Congresso aprova emenda de Aécio que impede governo federal de bloquear recursos da segurança

O Congresso Nacional aprovou emenda do senador Aécio Neves ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016 que impede o governo federal de contingenciar recursos destinados à construção, reforma e ampliação de presídios e também no combate ao crime organizado nos estados e municípios. O texto aprovado em plenário segue agora para sanção presidencial.

A emenda do senador Aécio estabelece que os recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNS) e do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) não poderão mais ser contingenciados pelo governo para fazer caixa e deverão ser repassados para investimentos em segurança nos estados e municípios.

“O objetivo é impedir que a prioridade com a segurança pública, em especial por meio dos recursos repassados aos entes da Federação, seja submetida a critérios fiscais, que resultam em contingenciamento”, afirmou o senador Aécio Neves,

A omissão do governo federal na segurança pública vem sendo denunciada há vários anos pelo senador Aécio Neves. Apenas no ano passado, o Fundo Nacional de Segurança, aprovado pelo Congresso, não teve sequer 30% do seu volume executado. Já no Fundo Penitenciário a liberação dos recursos não chegou nem a 10% dos recursos a serem repassados aos estados.

“Do conjunto de todos os gastos do governo federal, apenas 0,5% foi investido em segurança pública. Sequer foram repassados os fundos aprovados pelo Congresso: o Fundo Penitenciário, para ampliar os nossos estabelecimentos prisionais, e o Fundo Nacional de Segurança, para apoiar os estados e municípios nas suas ações. O primeiro não foi executado sequer em 7% no ano passado, o Fundo Nacional de Segurança não foi implementado em sequer 30% dos seus recursos”, alertou Aécio Neves.


Violência cresce em todo país

A baixa execução orçamentária impede a realização de investimentos necessários à proteção da população e na ampliação e melhoria do sistema prisional. Enquanto o governo federal corta recursos, os índices de violência crescem assustadoramente. De acordo com o Mapa da Violência 2014, cerca de 55 mil pessoas foram assassinadas no Brasil em 2012, ano base da pesquisa. Segundo a Anistia Internacional, os homicídios no país superam as mortes de muitos conflitos armados pelo mundo, como o que ocorre no Iraque.

“O governo federal não toma qualquer iniciativa em parceria com estados e municípios e essa ausência na formulação de políticas na área de segurança pública chega a ser criminosa. A verdade é essa e é preciso que seja dita. Solitariamente não há condições de enfrentar esse drama”, disse o senador Aécio Neves.

Senador e Afroreggae comemoram parceria de 10 anos no apoio a jovens

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), se reuniu, nesta segunda-feira (10/02), com integrantes do Grupo Cultural AfroReggae, em visita à sede da ONG, no Rio de Janeiro, que marcou os dez anos da parceria da entidade com o governo de Minas em programas de apoio e integração de jovens. Durante a gestão Aécio Neves, o governo de Minas e o AfroReggae deram início ao programa “Juventude e Polícia”, implantado em batalhões da Polícia Militar e voltado para jovens em situação de vulnerabilidade social.

Em entrevista coletiva após a visita, Aécio Neves falou sobre importância de ações de apoio aos jovens e sobre os apagões no país.

Aécio afirma que o projeto do AfroReggae contribui para um Brasil melhor

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, se reuniu nessa segunda-feira (10/02) com integrantes do Grupo Cultural AfroReggae, em visita à sede da ONG, no Rio de Janeiro, que marcou os dez anos da parceria da entidade com o governo de Minas em programas de apoio e integração de jovens. Em 2004, durante a gestão Aécio Neves, o governo de Minas e o AfroReggae deram início ao programa “Juventude e Polícia”, implantado em batalhões da Polícia Militar com a intenção de afastar jovens da criminalidade. Os resultados do programa foram reconhecidos internacionalmente.

