Prisão deve ser lugar de justiça, não de vingança da sociedade

Aécio Neves – Folha de S. Paulo – 09/01/2017

O Brasil inicia o ano coberto de vergonha. No dia 1º, 56 presos foram massacrados em um confronto entre facções criminosas. Quatro dias depois, outra briga em presídio deixou um saldo de 33 mortos. Outras violências se seguiram. São vidas ceifadas em episódios intoleráveis. A vida humana sob a custódia do Estado não pode valer tão pouco.

Falo sobre isso em meu artigo de hoje para a Folha.

Entrevista sobre o pedido da PGR ao STF

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista, nesta terça-feira (07/06), sobre o pedido da Procuradoria Geral da República enviado ao STF.

Leia a transcrição da entrevista do senador:

Sobre o pedido da PGR ao STF.

Certamente foi uma surpresa para todos. Reunimos a bancada do PSDB hoje e estamos agindo com absoluta cautela porque cabe ao Supremo Tribunal Federal se manifestar e se manifestar a partir, obviamente, das informações a ele entregues pela Procuradoria-Geral da República. Não temos aqui conhecimento da integralidade dos fatos que possam eventualmente ter justificado este pedido de prisão. Vivemos em um sistema democrático onde os poderes têm atribuições absolutamente definidas e todos têm de agir no limite das suas atribuições. Nesse instante, cabe a manifestação do Supremo Tribunal Federal. Apenas no momento em que o Supremo se manifestar e, obviamente, com o arrazoado, com as justificativas que possam embasar este pedido de prisão, é que deverá haver a manifestação do Senado Federal. Repito, cada um dos Poderes tem de cumprir com o seu papel. E, nesse instante, esta questão está afeita exclusivamente ao Supremo Tribunal Federal.


É o fundo do poço para o Congresso Nacional?

Não. Acho que em momentos de crise as instituições crescem. De tudo isso que estamos assistindo no Brasil, há um ponto extremamente positivo: a solidez das nossas instituições, o trabalho que vem sendo exercido pelo Judiciário, pelo Ministério Público e pelo próprio Congresso Nacional, tocando a vida, ajudando a construir uma agenda importante para o Brasil. O que não podemos esquecer é que existe, além de toda essa crise, um país real, com o desemprego ainda crescendo, com as empresas desestimuladas a investir, com um conjunto de dificuldades no campo social porque os programas de transferência de renda, dentre outros, não alcançam mais os objetivos que alcançavam no passado. Nosso foco, enquanto congressistas, é votar o mais rapidamente possível uma agenda de reformas que sinalize a retomada do crescimento, a retomada da geração de empregos. Essa é a nossa responsabilidade. Os outros Poderes têm outras responsabilidades, e que cumpram com sua responsabilidade.


Sobre consequências do pedido da PGR nos trabalhos da Comissão do Impeachment, no Senado.

Estamos recebendo por isso mesmo com absoluta cautela. Algo dessa gravidade tem que vir necessariamente acompanhado de um arrazoado, de um conjunto de informações que o justifiquem. Não tivemos ainda acesso a essas informações. Por isso, vamos aguardar com absoluta cautela e não vamos ter receio de nos manifestar no momento em que aqui chegue essa decisão do Supremo Tribunal Federal. Não seria adequado que nós nos antecipássemos, que invertêssemos um processo que tem seu caminho constitucional e que está sendo mantido hoje.

Achar que isso possa impedir, retardar, inviabilizar os trabalhos da Comissão do Impeachment é um equívoco. Ela seguirá seu rito próprio, a partir do que lá foi definido em relação aos prazos e, em agosto, a decisão final estará sendo votada.


E sobre o pedido do STF de investigação contra o senhor?

Tudo que eu quero é que investiguem. Investiguem e me deem um atestado de idoneidade.

Ouça o áudio da entrevista do senador:

“Cabe à oposição fazer o que estamos fazendo: apontar caminhos para o país”, diz presidente nacional do PSDB

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, anunciou que o partido vai apresentar, no dia 8 de dezembro, uma agenda social para o Brasil. Durante reunião da Executiva Nacional tucana, realizada ontem (26/11), em Brasília, Aécio afirmou que ainda fará nesse mesmo dia pronunciamento no Senado Federal, com a presença das bancadas e dos dirigentes estaduais do PSDB, apresentando um diagnóstico da crise na qual o governo do PT mergulhou o Brasil e as suas consequências na vida dos brasileiros.

“Cabe à oposição fazer o que estamos fazendo: apontando caminhos para o país. Vamos continuar a fazer denúncias, cobrar apurações, mas vamos apresentar, como estamos fazendo, propostas para o país sair da crise. Vamos apontar alguns caminhos, sobretudo de políticas sociais, porque a constatação que se faz hoje é que a política social patrocinada e cantada em verso e prosa pelo PT, da simples distribuição de renda, se mostra absolutamente frágil”, afirmou o senador.

Aécio Neves destacou que os seminários que o PSDB está promovendo, em parceria com o com o Instituto Teotônio Vilela (ITV), órgão de estudos e formação do partido, têm contribuído para debater de perto os problemas que a população enfrenta em várias regiões do país. Este ano, o partido discutiu temas como segurança pública, energia, competitividade e meio ambiente. Hoje, o PSDB discute, em Recife (Pernambuco), a questão da mobilidade urbana.

“Nesse momento de crise, há um retorno em uma velocidade muito grande daquelas pessoas que foram beneficiadas pela transferência de renda. Mas a pobreza tem que ser tratada no Brasil em todas as suas variáveis. Além da vertente da ausência de renda, também temos que tratar da ausência de educação, de qualificação, de ambiente adequado para os negócios, porque é isso que vai gerar emprego e também saúde básica de qualidade”, afirmou Aécio.

