Aécio Neves – Pronunciamento no Plenário do Senado

“O que proponho é que não sejamos mais surpreendidos por seguros ou por garantias que não possam ser avalizadas pela sociedade brasileira. Como aquele financiamento dado pelo governo brasileiro à Cuba (Porto Mariel): absolutamente sem transparência. Estamos vendo agora as consequências disso”, afirmou, em plenário, o senador Aécio Neves, autor de emenda à MP 701 que obrigava a Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) dar transparência às decisões aprovadas com uso do dinheiro do Fundo de Garantia à Exportação (FGE). Pela proposta, as informações sobre os recursos públicos utilizados para oferecimento de garantias às operações brasileiras no exterior passariam a ser publicados em site de livre acesso ao cidadão. A MP 701 entrou em votação hoje, no Senado.

Leia o pronunciamento do senador:

Primeiro lugar, meus cumprimentos pela qualidade de mais um relatório que traz a deliberação de seus pares nessa Casa e V. Exa. teve uma preocupação ao redigir esse projeto de conversão em introduzir mecanismos que buscassem trazer uma transparência maior a todas as decisões tomadas nessa área. Apresentei uma emenda senador Fernando Bezerra buscando aprimorar um pouco mais esse processo. Uma emenda que que acreditava que poderia, sem qualquer ônus, sem qualquer problema que pelo menos a minha vista pudesse trazer, contribuir de forma decisiva ao processo, ao projeto de V. Exa. Na verdade, V. Exa. acolhe parcialmente a minha emenda, uma emenda feita ao parágrafo 7, mas não acolhe na sua motivação central. Na verdade, pelo que propunha e trago à reflexão de V. Exa. essa possibilidade de até mesmo de uma revisão da ideia inicial.

Eu propunha, como proponho, no parágrafo 1° que a Camex, a partir da aprovação dessa proposta, deverá publicar em sítio público, de fácil acesso ao cidadão, em até 15 dias as decisões sobre cada operação aprovada no âmbito do FGE com informações acerca das respectivas condições para concessão de seguro de crédito às exportações e de prestação de garantia pela União, respeitada aquilo que dispõe o artigo 6°, parágrafo 3° e o disposto no artigo 7°, parágrafo 2° e 4° da Lei n° 12.527. Eu explico a V. Exa.

Na verdade, V. Exa. atende o parágrafo 2° da minha emenda, que na verdade, sugere que a Camex ou determina que a Camex deverá manter atualizado também em sítio público e de fácil acesso ao cidadão arquivo contendo os limites referidos do inciso 2° neste artigo. Mas o que eu proponho nesse parágrafo 1°, doutor Fernando Bezerra, e é fácil na memória de todos os brasileiros voltarmos, por exemplo, acho que exemplifica bem a minha intenção o processo ocorrido em Cuba, onde as garantias dadas pelo governo importador daqueles serviços foram, por exemplo, os resultados do fumo ou da, os resultados das indústrias de fumo obtidas por aquele país, não obstante as variáveis que ali poderiam ocorrer.

O que eu proponho é que nós não sejamos mais surpreendidos por seguros ou por garantias que na verdade não possam ser avalizadas e discutidas pela sociedade brasileira. Aquele exemplo daquele financiamento a Cuba, na verdade, se transformou quase que como uma referência de algo pouco cristalino, absolutamente sem transparência e nós estamos vendo agora as consequências disso.

Minha proposta, única e simplesmente, garante que, após a aprovação, no âmbito da FGE, essas informações acerca do seguro de crédito das exportações e das garantias adquiridas pela União possam ser publicizadas, possam estar à disposição de quem queira discuti-las. Portanto, trago novamente esse pleito a Vossa Excelência com o sentimento de que ele pode ser ainda um novo aprimoramento ao já aprimorado projeto de Vossa Excelência.


