Aécio Neves – Trechos de entrevista em Salvador

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista, nesta segunda-feira (12/05), em Salvador (BA), onde recebeu o título de Cidadão Soteropolitano pela Câmara Municipal.

 

Leia trechos da entrevista do senador:

Sobre notícia de utilização de recursos do fundo partidário para pagamento de advogados dos condenados no Mensalão.

A princípio, nos parece algo ilegal, que não atende ao que especifica a legislação partidária sobre os destinos do fundo partidário. Cabe, se confirmado isso, a justiça se manifestar, em especial a justiça eleitoral. O departamento jurídico do PSDB está acompanhando isso em Brasília, não estive lá hoje ainda, mas acho que, de alguma forma, é mais uma demonstração do pouco compromisso que alguns partidos políticos têm com respeito à legislação. Aliás, no PT, isso tem sido uma praxe. A utilização de convocação de cadeia de rádio e televisão para objetivos partidários, essa dificuldade permanente em discernir, separar, o que é público daquilo que é privado e partidário tem sido uma marca dessa administração. Vamos aguardar que o nosso departamento jurídico analise se há alguma medida possível de ser tomada.

 

Sobre crescimento em pesquisas de intenção de voto.

É claro que quando você cresce nas pesquisas você acha melhor do quando você cai. Mas o que para mim é mais relevante nesse momento é o sentimento de mudança que aumenta a cada pesquisa. Mais de 70%, nessa última, 74% da população, diz que quer mudanças, e mudanças profundas. Quem tiver a capacidade de encarnar, de expressar esse sentimento de mudança de forma mais adequada, tem uma enorme chance de vencer as eleições. Esse é o nosso desafio. O que o PSDB e os nossos aliados temos feito é apresentar ao Brasil um projeto alternativo a esse que está aí. Onde haja ética na condução dos recursos públicos, onde haja planejamento e, portanto, eficiência nas ações de governo. Cada vez mais que os candidatos de oposição vierem se expondo e sendo conhecidos pela sociedade, acho que a tendência é de crescimento. Tenho cada vez mais convencimento de que teremos o segundo turno nessas eleições e que o PSDB estará no segundo turno, o que é muito bom para o Brasil.

 

Sobre os erros do governo federal.

Acho que é o conjunto da obra. Eles falharam na economia, porque nos legarão um crescimento pífio, o menor entre todos os países da América do Sul na última década, com inflação alta voltando a crescer e uma perda crescente da credibilidade do Brasil, o que afeta investimentos e, obviamente geração, de renda e emprego no Brasil. Falharam na gestão do país. O Brasil é um cemitério de obras inacabadas, os mesmos desafios de 10 anos atrás são os desafios de hoje, obras com sobrepreço por todo lado e com inúmeras denúncias de desvios.

Por outro lado, no campo social, que foi sempre uma grande bandeira desse governo, também fracassaram. Recentemente uma enquete internacional, uma avaliação internacional entre 77 países, coloca o Brasil 75° lugar em qualidade de educação. Portanto, no final da fila. Na saúde, a omissão do governo federal é crescente e a saúde é cada vez uma tragédia maior na vida dos brasileiros mais pobres.

O governo do PT vem diminuindo a sua participação ano a ano no conjunto do financiamento da saúde pública do Brasil. Eram 54% quando o PT assumiu, hoje são 45%. É uma responsabilidade também do governo federal a calamidade da saúde pública. E na segurança nem se fala. Aí a omissão do governo federal é criminosa, porque o governo federal tem a responsabilidade de cuidar das nossas fronteiras, de coibir o tráfico de armas e o tráfico de drogas, e a participação da União é de apenas 13%. 87% de tudo que se gasta em segurança pública são de estados e municípios.

Então, o conjunto da obra, permeado por um baixíssimo padrão ético, a meu ver, é o que tem feito com que haja um cansaço crescente na sociedade brasileira em relação a tudo isso que está aí.

Mas, para nós, não é suficiente que apenas haja esse cansaço em relação ao final de ciclo, que percebemos claramente em relação a esse governo. É preciso que nós nos apresentemos como aqueles que têm condições de resgatar as conquistas que nos trouxeram até aqui, entre elas a estabilidade da moeda, com tolerância zero com a inflação, e construir uma agenda. Uma agenda de parceiras com o setor privado, uma agenda que permita uma reintrodução das empresas brasileiras nas cadeiras globais, uma aproximação com países que tenham contrapartida a dar ao Brasil, e não esse alinhamento ideológico que poucos benefícios tem trazido ao Brasil. Então, é necessário o início de um novo ciclo e acho que o PSDB e os nossos aliados temos todas as condições, pela nossa experiência, pelo que representamos, de sermos essa mudança segura que o Brasil espera e que o Brasil almeja.

 

Sobre o ex-governador Eduardo Campos também ter cumprido agenda na Bahia nesta segunda-feira.

