O presidente nacional do PSDB e pré-candidato à Presidência da República, senador Aécio Neves, concedeu entrevista, nesta sexta-feira (23/05), em Niterói (RJ), onde participou de encontro com empresários.
Leia a transcrição da entrevista do senador:
Sobre o ato político no Rio de Janeiro, no dia 5 de junho.
Estamos nos preparando para um grande evento no dia 5 de junho. Dia 5 vai ter um ato amplo, com a participação do PMDB, do PP, do PPS, do PSDB, do Solidariedade, do PSD, de apoio à nossa candidatura, que representa grande parte dos parlamentares, a grande maioria dos prefeitos do estado do Rio, e ex-prefeitos. A coisa vai tomando uma consistência com muita naturalidade e é isso que me agrada. As coisas naturais na política são aquelas que acabam dando certo, afinal.
Sobre a participação do PMDB nesse ato.
O PMDB é um dos organizadores. É o grande organizador desse ato.
Como vai ser esse ato?
Não tenho detalhes ainda. Vamos estar reunindo centenas de lideranças políticas, lideranças, prefeitos, ex-prefeitos, deputados de todos esses partidos, manifestar apoio à nossa candidatura. Uma organização do PMDB, do Picciani, do Dornelles, pelo PP, Comte, enfim, todos os partidos a que me referi. O Pedro Fernandes, que está aqui hoje também, que é o presidente do Solidariedade. O PSD, com o Índio. Vão reunir as suas bases principais, todas elas numa grande largada. Eu diria que é realmente o start, a largada da nossa campanha no Rio de Janeiro, às vésperas da convenção.
Sobre possibilidade de não aliança do PSB em MG.
Vou repetir o que disse, mais uma vez, acredito muito nas coisas naturais da política. No caso de Minas, o PSB não veio fazer uma aliança conosco na véspera da eleição. O PSB participa da nossa obra de governo há 12 anos, inclusive hoje, participa em áreas importantes do governo. Não é nem um acordo de troca de apoio, o que chegamos a conversar foi ‘vamos deixar que as coisas caminhem com naturalidade’. E o natural é que estejamos juntos. Se houver uma mudança de caminho, eu não fui comunicado ainda em relação a isso, será uma decisão exclusiva deles. Vamos aguardar que tomem essa decisão, não tenho nenhuma outra informação. Mas o encaminhamento natural é que continuássemos juntos, não que ficássemos juntos agora.
A não aliança em MG resulta em um não apoio do PSDB em PE?
Não necessariamente. Vou continuar mantendo todos os entendimentos, todos os compromissos que assumi até aqui. Obviamente, essa é uma decisão que o partido tomará localmente e cabe a mim respeitá-la. Não faria isso em razão de uma eventual ruptura de um entendimento em Minas. Vamos aguardar um pouco mais. Tenho visto isso pelos jornais.
Sobre palanque nos estados.
Estamos consolidando agora, às vésperas das eleições, um conjunto de alianças extraordinário Brasil afora. Diria que 90% dos planos As que tínhamos em relação a alianças conquistamos, consolidamos, como na Bahia, no Rio Grande do Sul, onde vou estar amanhã. Acho que vamos largar, no momento efetivo que começa a campanha após a Copa do Mundo, muito bem. Os nossos palanques são mais sólidos que o conjunto dos palanques que o próprio PT tem hoje para disputar as eleições. No somatório, na média, temos palanques muito mais sólidos do que o nosso principal adversário, que é o PT.