Aécio Neves defende a refundação da Federação

Oito governadores, 230 prefeitos, parlamentares e lideranças políticas reuniram-se, em Poços de Caldas, para defender o fortalecimento da Federação brasileira e reivindicar a distribuição mais justa de recursos para Estados e municípios.

O encontro foi coordenado pelo presidente do PSDB, senador Aécio Neves, pelo ex-presidente Fernando Henrique, e líderes tucanos de São Paulo e Minas.

 

Fala do senador Aécio Neves

“Trinta anos atrás, aqui mesmo, no Palace Hotel, nesta mesma sala, eu me lembro dessa reunião, o então governador Tancredo, ao lado do governador Franco Montoro, governadores dos dois mais populosos estados brasileiros, assinaram um documento convocando a uma grande mobilização nacional em torno da recuperação da democracia, em torno das eleições diretas para presidente da República. Passados 30 anos, nos reunimos hoje em Poços de Caldas para fazermos aqui um outro grande brado, outro chamamento pela recuperação dos municípios e dos estados brasileiros, pelo fortalecimento da Federação.”

 

Boletim

Sonora

Aécio Neves participa do evento Federação Já, Poços de Caldas + 30

O senador Aécio Neves participou, hoje (18/11), em Poços de Caldas (MG), do evento “Federação Já, Poços de Caldas + 30”. Ao lado de governadores, parlamentares, prefeitos, lideranças e militantes, Aécio Neves comemorou os 30 anos da “Declaração de Poços de Caldas”, o primeiro documento público do Movimento das Diretas Já, divulgado em 19 de novembro de 1983 pelos então governadores Tancredo Neves (MG) e Franco Montoro (SP).

No encontro, Aécio Neves defendeu a necessidade de um novo Pacto Federativo, para que  haja uma divisão mais justa de recursos e responsabilidades entre a União, os estados e municípios.

 

Ouça o Ouça discurso do senador Aécio Neves: http://bit.ly/17EBQg6 

 

 

Leia o texto da Declaração de Poços de Caldas:

 

DECLARAÇÃO DE POÇOS DE CALDAS

 

Os governadores de São Paulo e Minas Gerais, reunidos em Poços de Caldas, estabeleceram os seguintes pontos para uma ação conjunta:

1- Empenhar-se, juntamente com os governadores de todos os estados, numa campanha nacional pela eleição direta do presidente da República.

2- Propor que se engajem nessa campanha, assinando manifesto à nação, além dos governadores, todos os congressistas, deputados estaduais, prefeitos, vereadores e representantes dos diferentes segmentos da sociedade civil.

3- A campanha nacional pela eleição direta do presidente da República deve ter caráter suprapartidário e representar ampla mobilização nacional, com a participação dos partidos e de toda a população do Brasil.

4- Não se deve cogitar, por enquanto, de candidaturas à presidência da República, para não enfraquecer a luta pela eleição direta. Todas as forças devem ser concentradas na campanha pelo reconhecimento do direito que o povo brasileiro tem de ser ouvido.

 

19 de novembro de 1983

 

 

 

Leia o texto da Declaração de Poços de Caldas + 30:

 

DECLARAÇÃO DE POÇOS DE CALDAS  +  30

 

Há trinta anos, os brasileiros se reuniram em torno da grande causa da democracia.

As ruas, até então contidas pelo autoritarismo, transbordaram o sonho coletivo de liberdade, na memorável campanha das Diretas-Já.

Três décadas depois, as ruas voltam a falar.  Agora, cobrando a democracia ainda inconclusa  e portadora de gigantesca dívida social.

Cobrando que promessas se transformem em compromissos.

Há 30 anos, os brasileiros se uniram em torno da causa da liberdade. Hoje, nos unimos  em torno da causa da solidariedade.

Da solidariedade política, econômica e social, traduzida pela inadiável necessidade de construirmos um novo pacto federativo. Um novo pacto federativo que signifique  responsabilidades  e  recursos compartilhados de forma mais justa, pelo bem dos brasileiros.