É a força da Bahia, não é? Todos os candidatos têm que vir à Bahia muitas vezes. Eu estarei na Bahia inúmeras vezes, para construir o nosso projeto de governo e, obviamente, discutirmos com a população do quarto maior colégio eleitoral do Brasil propostas para o futuro. Os outros candidatos têm que fazer o mesmo e é bom que o façam. Na verdade, temos um propósito, que é substituir o atual governo que aí está. E nada vai nos tirar dessa direção. Vamos continuar respeitando as outras candidaturas, elas são importantes. Até porque o PSDB, ao contrário do PT, desde o início estimulou que outras candidaturas pudessem estar no jogo político. Isso oxigena o debate. Acho isso tudo muito positivo. Quem está em uma disputa como esta não tem de temer adversários, tem de respeitá-los e acreditar nas suas (próprias) propostas. Cada vez mais acredito na possibilidade de irmos para o segundo turno e vencermos as eleições.

 

Baianeiro

Baianeiro é uma mistura de baiano com mineiro. É um sujeito de bem com a vida, trabalhador. Meu pai era baianeiro, gostava muito de ser chamado de baianeiro. Ele é de Teófilo Otoni, de uma região muito próxima à fronteira com a Bahia. Acho que o baianeiro é uma expressão muito bem acabada do que é o brasileiro. Nunca buscaram hegemonia, nem o baiano, nem o mineiro. A hegemonia do que quer que fosse, sempre foram brasileiros na essência maior do que isso representa. Sempre atuaram nos momentos decisivos para que o Brasil se fortalecesse, fosse na independência, a partir dos movimentos de insurreição que ocorreram em Minas e na Bahia, e, agora, na construção da democracia. Em alguns momentos importantes da história a Bahia e Minas estiveram juntos. E vejo com muita alegria a possibilidade de estarmos juntos de novo querendo sempre o bem do Brasil, não apenas dos baianos e dos mineiros.

Aécio Neves participa da inauguração do Centro de Convenções Aécio Cunha

O senador Aécio Neves participou, nesta segunda-feira (10/06), da abertura do Expominas de Teófilo Otoni no Vale do Mucuri. O novo Centro de Convenções leva o nome do seu pai o ex-deputado Aécio Cunha, natural da cidade e falecido em 2010. Inaugurado pelo governador Antonio Anastasia, o espaço será um importante centro de feiras, exposições e de negócios para toda a região.

Fala senador Aécio Neves

“O Aécio Cunha será palco de eventos importantes para o Estado. Portanto, é uma etapa vencida e fico muito feliz de poder retornar mais uma vez a esta que é também a minha terra. As minhas raízes mais profundas estão aqui no Mucuri, em especial, em Teófilo Otoni, entregando à população mais esta obra, dentre tantas, que eu e o governador Anastasia temos entregue ao longo do tempo.”

Para Aécio, modelo implantado no norte de Minas é exemplo para o Brasil

Durante a inauguração do Centro de Convenções Aécio Cunha, o senador Aécio Neves lembrou que, em sua administração, os vales do Jequitinhonha e Mucuri tiveram cerca de três vezes mais investimentos per capita do que as regiões mais ricas do Estado.

Aécio Neves participa da inauguração do Expominas de Teófilo Otoni

O senador Aécio Neves participou, nesta segunda-feira (10/06), ao lado do governador Antonio Anastasia, da inauguração do Expominas de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, uma antiga demanda da região. O projeto foi idealizado ainda em seu governo como instrumento indutor de desenvolvimento econômico, social e cultural da região e tem o nome de Centro de Convenções Aécio Cunha, em homenagem ao ex-deputado, natural de Teófilo Otoni, falecido em 2010, pai do senador.

“O Aécio Cunha será palco de eventos importantes para o Estado. Portanto, é uma etapa vencida e fico muito feliz de poder retornar mais uma vez a esta que é também a minha terra. As minhas raízes mais profundas estão aqui no Mucuri, em especial, em Teófilo Otoni, entregando à população mais esta obra, dentre tantas, que eu e o governador Anastasia temos entregue ao longo do tempo”, afirmou o senador, em entrevista.

O Expominas de Teófilo Otoni, obra do governo de Minas Gerais, é um dos maiores e mais modernos espaços de convenções e feiras do interior do Estado e recebeu investimentos de R$ 32 milhões, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). O centro de convenções, numa área de 10 mil metros quadrados, além de espaço coberto para a realização de feiras, possui três auditórios: um deles com capacidade para cerca de mil pessoas e outros dois com capacidade para 200 pessoas cada um. 

 

Proacesso e Copanor

Em entrevista, o senador lembrou que em sua administração os vales tiveram cerca de três vezes mais investimentos per capita do que as regiões mais ricas do Estado. Aécio Neves ressaltou que o Jequitinhonha e Mucuri foram os principais beneficiados com o programa de asfaltamento de 6 mil quilômetros de rodovias (Proacesso) e de saneamento voltado para áreas mais carentes (Copanor).