 

Fala do senador Aécio Neves

Nossa experiência com o AfroReggae é algo que existe muito antes de qualquer projeto presidencial, porque acredito nisso. E os resultados lá em Minas foram muito bons, como têm sido bons aqui também no Rio, e espero que possam ser bons no Brasil. Minha visita aqui hoje é para estreitar laços que já existiam na construção de um projeto para um Brasil que queremos melhor que o atual.

 

Fechamento

Durante a visita, Aécio Neves afirmou que experiências do AfroReggae podem ser incorporadas às ações de segurança pública em todo país. O senador também garantiu que a segurança pública será tratada de forma prioritária pelo PSDB na agenda que o partido irá apresentar à sociedade brasileira este ano durante a campanha eleitoral.

 

Boletim

Sonora

Aécio Neves visita sede do AfroReggae

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), se reuniu nessa segunda-feira (10/02) com integrantes do Grupo Cultural AfroReggae, em visita à sede da ONG, no Rio de Janeiro, que marcou os dez anos da parceria da entidade com o governo de Minas em programas de apoio e integração de jovens.

Acompanhado do coordenador do grupo, José Júnior, Aécio Neves conversou com integrantes e colaboradores do AfroReggae, discutiu propostas e conheceu novas ações sociais desenvolvidas. Em 2004, durante a gestão Aécio Neves, o governo de Minas e o AfroReggae deram início ao programa “Juventude e Polícia”, implantado em batalhões da Polícia Militar e voltado para jovens em situação de vulnerabilidade social. Os resultados do programa foram reconhecidos internacionalmente.

“A nossa experiência com o AfroReggae é algo que existe muito antes de qualquer projeto presidencial, porque acredito nisso. E os resultados lá em Minas foram muito bons, como têm sido bons aqui também no Rio, e espero que possam ser bons no Brasil. Minha visita aqui hoje é para estreitar laços que já existiam na construção de um projeto para um Brasil que queremos melhor que o atual”, disse Aécio Neves.

 

Empregabilidade

Um dos projetos apresentado hoje ao senador Aécio Neves foi o “Empregabilidade”, que atua na (re)inserção de egressos do sistema prisional e de pessoas em situação de vulnerabilidade social no mercado de trabalho. O projeto já atendeu a mais de 4 mil pessoas no Rio, por meio de parceria com mais de 50 empresas. Recentemente, o Empregabilidade passou a ser desenvolvido também em São Paulo.

Em Minas, o governo Aécio Neves lançou o programa Regresso, que possibilita que egressos do sistema penitenciário tenham acesso à capacitação profissional e à inclusão formal no mercado de trabalho, contribuindo assim também para a reinserção social. No projeto, desenvolvido em parceria com o Instituto Minas pela Paz, o Estado subsidia a contratação de ex-detentos, mediante repasse de dois salários mínimos mensais para cada egresso durante 24 meses. Mais de 2.500 egressos já foram beneficiados.

Dos 48 mil detidos atualmente e Minas, 6.652 estudam e 13.253 trabalham – seja de forma autônoma, em parcerias ou na manutenção da unidade prisional. Já são 307 parcerias desenvolvidas pelo governo estadual na área.

 

Segurança Pública

Durante a visita, Aécio Neves afirmou que experiências do AfroReggae podem ser incorporadas às ações de segurança pública em todo país, com projetos que criem oportunidades e afastem o cidadão da criminalidade. O senador também garantiu que a segurança pública será tratada de forma prioritária pelo PSDB na agenda que o partido apresentar à sociedade brasileira este ano, durante a campanha eleitoral.

“A questão da segurança pública será absolutamente prioritária na nossa proposta, e por isso conversas como a que estou tendo hoje com o AfroReggae serão importantes. Queremos incorporar algumas experiências, não digo nem que sejam heterodoxas, mas elas fogem àquele receituário tradicional de segurança pública”.  disse Aécio Neves.

