Aécio Neves – Nova agenda política para Brasil

A discussão de uma nova agenda para o Brasil precisa ser feita desde já e é a maior contribuição que o PSDB tem hoje a dar ao país. Mais do que cargos no governo, afirmou Aécio Neves, presidente nacional do partido, durante palestra nesta quinta-feira (31/03), em Lisboa. O senador destacou que, diferentemente do PT, o PSDB tem apresentado nos últimos 13 anos propostas de reformas profundas e importantes para o Brasil.

Aplaudido pelo público presente no 4º Seminário Luso-Brasileiro de Direito, Aécio destacou que a presidente Dilma Rousseff perdeu o que é essencial a qualquer governante: confiança e credibilidade.

“A presidente Dilma perdeu aquilo que é essencial para qualquer governante: confiança. Sobretudo em momentos de crise, mas também em qualquer outro momento. Confiança, credibilidade. O impasse está colocado. O que se faz então? Interrompe o processo democrático de impeachment, lá atrás apoiado pelo PT quando o presidente a ser afastado era Fernando Collor? Abre-se mão disso? Cria-se, como disse aqui, um salvo conduto? Essa é a regra definitiva daqui por diante? Ou fazemos cumprir o que determina a Constituição e começamos, desde já, a discutir uma agenda para o Brasil? Essa é a maior contribuição que o PSDB tem a dar. Mais do que participação, mais do que quadros no governo, até porque nós, diferente da atual presidente, nós, desde as candidaturas de Serra, de Geraldo e a minha própria, em 2014, apresentamos um projeto para o país”, afirmou Aécio.

Aécio Neves – Seminário Caminhos para o Brasil – Social

“O Brasil vai sair desta crise na qual o PT nos mergulhou, uma crise que começa na economia, chega na questão social de forma muito grave, e tem a emoldura-la também uma degradação moral sem precedentes no Brasil, e são as nossas instituições sólidas, funcionando, que vão nos tirar desta crise”, afirmou o senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, durante seminário Caminhos para o Brasil – Social, realizado pelo partido e o Instituto Teotônio Vilela (ITV), nesta quinta-feira (10/03), em Brasília, com o objetivo de debater ideias e propostas para a área de assistência social e cidadania.

Foto: George Gianni

Foto: George Gianni

Entrevista sobre as propostas do PMDB

“É absolutamente legítimo que um partido, como o PMDB, apresente propostas ao país, mas eu realmente as levaria mais a sério se o PMDB deixasse o governo, os sete ministérios e os cargos que ainda hoje nomeia para defender ao nosso lado essas propostas, até porque muitas delas têm convergência com aquilo que nós apresentamos durante a campanha eleitoral”, afirmou o presidente nacional do PSDB sobre medidas apresentadas ontem, pelo PMDB.

Em entrevista coletiva, nesta quarta-feira (18/11), em Brasília, o senador Aécio Neves destacou que as medidas agora defendidas pelo PMDB integraram o plano de governo proposto pelo PSDB nas eleições do ano passado.

“Fomos no ano passado para as ruas do país defender um ajuste fiscal, defender o estado eficiente, defender estabilidade no um ambiente econômico para que o país pudesse voltar a crescer. Lamentavelmente naquele instante nós não encontramos o PMDB, que optou por apoiar um projeto de país oposto àquele que hoje ele defende”, afirmou Aécio.

Aécio Neves – Entrevista coletiva em Brasília

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva, nesta quarta-feira (18/11), em Brasília. Aécio falou sobre votações dos vetos, PMDB, presidente Dilma e crise social.

Leia a transcrição da entrevista do senador:
As questões que foram objeto de deliberação do Congresso Nacional já eram esperadas, mas a questão essencial, que é a melhoria do ambiente econômico, a recuperação da confiança para que os empregos voltem a ser gerados ao país, nós estamos longe de ver isso acontecer. Infelizmente o que nos aguarda, pela incapacidade e pelos equívocos sucessivos deste governo, é um quadro a partir do ano que vem do ponto de vista econômico ainda mais grave.

Nós vamos ter a inflação crescendo, o desemprego aumentando em todas as regiões do país, o endividamento das famílias também crescendo, São mais de 60 milhões de brasileiros hoje com dívidas atrasadas e uma perda da capacidade do Brasil de atrair investimentos. Lamentavelmente, a obra dos 13 anos do PT leva o Brasil a mais profunda recessão dos últimos 50 anos.


Sobre documento do PMDB com propostas para a economia.

É absolutamente legítimo que um partido, como o PMDB, apresente propostas ao país, mas eu realmente as levaria mais a sério se o PMDB deixasse o governo, os sete ministérios e os cargos que ainda hoje nomeia para defender ao nosso lado essas propostas. Até porque muitas delas têm convergência com aquilo que nós apresentamos durante a campanha eleitoral. Nós fomos, ano passado, para as ruas do país defender um ajuste fiscal, defender o estado eficiente e a estabilidade no ambiente econômico para que o país pudesse voltar a crescer. Lamentavelmente naquele instante, nós não encontramos o PMDB, que optou por apoiar um projeto de país oposto àquele que hoje ele defende.

Vejo com satisfação setores do PMDB buscando esse distanciamento do governo, porque um projeto apresentado por um partido deve vir acompanhado da sua disposição de defendê-lo, senão vai parecer uma peça meramente de marketing.


