correspondiam, a cópia não correspondia ao original. Acho que serviu o alerta para que o governo fique mais atento. Queremos que as investigações ocorram no Brasil inteiro, onde houver denúncias. Mas não podemos aceitar a utilização do Estado em benefício de um projeto de poder de um partido político.

 

Sobre a Polícia Federal querer levar as investigações para Brasília.

Não conheço exatamente as razões. Não importa, seja aqui ou seja lá. É importante que as investigações ocorram, mas que elas não sejam seletivas, que elas sejam investigações efetivas e amplas, doam a quem doer.

 

Sobre unidade do PSDB.

O PSDB vai estar unido, para desalento e dissabor dos nossos adversários. No momento certo, o PSDB se apresentará unido, porque é a nossa unidade o instrumento mais vigoroso que temos para enfrentar e vencer as eleições. Estou muito confiante de que vamos chegar no ano que vem em condições de irmos para o segundo turno, e, indo para o segundo turno, vamos vencer as eleições. Porque o Brasil está cansado de tanta incompetência e de tantos desvios éticos.

 

Sobre negociações com o PSB.

Tenho uma relação antiga e pessoal com o presidente do PSB, o governador Eduardo Campos. O PSB tem uma candidatura colocada e essa candidatura faz bem à democracia. O PT é que quis ganhar por WO. Espero por outras candidaturas, seja de Eduardo, de Marina. Para nós, outras candidaturas aprofundam o debate e aprimoram a democracia. Mas quem vai para o segundo turno é o PSDB, que vai vencer as eleições.

 

Sobre as propostas do partido.

Vamos vencer as eleições no Brasil. E para o Brasil é muito importante iniciarmos um novo ciclo de governo, como eu disse, valorizando os municípios e os estados, com mais solidariedade com os investimentos na saúde. O governo do PT,quando iniciou em 2003 o seu primeiro mandato, o governo federal investia 56% de tudo o que se gastava em saúde pública. Dez anos se passaram e o governo federal participa com apenas 45%. O restante da conta fica sob a responsabilidade de estados e municípios. Na segurança pública, esta tragédia agora agravada pelo crack, por esta epidemia danosa e devastadora do crack, o governo federal, que deveria cuidar das nossas fronteiras, responsável pelo tráfico de drogas e pelo tráfico de armas, participa com apenas 13% do conjunto de investimentos. 87% de tudo o que se investe em segurança pública no Brasil vêm dos estados e dos municípios. O atual governo, governo do PT, é pouco generoso com os municípios e com os estados. O PSDB vai querer refundar a Federação no Brasil.