Fernando Bezerra: Senador Aécio Neves, queria fazer um apelo a Vossa Excelência. Na realidade, o projeto de INAUDÍVEL já foi aprovado na Câmara, está vindo aqui para o Senado Federal. Só temos, no âmbito da minha competência como relator de plenário, é fazer emendas de redação. De fato, essa sugestão que Vossa Excelência traz para o acolhimento integral da sua proposta, que foi acolhida parcialmente pelo senador Douglas Cintra, o compromisso de que a gente possa incluir essas necessidades de uma transparência maior num outro projeto, numa outra iniciativa, mas que a gente não pare a votação desse projeto de lei de convenção, que é tão importante para um setor que já vem sofrendo muito, que vem sendo muito penalizado. Mas concordo com Vossa Excelência, compartilho com Vossa Excelência essa preocupação de que a gente possa ter critérios e instrumentos de uma transparência cada vez maior, sobretudo nas concessões de garantias, de avais e de operações de crédito através de instituições financeiras oficiais.


Na verdade, senador Fernando Bezerra, a intenção maior de lembrar essa questão é porque precisaremos ainda continuar avançando na direção da transparência absoluta das ações do governo e, obviamente, das operações de crédito do governo. Recebo aqui não apenas o apelo de Vossa Excelência, o apelo do senador e sempre líder do PSDB, Teotônio Vilela. Tenho compreensão que, se essa matéria for emendada, terá que retornar à Câmara dos Deputados e seus efeitos serão, obviamente, interrompidos. Faço, portanto, mais uma vez, esse registro. Abrirei mão de apresentar o destaque que já havia assinado em relação a essa matéria, mas quero de Vossa Excelência realmente o empenho e compromisso para que, na primeira oportunidade, possamos tratar disso como uma regra, não apenas para a Camex, mas uma regra: publicidade de todas as garantias dadas ou recebidas pelo governo em operações internacionais.

Agradeço à sugestão de Vossa Excelência e contará com a minha solidariedade e meu apoio para que a gente possa transformar isso em lei.

Plenário do Senado Federal

“O que proponho é que não sejamos mais surpreendidos por seguros ou por garantias que não possam ser avalizadas pela sociedade brasileira. Como aquele financiamento dado pelo governo brasileiro à Cuba (Porto Mariel): absolutamente sem transparência. Estamos vendo agora as consequências disso”, afirmou, em plenário, o senador Aécio Neves, autor de emenda à MP 701 que obrigava a Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) dar transparência às decisões aprovadas com uso do dinheiro do Fundo de Garantia à Exportação (FGE). Pela proposta, as informações sobre os recursos públicos utilizados para oferecimento de garantias às operações brasileiras no exterior passariam a ser publicados em site de livre acesso ao cidadão. A MP 701 entrou em votação hoje, no Senado.

George Gianni

George Gianni

Aécio Neves: “O pior legado desse governo foi o absoluto pouco comprometimento com a ética e com a decência”

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, criticou nesta segunda-feira, em São Paulo, o aparelhamento da máquina pública, além da falta de ética e de compromisso do PT.

 

Sonora do senador Aécio Neves 

“Qual o mais perverso legado desse período de governo do PT? Eu talvez não falasse da economia; não falasse dos gargalos de infraestrutura que eles não conseguiram enfrentar; talvez sequer falasse dos indicadores sociais que pararam de melhorar e alguns já vêm piorando. Eu diria que o pior legado do desse governo foi o absoluto pouco comprometimento com a ética e com a decência na administração dos recursos públicos. Permitiram que mal feitos fossem coisas naturais. E isso o que é? É o filho danoso e perverso do aparelhamento da máquina pública.”

 

O senador tucano falou para cerca de 250 convidados, entre empresários, jornalistas e entidades de classe, durante a série Cafés da Manhã Estadão Corpora. Na ocasião, Aécio afirmou que o resgate da ética no setor público deve ser um compromisso para o futuro governo.

 

Sonora do senador Aécio Neves

“Essa será uma revolução a ser feita: resgatar perante a sociedade brasileira o respeito ao setor público, a partir de uma ação responsável dos agentes públicos.”

 

Boletim

Aécio Neves: PT deixará como legado o descaso com a ética e a decência

O aparelhamento político e a falta de comprometimento com a ética e com a decência na administração dos recursos públicos são os principais legados que o PT deixará para os brasileiros. Essa é a avaliação do presidente nacional do PSDB e pré-candidato do partido à presidência da República, senador Aécio Neves (MG).