 

Aécio Neves – Entrevista sobre o confisco de saldos de poupança da Caixa

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, em entrevista nesta terça-feira (14/01), em Brasília, falou sobre a denúncia do confisco indevido da poupança de inúmeros brasileiros pela Caixa Econômica Federal. Aécio Neves ressaltou a gravidade do caso e informou que o Ministério Público Federal já foi acionado para averigar a denúncia.

 

Leia a transcrição da entrevista do senador:

Esse episódio é extremamente grave. Uma apropriação indevida, um verdadeiro confisco da poupança de inúmeros brasileiros sem que eles fossem adequadamente comunicados. Estamos acionando o Ministério Público Federal para que averigue se houve, efetivamente, crime de irresponsabilidade ou de gestão temerária das autoridades financeiras e de quem é essa responsabilidade. É preciso saber quais os passos que esses poupadores darão para recuperar seus recursos. Mas o mais importante, nesse momento, é, de forma muito clara, sabermos se houve uma intenção do governo federal e da Caixa Econômica Federal de engordar o lucro da Caixa utilizando-se de recursos que não eram seus. Houve uma clara ilegalidade, já que o Banco Central determinou que a Caixa expurgue, do seu resultado, esses recursos. A Caixa Econômica Federal vem seguindo a tradição de outras empresas públicas. Absoluta falta de transparência e falta de respeito aos brasileiros.

 

Houve intenção de o governo confiscar essas contas?

Vamos aguardar que essas respostas sejam dadas. Mas houve uma ação ilegal, já que o próprio Banco Central e a Controladoria Geral da União não encontraram os instrumentos legais que poderiam levar, em primeiro lugar, ao encerramento dessas contas, onde dizem que existem irregularidades graves. É preciso saber quais são essas irregularidades. É preciso saber quais instrumentos a CEF utilizou para comunicar a população brasileira. Onde está o edital convocando essas pessoas para se fazerem presentes na Caixa? Para, a partir daí, sabermos se foi mais um gesto de esperteza para fraudar o seu lucro, já que foram pagos dividendos e, inclusive, impostos à União. A União foi beneficiária dessa ação indevida já que foram pagos impostos ao Tesouro Federal com base em lucro fictício.

 

A presidente deveria demitir o presidente da Caixa?

Não cabe a mim definir quem ela demite ou não, mas infelizmente a Caixa Econômica Federal é reincidente. No episódio do Bolsa Família, onde o desgoverno,  mais uma vez a incompetência, da Caixa levou pânico a milhões de famílias brasileira, não houve sanção nenhuma. Talvez eles achassem que poderiam continuar atuando de forma tão pouco transparente como fizeram lá atrás. A Caixa é reincidente, e esse aspecto dessa decisão, a cadeia que levou a essa decisão, precisa ser clareado, precisa ser colocada à opinião pública. A Caixa errou, está claro. Se houve dolo é preciso que as investigações do Ministério Público demonstrem. E se houver dolo, há crime. E crime tem que ser punido.

 

Em última instância o responsável é o ministro da Fazenda? 

Sempre será o ministro da Fazenda, que é a grande autoridade financeira da área econômica. A Caixa Econômica Federal é subordinada a ele. Por isso, estamos encaminhando ao Ministro da Fazenda uma série de indagações para que essas questões não sigam o caminho das últimas denúncias em relação à CEF e fiquem sem resposta. Cabe ao ministro da Fazenda e ao Congresso Nacional, que será convocado por nós, assim como será também o presidente do Banco Central para saber quem autorizou o confisco da poupança de mais de 500 mil brasileiros.

 

O último que confiscou da poupança no Brasil foi o presidente Collor e saiu bastante mal da Presidência da República. Essa associação pode ser feita no âmbito de uma campanha?