Governadores, parlamentares, prefeitos, lideranças políticas e sociais  aqui reunidos, manifestamos   o nosso apoio a  todos os que, em diferentes partes do país, se mobilizam em torno dessa bandeira, que não tem caráter partidário nem pode servir a projetos individuais.

Há 30 anos, nos unimos pela conquista da liberdade que significava o respeito pelos brasileiros. Hoje, respeitar os brasileiros significa criar condições para que as legítimas demandas da população possam ser atendidas.

Por um Brasil mais generoso e solidário.

Por um novo pacto federativo!  Já!

 

Poços de Caldas, 18 de novembro de 2013

Federação já!

Em 19 de novembro de 1983, há exatos 30 anos, Tancredo Neves e Franco Montoro, governadores de Minas Gerais e São Paulo, posicionaram-se de forma decisiva a favor daquela que seria a mais importante campanha de mobilização popular do Brasil contemporâneo – as Diretas-Já.

Trata-se de um episódio ainda hoje pouco reconhecido pela importância que teve.

 

Leia mais: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/aecioneves/2013/11/1372801-federacao-ja.shtml

Aécio Neves propõe grupo de trabalho para fiscalizar liberação de recursos federais

PSDB acompanhará critérios usados na distribuição de recursos pelos ministérios

O senador Aécio Neves (PSDB/MG) propôs a criação pelo PSDB de um grupo de trabalho para acompanhar a distribuição de recursos federais. O objetivo dos trabalhos será avaliar os repasses realizados nos ministérios e os critérios utilizados na distribuição. A proposta foi discutida pelo senador e pelo presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE).

“Tem sido uma marca desse governo – que se diz o governo do gerenciamento competente – a utilização de critérios políticos, e não de critérios técnicos, para a liberação de recursos orçamentários, recursos da população brasileira. Isso ocorreu em inúmeros ministérios, inclusive com a queda de ministros que privilegiavam ONGs ligadas seus partidos políticos, parlamentares ligados aos seus partidos, ou estados governados por aliados. Para enfrentar isso, propus ao presidente do PSDB, deputado Sergio Guerra, que criemos uma central nacional de acompanhamento da distribuição de recursos pelos principais ministérios do governo federal. Queremos saber quais são os critérios utilizados, vamos denunciar quando o interesse político sobrepuser o interesse da população, como parece estar sendo uma regra neste governo”, disse o senador.

Calamidades

Aécio Neves criticou também a demora na liberação dos recursos emergenciais destinados ao atendimento dos municípios atingidos por calamidades, como as chuvas que castigam este mês Minas Gerais, Espírito Santo e Rio. Até esta quarta-feira (11/01), 127 municípios mineiros haviam decretado situação de emergência. O governo federal, no entanto, não reconheceu a emergência de nenhum desses municípios até o momento, impedindo os repasses de R$ 30 milhões prometidos.

“A burocracia excessiva vem causando ainda mais transtornos e dramas maiores às populações atingidas. É fundamental que haja uma articulação mais efetiva do governo não apenas no momento das tragédias, mas durante todo o ano. Vamos acompanhar mais detidamente e denunciar quando o critério político continuar sendo a marca na distribuição dos recursos, pois quem perde é a população brasileira”, afirmou.

O senador alertou, ainda, para os baixos valores investidos pelo governo federal na prevenção de catástrofes naturais. O levantamento do Conselho Nacional de Municípios divulgado essa semana mostrou que os investimentos em ações preventivas foram seis vezes menores que os gastos no socorro a municípios e vítimas de calamidades.

“Nos últimos dez anos, entre 2000 e 2010, o governo federal investiu em prevenção de catástrofes em todo o país apenas R$ 750 milhões, um valor irrisório. E, ao mesmo tempo, investiu cerca de R$ 6 bilhões em socorro às vítimas dessas tragédias, o que mostra um descompasso, uma falta de coordenação e de planejamento. Infelizmente, esse drama também vem aumentando em razão da burocracia do governo federal seja no reconhecimento do estado de calamidade e de emergência das cidades atingidas até a liberação dos recursos”, afirmou Aécio Neves.