Para o senador, quem tem instrumentos para tirar o Brasil da crise é o governo federal. No entanto, com a falta de governabilidade instalada no Planalto, o governo do PT está cada vez mais fragilizado e incapaz de promover a retomada do crescimento da economia.

“São cerca de 10 milhões de brasileiros desempregados, com cerca de 60 milhões de brasileiros endividados e a inflação tirando a comida da mesa do trabalhador. Esse é o conjunto perverso, chamaria até de macabro, da obra que o PT apresenta ao Brasil, e é com isso que a presidente da República terá que lidar a partir do início do ano que vem. Mas o que estou vendo é um governo que já não governa mais”, completou Aécio Neves.

Entrevista sobre a distribuição de cargos do governo

“A responsabilidade por construir a base de apoio para aprovação das medidas deste governo é do governo. O que estamos vendo é um governo cada vez mais fragilizado seja pela sucessão de denúncias que chegam cada vez mais próximo do núcleo que comandou o país ao longo desses últimos anos”, afirmou Aécio Neves sobre a crise de governabilidade vivida pelo país.

Após reunião com a Executiva nacional do PSDB, na manhã de hoje (26/11), o presidente nacional do partido disse que o governo do PT deverá viver momentos ainda mais difíceis no Congresso após a prisão do senador Delcídio Amaral, líder do governo no Senado. Ele foi preso sob acusação de prejudicar as investigações sobre corrupção na Petrobras.

“O que estou vendo é um governo que já não governa mais. Percebemos que a presidente da República é hoje uma figura quase que folclórica à frente do governo federal. Antevejo momentos muito difíceis para o governo no Congresso Nacional porque sequer na própria base, sequer no seu partido”, afirmou Aécio.

Entrevista sobre a nota do PT sobre prisão de seu líder

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, cobrou hoje (26/11), da presidente Dilma Rousseff um pronunciamento oficial sobre a prisão do líder do governo, senador Delcídio Amaral, ocorrida ontem, depois que a Justiça recebeu gravações que mostram o envolvimento do senador no esquema de corrupção revelado na Petrobras no período em que a então ministra Dilma Rousseff presidia o conselho administrativo da empresa.

Na coletiva, Aécio disse que é dever do governo se manifestar e classificou a divulgada pelo PT, após a prisão do líder do governo, como um dos mais sórdidos documentos da história do partido.

“É extremamente grave. Incompreensível. É o líder do governo. Do ponto de vista pessoal, lamento o senador Delcídio, mas do ponto de vista institucional, é incrível que a presidente da República não se manifeste. É como se não tivesse absolutamente nada a ver com isso. Como se os delatores presos, réus confessos e já condenados, como o caso do (Nestor) Cerveró, não tivessem sido indicados pelo seu governo, não tivessem sido colocados por ela numa diretoria da BR Distribuidora quando saiu da diretoria da Petrobras. É um acinte à inteligência dos brasileiros. O governo precisa se manifestar e o que nós assistimos ontem, numa nota divulgada pelo PT, talvez um dos mais sórdidos documentos, foi a falta de coragem de um partido político, que, ao invés de assumir a sua gravíssima responsabilidade em relação a tudo o que vem ocorrendo no Brasil, até para que haja na cabeça das pessoas um sentimento de que há perspectivas de melhorar, o PT é o primeiro a virar as costas para o seu líder e considera-se descompromissado de defender aquilo que ele próprio criou. A nota lançada pelo PT, além de inoportuna e covarde, vai ficar inscrita como um dos mais deprimentes momentos da vida desse partido que, na minha avaliação, vive os seus estertores.

Entrevista sobre a nota do PT sobre prisão de seu líder

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, cobrou hoje (26/11), da presidente Dilma Rousseff um pronunciamento oficial sobre a prisão do líder do governo, senador Delcídio Amaral, ocorrida ontem, depois que a Justiça recebeu gravações que mostram o envolvimento do senador no esquema de corrupção revelado na Petrobras no período em que a então ministra Dilma Rousseff presidia o conselho administrativo da empresa.

Na coletiva, Aécio disse que é dever do governo se manifestar e classificou a divulgada pelo PT, após a prisão do líder do governo, como um dos mais sórdidos documentos da história do partido.

“É extremamente grave. Incompreensível. É o líder do governo. Do ponto de vista pessoal, lamento o senador Delcídio, mas do ponto de vista institucional, é incrível que a presidente da República não se manifeste. É como se não tivesse absolutamente nada a ver com isso. Como se os delatores presos, réus confessos e já condenados, como o caso do (Nestor) Cerveró, não tivessem sido indicados pelo seu governo, não tivessem sido colocados por ela numa diretoria da BR Distribuidora quando saiu da diretoria da Petrobras. É um acinte à inteligência dos brasileiros. O governo precisa se manifestar e o que nós assistimos ontem, numa nota divulgada pelo PT, talvez um dos mais sórdidos documentos, foi a falta de coragem de um partido político, que, ao invés de assumir a sua gravíssima responsabilidade em relação a tudo o que vem ocorrendo no Brasil, até para que haja na cabeça das pessoas um sentimento de que há perspectivas de melhorar, o PT é o primeiro a virar as costas para o seu líder e considera-se descompromissado de defender aquilo que ele próprio criou. A nota lançada pelo PT, além de inoportuna e covarde, vai ficar inscrita como um dos mais deprimentes momentos da vida desse partido que, na minha avaliação, vive os seus estertores.