Devia ter vindo acompanhado de um rompimento do PMDB com a presidente Dilma Rousseff?

Enquanto o PMDB tiver como prioridade no seu conjunto sustentar este governo que aí está, que levou o Brasil a esta crise econômica e social sem precedentes, esse programa passa a ser algo secundário porque não vejo o PMDB disposto a defendê-lo.

O PSDB tem um projeto conhecido pelo Brasil. Foi amplamente debatido na campanha eleitoral. Vamos inclusive focar nas questões sociais porque queremos mostrar ao Brasil que a política social do governo, da mera distribuição de recursos, se mostrou absolutamente insuficiente. Na primeira crise que vem, aqueles que haviam ascendido socialmente são os primeiros a voltar à situação inclusive pior do que a que estavam antes.

O que queremos é chamar o PT e seus aliados – aqueles que defendem o seu governo – para um grande debate sobre a questão social, porque a crise chegou à casa das pessoas. Essa combinação dramática de desemprego, endividamento e inflação alta é a mais perversa que qualquer conjunto político já trouxe para o Brasil pelo menos na nossa história contemporânea. E a responsabilidade é do PT e daqueles que vêm até hoje apoiando essa proposta.


O placar nas votações no plenário ontem e hoje é um balde de água fria no pedido impeachment?

Acho que é um balde de água fria no governo, que usou de todos os instrumentos pouco republicanos possíveis, uma distribuição de cargos sem limites, sem qualquer qualificação. O que estamos vendo hoje na ocupação da máquina pública é algo perverso para com o Brasil, para com a qualidade dos serviços públicos.

E mesmo assim o governo não alcançou no placar 200 votos sequer para defender o seu ponto de vista, para defender a sua proposta.

Ontem tive a oportunidade de dizer ao ministro Levy, que me deu um telefonema sobre questões orçamentárias, de dizer que é preciso que o governo esteja atento para o preço, para o custo dessa apropriação da máquina pública para garantir votos do Congresso Nacional. Não há qualquer critério mais para nomear o segundo, terceiro, quarto, o quinto escalão do governo. O que estamos vendo é o retrocesso em relação inclusive ao início do governo da própria presidente Dilma Rousseff.

Esse é um preço muito caro que o Brasil está pagando para que a presidente possa ter alguns votos aqui no Congresso Nacional.


Qual a possibilidade de o PSDB apoiar o governo em algumas teses, como no caso da DRU. Existe essa possibilidade?

Não vamos apoiar o governo em tese alguma. Não acreditamos neste governo. É um governo da mentira, da incompetência, da falácia, da apropriação da máquina pública em torno do seu projeto. O que vamos fazer, e já estamos fazendo, é discutir cada matéria sob a ótica do interesse do país.

A questão da Desvinculação das Receitas da União (DRU) é um instrumento que nós consideramos hoje necessário à execução orçamentária, à melhoria da qualidade da saúde, da qualidade da área de transporte. Então há uma disposição nossa de no percentual de 20%, aquele que nós aplicávamos lá atrás, nós votarmos essa matéria. Nós somos oposição a esse governo e não somos oposição ao Brasil. Não contem conosco para aumento de carga tributária e para qualquer outra medida que aumente o quadro recessivo do país.


Não tem acordo sobre a volta da CMPF?

De forma alguma. Somos claramente contrários à criação da CPMF e de aumento de quaisquer outros tributos. O que nós estamos vendo a cada dia escancarado é o grande estelionato a que foi submetido o país. Porque aquelas mesmas lideranças e a própria presidente, que dizia com todas as letras que não haveria aumento da carga tributária e nem supressão dos direitos dos trabalhadores, hoje ela os patrocina sem qualquer constrangimento.

O que nós estamos vendo é que não há uma presidente que governa, há uma presidente hoje que é conduzida por uma política econômica na qual ela não confia e com a qual ela não tem a menor convergência. Que, por uma articulação política que já deixou o seu gabinete, é feita no Congresso Nacional.


Existe medo da concorrência do PMDB em 2018?

O PSDB dá as boas-vindas ao PMDB para discutir os problemas do país e se sente extremamente honrado de ver que muitas das propostas lançadas pelo PMDB se inspiram naquelas que historicamente o PSDB defende.

Gostaríamos de ter o PMDB ao nosso lado defendendo essas propostas. O que eu lastimo é que a maioria do PMDB ainda prefere nomear cargos nesse governo, que prega e pratica o oposto das propostas lançadas pelo PMDB. Mas o tempo é o senhor da razão e, quem sabe, no futuro o PMDB possa estar em praça pública com seu candidato, o que é absolutamente legítimo, defendendo as propostas que hoje ele lança mas que, obviamente, sem poder explicitamente defendê-las perante o país”.

Reunião com as Comissões de Reforma Política do Senado

O senador Aécio Neves e os relatores das Comissões de Reforma Política do Senado, senador Romero Jucá (PMDB), e da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM) se reuniram, esta tarde (8/07), para discutir as propostas que irão ser apreciadas pelo Congresso alterando a atual legislação partidária-eleitoral do país. Também participaram da reunião o senador Aloysio Nunes (PSDB) e os deputados Marcus Pestana e Bruno Araújo, líderes do PSDB.

 

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George Gianni