Dia dos Pais

Escrevo na manhã de domingo (11), enquanto espero pelo almoço com minha filha. Acabei me decidindo por esse tema em função do simbolismo da data que, apesar de tão esmaecida pelo viés comercial, acaba por reforçar a constatação da velocidade dos dias e da inevitável dificuldade que muitos de nós temos em priorizar tempo, compromissos, desejos e expectativas.

Por mais diferente e única que seja cada experiência, existem algumas questões que, em maior ou menor grau, são comuns a todos os que experimentam o sentimento da paternidade.
E algumas delas foram agravadas no Brasil de hoje.

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Aécio Neves participa da inauguração do Centro de Convenções Aécio Cunha

O senador Aécio Neves participou, nesta segunda-feira (10/06), da abertura do Expominas de Teófilo Otoni no Vale do Mucuri. O novo Centro de Convenções leva o nome do seu pai o ex-deputado Aécio Cunha, natural da cidade e falecido em 2010. Inaugurado pelo governador Antonio Anastasia, o espaço será um importante centro de feiras, exposições e de negócios para toda a região.

Fala senador Aécio Neves

“O Aécio Cunha será palco de eventos importantes para o Estado. Portanto, é uma etapa vencida e fico muito feliz de poder retornar mais uma vez a esta que é também a minha terra. As minhas raízes mais profundas estão aqui no Mucuri, em especial, em Teófilo Otoni, entregando à população mais esta obra, dentre tantas, que eu e o governador Anastasia temos entregue ao longo do tempo.”

Aécio Neves participa da inauguração do Expominas de Teófilo Otoni

O senador Aécio Neves participou, nesta segunda-feira (10/06), ao lado do governador Antonio Anastasia, da inauguração do Expominas de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, uma antiga demanda da região. O projeto foi idealizado ainda em seu governo como instrumento indutor de desenvolvimento econômico, social e cultural da região e tem o nome de Centro de Convenções Aécio Cunha, em homenagem ao ex-deputado, natural de Teófilo Otoni, falecido em 2010, pai do senador.

“O Aécio Cunha será palco de eventos importantes para o Estado. Portanto, é uma etapa vencida e fico muito feliz de poder retornar mais uma vez a esta que é também a minha terra. As minhas raízes mais profundas estão aqui no Mucuri, em especial, em Teófilo Otoni, entregando à população mais esta obra, dentre tantas, que eu e o governador Anastasia temos entregue ao longo do tempo”, afirmou o senador, em entrevista.

O Expominas de Teófilo Otoni, obra do governo de Minas Gerais, é um dos maiores e mais modernos espaços de convenções e feiras do interior do Estado e recebeu investimentos de R$ 32 milhões, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). O centro de convenções, numa área de 10 mil metros quadrados, além de espaço coberto para a realização de feiras, possui três auditórios: um deles com capacidade para cerca de mil pessoas e outros dois com capacidade para 200 pessoas cada um. 

 

Proacesso e Copanor

Em entrevista, o senador lembrou que em sua administração os vales tiveram cerca de três vezes mais investimentos per capita do que as regiões mais ricas do Estado. Aécio Neves ressaltou que o Jequitinhonha e Mucuri foram os principais beneficiados com o programa de asfaltamento de 6 mil quilômetros de rodovias (Proacesso) e de saneamento voltado para áreas mais carentes (Copanor).

“Esse é o modelo para o Brasil. O Nordeste do Brasil, por exemplo, precisa de investimentos planejados como foi o Proacesso, obras indutoras do crescimento como esse Centro de Convenções, dentre tantas outras obras de saneamento, a obra da Copanor que possibilita o acesso ao saneamento a populações de distritos mais pobres. No Brasil, temos hoje um déficit de mais de 50% de saneamento nas residências. Acho que o modelo de gestão dessa região implementado por nosso governo, é, sim, um modelo que pode, de alguma forma, ser implementado e, obviamente, adaptado no Nordeste brasileiro”, afirmou o senador.

 

Homenagem

O senador lamentou que a inauguração do Expominas coincidisse com o falecimento do empresário Maron Mattar, importante liderança na região. Aécio Neves fez questão de lembrar também do ex-prefeito de Novo Cruzeiro, Paulo Viana, falecido ano passado.Viana foi homenageado com o descerramento da placa que será afixada no Centro de Educação Profissional, que passou a ter seu nome.

“Maron me acompanhou ao longo de toda esta trajetória com seriedade, com dignidade, com enorme valor a esta terra. Portanto, é um sentimento de um lado de realização, por estarmos entregando uma obra da qual ele também Maron participou, e de muito tristeza por seu falecimento. É a primeira vez que venho a Teófilo Otoni e não encontro dois amigos queridíssimos, companheiros de todas as etapas da minha trajetória. Paulo Viana ex-prefeito de Novo Cruzeiro e Maron Mattar”, lamentou o senador.

Aécio Neves – Entrevista coletiva sobre a inauguração do Centro de Convenções Aécio Cunha

Em entrevista coletiva, o senador Aécio Neves falou sobre a inauguração do Centro de Convenções Aécio Cunha, o falecimento de Maron Mattar e a região de Teófilo Otoni, em Minas Gerais


Sobre inauguração do
 Centro de Convenções Aécio Cunha

O Aécio Cunha será palco de eventos importantes para o Estado. Portanto, é uma etapa vencida e eu fico muito feliz de poder retornar mais uma vez a esta que é também a minha terra. As minhas raízes mais profundas estão fincadas aqui no Mucuri, em especial, em Teófilo Otoni, entregando à população mais esta obra, dentre tantas, que eu e o governador Anastasia temos entregue ao longo do tempo. Estou muito feliz de ver uma obra dessa grandiosidade sendo entregue à população de Teófilo Otoni.