“Se me perguntarem qual o mais perverso legado desse período do governo do PT, diria que foi o absoluto pouco comprometimento com a ética e com a decência na administração dos recursos públicos. Nesse governo, o que era proibido é ser pego. O que estamos assistindo em várias áreas do governo é a complacência com o equívoco. Isso é o filho danoso e perverso do aparelhamento da máquina pública”, criticou o tucano durante debate promovido pelo Estadão em São Paulo, nesta segunda-feira (02/06).

O evento organizado pelo Estadão reuniu cerca de 300 empresários em um hotel da capital paulista. O encontro foi acompanhado pelo diretor do Grupo Estado, Francisco Mesquita Neto, pelo presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, entre outros líderes empresariais. A entrevista com Aécio faz parte de um ciclo de debates sobre o Brasil com os principais pré-candidatos a presidente. Convidada pelo Estadão, a presidente Dilma Rousseff não compareceu.

Ao comentar os atrasos e as promessas não cumpridas pelo governo federal em relação à Copa do Mundo e a outros projetos, Aécio disse que a presidente Dilma virou refém do gigantismo da máquina pública, hoje com 39 ministérios.

“O aparelhamento do Estado brasileiro, que hoje atende a um projeto de poder e não de país, é o mais nocivo de toda a nossa história republicana. O aparelhamento alcançou instituições como o IPEA, a Embrapa, o IBGE e está em toda a administração pública. O que acontece no Brasil é vergonhoso. A ausência de limites deste governo deve, sim, ser motivo de preocupação não apenas da oposição, mas de toda a sociedade brasileira”, avaliou Aécio Neves.

O tucano defendeu a adoção de critérios técnicos para a ocupação de cargos públicos como forma de melhorar a eficiência da gestão pública e de combater os desvios.

“Quando você não qualifica, não estabelece critérios para a indicação das pessoas, não acompanha a ação das pessoas, é um sinal de que tudo pode. Essa será uma revolução a ser feita. Resgatar na sociedade brasileira o respeito ao setor público, a partir de uma ação responsável dos agentes públicos. Quero viver, rapidamente, a partir de 2015, em um país onde ética e eficiência possam caminhar juntas”, disse Aécio Neves ao final de sua apresentação.

Aécio Neves defende mais investimentos em segurança pública

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, destacou em Salvador nesta segunda-feira que a oposição vai apresentar ao país um projeto alternativo de gestão, com ênfase na ética e na eficiência na aplicação dos recursos públicos. Em seu discurso, Aécio criticou o governo federal por não investir em educação, saúde e, principalmente, segurança pública.

 

Sonora do senador Aécio Neves

“Na prática, o que assistimos hoje é o governo central terceirizando os problemas e cruzando os braços diante de 50 mil assassinatos por ano ou a crônica precariedade da saúde. Por tudo isso, os brasileiros, cada dia mais, dizem que querem mudanças. E querem mudanças profundas. Não a outro diagnóstico a fazer. Chegou a hora de mudar para que o país não continue adiando sonhos e contando outras décadas perdidas.”

Na, ocasião, Aécio reafirmou o compromisso de lutar pela implantação de uma política nacional de segurança pública. Em sua visita a cidade, Aécio Neves foi homenageado e recebeu o título de cidadão de Salvador, concedido pela Câmara Municipal, pelas contribuições que fez quando era deputado federal para aprovar emendas que beneficiavam a Bahia.

 

Boletim

Sonora

Consenso

Mais uma vez não foi diferente. O governo federal reagiu com desdém aos relatórios divulgados na última semana pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) e pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), carregados de advertências sobre a equivocada condução da política econômica em vigência no país, como já vinham apontando as agências internacionais de risco.

Essas análises, delineando um cenário de dificuldades e incertezas à frente, apenas reproduzem os alertas de muitos brasileiros – e não apenas das oposições. Sem respostas para os problemas, a estratégia oficial é a de sempre: desqualificar a crítica e o interlocutor, como se estivesse em curso um verdadeiro complô contra o governo.

 

Leia Mais: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/aecioneves/2013/10/1363023-consenso.shtml