Acho que o conjunto da obra levará muita insegurança dos brasileiros em relação à condução deste governo. A grande verdade é que o governo da presidente Dilma Rousseff falhou na condução da economia. Vai nos deixar como herança maldita o segundo pior crescimento na América do Sul, apenas atrás da Venezuela, com uma inflação saindo de controle e uma perda crescente de nossa credibilidade, com impacto, obviamente, nos investimentos que não estão vindo para o Brasil. Esta é a meu ver a radiografia, este será o retrato final de um governo que não avançou na infraestrutura, que não avançou nos indicadores sociais, e falhou de forma extremamente grave na condução da economia.

 

Com o Congresso em recesso, a explicação será apenas em fevereiro?

Esperamos que mais rápido possível provavelmente, na primeira semana de fevereiro.

 

Sobre os fatos recentes ocorridos no sistema prisional.

Em relação ao sistema prisional, são alarmantes os dados da Execução Orçamentária do governo federal. Cerca de 10,5% do Orçamento do Fundo Penitenciário foram executados ao longo dos últimos três anos. O governo federal que fala agora de medidas duras, medidas reativas, mas infelizmente, a ausência de planejamento do governo impediu que essas obras de ampliação do sistema prisional pudessem ter avançado ao longo desses últimos anos. E eu tenho uma experiência em Minas Gerais de uma PPP, a primeira do Brasil no sistema prisional que é algo a ser olhado com muito interesse já que, infelizmente, há absoluta omissão do governo federal nos investimentos em segurança pública.

Fica na responsabilidade quase que totalmente nos estados. E os estados, nós sabemos, cada vez mais sufocas nesse hiperpresidencialismo. Infelizmente, na área da segurança pública, o governo federal continua omisso e o orçamento do Fundo Penitenciário, nos últimos três anos, teve apenas 10,5% do seu valor efetivamente executado. Isso mostra que o governo federal, lamentavelmente, não tem autoridade para cobrar novos investimentos dos estados. Não falo especificamente de um estado porque a situação é grave no Brasil inteiro. Era preciso solidariedade, planejamento e estratégia para enfrentar o caos do sistema prisional brasileiro hoje.

 

O sr. está preocupado com a economia? Qual é a herança do Brasil em relação à economia

É grave. É grave porque há uma perda crescente de credibilidade no Brasil, que afeta os indicadores macroeconômicos. Ontem mesmo tive uma longa reunião, durante toda a tarde, com o ex-ministro Armínio Fraga, e nós falávamos da importância de gerar uma expectativa nova. Uma importância de olharmos para o futuro e dizermos “o Brasil vai ter juros compatíveis com os das nações desenvolvidas, o Brasil vai ter metas fiscais que serão efetivamente buscadas e alcançadas”. O Brasil não pode se contentar com tão pouco. Portanto, acho que a sinalização de que nós teremos uma gestão fiscal mais rígida, transparência absoluta nos números do Brasil, vai significar, a médio prazo, e talvez até a curto prazo, uma diminuição da inflação, diminuição da taxa de juros e o resgate da credibilidade do Brasil, o que é essencial. Temo, como brasileiro, temo muito por mais quatro anos de um governo que não é transparente, não é eficiente e acha que pode enganar todo o tempo.

Improviso

A questão prisional no Brasil é um dos centros de gravidade de nossa crise na segurança pública. Condições subumanas e a crônica má gestão transformaram as prisões em verdadeiras antecâmaras do inferno, espaço para organizações criminosas surgirem e prosperarem.

Trata-se de um problema nacional e a atual crise no Maranhão ilustra a forma improvisada e puramente reativa com o que o governo central age. Não existe visão estratégica ou um plano de ação mais amplo sendo implementado. Basta dizer que quando apresentei proposta proibindo o contingenciamento dos recursos do Fundo Nacional de Segurança e do Fundo Penitenciário Nacional, devidos aos Estados, o governo simplesmente virou as costas. A verdade é que esse tema merece um grande esforço nacional capaz de criar soluções para impasses que permanecem.

Leia mais: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/aecioneves/2014/01/1396734-improviso.shtml.