 

Qual o sentimento do sr. sobre a morte de Maron Mattar

É um momento de muita tristeza para nós. Eu tinha programado uma visita para levar um ânimo e um abraço afetuoso a Maron que foi dos melhores amigos de meu pai e meu. Maron me acompanhou ao longo de toda esta trajetória com seriedade, com dignidade, com enorme valor a esta terra. Portanto, é um sentimento de um lado de realização, por estarmos entregando uma obra da qual ele também Maron participou, e de muito tristeza por seu falecimento.

Me lembrava agora, há pouco, quando fazia um pronunciamento, que é a primeira vez que venho a Teófilo Otoni e não encontro dois amigos queridíssimos, companheiros de todas as etapas da minha trajetória. Paulo Viana ex-prefeito de Novo Cruzeiro e Maron Mattar. Eles nos deixam e tenho certeza de que onde estiverem, ao lado do meu pai, Aécio Cunha, vão estar na primeira fila deste auditório, torcendo pela região, torcendo por Teófilo Otoni e nos abençoando numa caminhada que agora se inicia. Hoje, portanto, é um dia de muita felicidade pela operação desenvolvida, pela realização da obra, mas de muita saudade pela perda desses dois amigos.

 

Em 2002, o sr. citou Teófilo Otoni e região como símbolo da sua campanha para o governo do Estado.  Hoje, isso se torna símbolo da sua caminhada rumo ao Palácio do Planalto?

Teremos candidatura à Presidência da República apenas no ano que vem. Mas tenho responsabilidades na construção de um modelo alternativo a esse que está aí.  No nosso governo, essa região, o Vale do Mucuri, do Jequitinhonha, teve quase três vezes mais investimentos per capita, por cidadão, do que as regiões mais ricas do Estado. Esse é o modelo para o Brasil. O Nordeste do Brasil, por exemplo, precisa de investimentos planejados como foi o Proacesso, obras indutoras do crescimento como esse Centro de Convenções, dentre tantas outras obras de saneamento, a obra da Copanor que possibilita o acesso ao saneamento à populações de distritos mais pobres – e no Brasil temos hoje um déficit de mais de 50% de saneamento nas residências. Acho que o modelo de gestão dessa região implementado por nosso governo é, sim, um modelo que pode, de alguma forma, ser implementado e, obviamente, adaptado no Nordeste brasileiro.

Mas o que é mais importante, independente dessa caminhada, é  que levarei sempre comigo os exemplos, não diria do sofrimento, mas do vigor, da coragem do povo do Mucuri, dos meus companheiros dessa terra, para superar suas dificuldades. Aqui é um exemplo claro de que com trabalhado, com planejamento, os resultados vêm.

Meu Pai

Um ano atrás, exatamente em 3 de outubro, com o caloroso apoio de milhões de mineiros, fui eleito senador da República. Um ano atrás, no mesmo dia, perdi meu pai.

Não cabe aqui, neste espaço de debate público, enaltecer qualidades pessoais e virtudes privadas. Recorro, porém, à generosa compreensão de quem me lê para compartilharmos uma reflexão: a de como extrair de uma perda dolorosa como essa um fio de esperança para o futuro.

Alguém já disse que a gente envelhece de fato no dia em que perde o pai. É uma estranha sensação, a de ver ceder o sólido esteio paterno, em especial quando a trajetória de pai e filho tem tanto em comum. Sabemos sobejamente que um dia a dor virá. Contudo, nunca estamos suficientemente preparados para ela. A morte, em qualquer circunstância, é cruel e incompreensível.

Parlamentar por quase 30 anos, Aécio Cunha deixou a quem o conheceu – e não apenas a mim e às minhas irmãs – o legado de uma convicção irrestrita nos valores da política. Sim, deputado de muitos mandatos, ele jamais se acanhou em se dizer político, no orgulho comovente de quem crê que a missão pública está imbuída de um inabalável sentido ético. Em trincheira partidária diferente de meu avô materno, Tancredo, esmerou-se, assim como ele, no exercício da negociação e da tolerância, sem nunca abrir mão de suas ideias. Escuto em muitos jovens de hoje a voz de um ceticismo profundo, a descrença nas instituições democráticas, o cansaço diante da trapaça e da esperteza, e, nessas horas, a memória de meu pai me acode e me agasalha, na lembrança de sua militância doce, jovial e bem-humorada, movida a otimismo e paixão. É como se ele continuamente me soprasse aos ouvidos o conselho da perseverança, apesar de tudo.

Ao perceber, um ano atrás, naquele dia em que uma vitória nunca foi tão triste, e ao continuar colhendo hoje demonstrações de como as pessoas o amavam e respeitavam, consola-me a ideia de que, afinal, apostar no bem e na decência não é uma causa perdida para quem elegeu a política como caminho.

Mais do que isso, herdei dele o mais firme, o mais autêntico sentimento de família e é nesse exemplo que me espelho no convívio com minha filha de 18 anos. Somos três gerações diferentes, a do meu pai, a minha, a de Gabriela, e é compreensível que cada um de nós tenha sido e seja fiel ao espírito de seu tempo. No entanto, acredito, com toda a fé deste mundo, que há princípios permanentes na construção da vida familiar e na condução da experiência humana. Valores que para muitos podem parecer anacrônicos como a amizade, a solidariedade e a honradez – valores que aprendi com meu pai e que, espero, minha filha possa aprender comigo.