“Esse é o modelo para o Brasil. O Nordeste do Brasil, por exemplo, precisa de investimentos planejados como foi o Proacesso, obras indutoras do crescimento como esse Centro de Convenções, dentre tantas outras obras de saneamento, a obra da Copanor que possibilita o acesso ao saneamento a populações de distritos mais pobres. No Brasil, temos hoje um déficit de mais de 50% de saneamento nas residências. Acho que o modelo de gestão dessa região implementado por nosso governo, é, sim, um modelo que pode, de alguma forma, ser implementado e, obviamente, adaptado no Nordeste brasileiro”, afirmou o senador.

 

Homenagem

O senador lamentou que a inauguração do Expominas coincidisse com o falecimento do empresário Maron Mattar, importante liderança na região. Aécio Neves fez questão de lembrar também do ex-prefeito de Novo Cruzeiro, Paulo Viana, falecido ano passado.Viana foi homenageado com o descerramento da placa que será afixada no Centro de Educação Profissional, que passou a ter seu nome.

“Maron me acompanhou ao longo de toda esta trajetória com seriedade, com dignidade, com enorme valor a esta terra. Portanto, é um sentimento de um lado de realização, por estarmos entregando uma obra da qual ele também Maron participou, e de muito tristeza por seu falecimento. É a primeira vez que venho a Teófilo Otoni e não encontro dois amigos queridíssimos, companheiros de todas as etapas da minha trajetória. Paulo Viana ex-prefeito de Novo Cruzeiro e Maron Mattar”, lamentou o senador.

Aécio Neves – Entrevista coletiva sobre a inauguração do Centro de Convenções Aécio Cunha

Em entrevista coletiva, o senador Aécio Neves falou sobre a inauguração do Centro de Convenções Aécio Cunha, o falecimento de Maron Mattar e a região de Teófilo Otoni, em Minas Gerais


Sobre inauguração do
 Centro de Convenções Aécio Cunha

O Aécio Cunha será palco de eventos importantes para o Estado. Portanto, é uma etapa vencida e eu fico muito feliz de poder retornar mais uma vez a esta que é também a minha terra. As minhas raízes mais profundas estão fincadas aqui no Mucuri, em especial, em Teófilo Otoni, entregando à população mais esta obra, dentre tantas, que eu e o governador Anastasia temos entregue ao longo do tempo. Estou muito feliz de ver uma obra dessa grandiosidade sendo entregue à população de Teófilo Otoni.

 

Qual o sentimento do sr. sobre a morte de Maron Mattar

É um momento de muita tristeza para nós. Eu tinha programado uma visita para levar um ânimo e um abraço afetuoso a Maron que foi dos melhores amigos de meu pai e meu. Maron me acompanhou ao longo de toda esta trajetória com seriedade, com dignidade, com enorme valor a esta terra. Portanto, é um sentimento de um lado de realização, por estarmos entregando uma obra da qual ele também Maron participou, e de muito tristeza por seu falecimento.

Me lembrava agora, há pouco, quando fazia um pronunciamento, que é a primeira vez que venho a Teófilo Otoni e não encontro dois amigos queridíssimos, companheiros de todas as etapas da minha trajetória. Paulo Viana ex-prefeito de Novo Cruzeiro e Maron Mattar. Eles nos deixam e tenho certeza de que onde estiverem, ao lado do meu pai, Aécio Cunha, vão estar na primeira fila deste auditório, torcendo pela região, torcendo por Teófilo Otoni e nos abençoando numa caminhada que agora se inicia. Hoje, portanto, é um dia de muita felicidade pela operação desenvolvida, pela realização da obra, mas de muita saudade pela perda desses dois amigos.

 

Em 2002, o sr. citou Teófilo Otoni e região como símbolo da sua campanha para o governo do Estado.  Hoje, isso se torna símbolo da sua caminhada rumo ao Palácio do Planalto?

Teremos candidatura à Presidência da República apenas no ano que vem. Mas tenho responsabilidades na construção de um modelo alternativo a esse que está aí.  No nosso governo, essa região, o Vale do Mucuri, do Jequitinhonha, teve quase três vezes mais investimentos per capita, por cidadão, do que as regiões mais ricas do Estado. Esse é o modelo para o Brasil. O Nordeste do Brasil, por exemplo, precisa de investimentos planejados como foi o Proacesso, obras indutoras do crescimento como esse Centro de Convenções, dentre tantas outras obras de saneamento, a obra da Copanor que possibilita o acesso ao saneamento à populações de distritos mais pobres – e no Brasil temos hoje um déficit de mais de 50% de saneamento nas residências. Acho que o modelo de gestão dessa região implementado por nosso governo é, sim, um modelo que pode, de alguma forma, ser implementado e, obviamente, adaptado no Nordeste brasileiro.

Mas o que é mais importante, independente dessa caminhada, é  que levarei sempre comigo os exemplos, não diria do sofrimento, mas do vigor, da coragem do povo do Mucuri, dos meus companheiros dessa terra, para superar suas dificuldades. Aqui é um exemplo claro de que com trabalhado, com planejamento, os resultados vêm.