Propaganda Enganosa

Aécio Neves – Folha de S. Paulo – 11/07/2016

Em meio a uma profusão de acontecimentos, um fato importante, que simboliza mais um duro encontro dos brasileiros com a realidade, passou quase despercebido pela opinião pública na última semana.

Em resposta a uma ação ajuizada pelo PSDB, a Justiça Federal da 1ª Região concluiu, em decisão exemplar, que o governo Dilma Rousseff usou recursos públicos para mentir aos brasileiros. No caso em questão, sobre a crise de energia e a mudança em direitos trabalhistas, então proposta pelo Executivo.

Um ano atrás registrei a liminar dada à época e a decisão, agora definitiva, merece ser reproduzida pela sua relevância, especialmente no atual contexto em que o país aprofunda a percepção dos seus direitos.

Diz um trecho da sentença: “Ao veicular uma situação não condizente com a realidade, o governo federal presta um serviço baseado no engano, ou seja, vale-se de propaganda enganosa aos seus clientes, quais sejam, os eleitores de todo o país, causando, flagrantemente, lesão aos princípios que devem nortear a coisa pública, conforme já delineado acima — é nítido que as mencionadas propagandas prestaram informações falsas sobre o país e apresentaram como verdadeiros fatos irreais, não retratando a situação verídica que a nação se encontra, afirmando aos brasileiros inverdades, como a garantia de direitos trabalhistas e ao responsabilizar a seca do Nordeste pelo aumento da tarifa de energia elétrica”.

Ao reconhecer a prática pelo governo de propaganda enganosa, a Justiça traz um novo alento ao cidadão em seu direito de questionar informações que recebe de seus representantes. E lança uma luz sobre o importante debate de a sociedade ter meios que impeçam a sua manipulação.

Apresentei, à época, no Senado, proposta que torna obrigatória a divulgação da fonte oficial de dados e informações apresentados por propaganda de administrações municipal, estadual e federal. Assim como, a de um responsável que ateste a sua veracidade. O projeto prevê ainda direito de resposta, quando, comprovadamente, ocorrer propaganda enganosa. O governo responsável ficará obrigado a divulgar essa decisão nos mesmos espaços e com a mesma frequência que a campanha original, como forma de informar a verdade ao país.

É importante que, aprovada essa iniciativa, ela se some a outras que impeçam que a publicidade paga com dinheiro público se transforme, sem constrangimentos, em propaganda de partidos.

A decisão da Justiça possui um forte significado: lembrar a governantes que, além dos direitos assegurados na Constituição, o cidadão tem também direito a um princípio básico que deve reger qualquer país democrático — o direito à verdade. Até isso os governos do PT nos tirou.

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Realidade e Marketing

Aécio Neves – Folha de S. Paulo – 15/02/2016

O final de semana foi pródigo em imagens planejadas com afinco para ganhar o noticiário e a simpatia popular: ministros estrategicamente espalhados pelos Estados e até a presidente da República, no Rio, na tentativa de passar a ideia de uma aliança entre governo e população, combatendo um inimigo comum.

Nada contra o esforço de mobilização nacional de combate ao mosquito Aedes aegypti. O lamentável é quando a máquina de propaganda se sobrepõe às iniciativas efetivas do poder público. Não é de hoje que a saúde pública no Brasil vai de mal a pior.

Metade das residências brasileiras não tem acesso a esgotos coletados e tratados. Ao contrário do que diz a presidente, o seu governo não prioriza o saneamento no país. Este ano, os recursos reservados no Orçamento para o setor tiveram forte queda na comparação com 2015. Sobre esse tema, é oportuno lembrar a proposta do PSDB de isentar de impostos empresas de saneamento como forma de aumentar os investimentos no setor. Assumida pela candidata Dilma como compromisso, na campanha eleitoral de 2010, foi abandonada em seguida.

O mosquito sem controle reflete omissões e erros imperdoáveis. Por exemplo: em meio a uma emergência mundial decretada pela OMS, o Ministério da Saúde atrasou em meses a entrega aos Estados de kits para exames de detecção de dengue. A vida real não comporta tal lentidão. Só nas três primeiras semanas deste ano, o número de casos de dengue cresceu 48% em relação ao mesmo período de 2015.

De 2013 a 2015, o programa de pesquisas e estudos sobre a dengue perdeu fôlego –ano passado, o pagamento efetivado pelo governo foi menos da metade do previsto. No verão de 2015 a dengue explodiu no Nordeste. Agora, temos um surto de microcefalia associada ao vírus da zika.

A realidade não comunga dos roteiros do marketing.

Apesar da grave crise enfrentada pelo país, o governo federal e as empresas públicas mantêm um bilionário orçamento de publicidade. Juntos, Petrobras, Caixa, Banco do Brasil e Correios possuem verba anual de mais de R$ 1 bilhão! No caso da Petrobras e dos Correios não há sequer o pretexto da disputa de mercado. O governo federal tem orçamento semelhante.

Pois bem, em vez de distribuir panfletos em esquinas de grandes e poucas cidades, por que não encontrar uma forma de, ao menos esse ano, destinar grande parte desses valores ao patrocínio de grandes e estratégicas ações de comunicação, informação e mobilização da sociedade? Se o dinheiro público pode patrocinar a divulgação da Olimpíada, por que não pode patrocinar também a defesa da população?

O desafio é novo, urgente e imenso. Não será vencido com mais do mesmo.

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Seminário “Caminhos para o Nordeste – Mobilidade Urbana”

“O que há hoje é um sentimento de indignação crescente na sociedade brasileira e nós homens públicos temos de ser os intérpretes desses sentimentos. E o que colho nesses últimos dias, principalmente com esses últimos acontecimentos, expressa de forma muito clara essa indignação, seja com a situação da Câmara Federal, seja com a situação do país. O nosso sentimento é que a presidente Dilma Rousseff perdeu as condições de governar o Brasil. No momento de grave crise como esta, no momento em que o líder do seu governo e do seu partido é preso, quem aqui ouviu uma palavra da presidente da República? Nenhuma palavra”, afirmou o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, após participar, nesta sexta-feira (27/11), em Recife (PE), do Seminário “Caminhos para o Nordeste – Mobilidade Urbana”, promovido pelo PSDB em parceria com o Instituto Teotônio Vilela (ITV).

Em Recife, Aécio Neves se encontrou com o ex-governador de Pernambuco, o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB), com o prefeito de Recife, Geraldo Júlio (PSB) e lideranças políticas pernambucanas.

George Gianni

George Gianni

Encontro com lideranças políticas pernambucanas

“O que há hoje é um sentimento de indignação crescente na sociedade brasileira e nós homens públicos temos de ser os intérpretes desses sentimentos. E o que colho nesses últimos dias, principalmente com esses últimos acontecimentos, expressa de forma muito clara essa indignação, seja com a situação da Câmara Federal, seja com a situação do país. O nosso sentimento é que a presidente Dilma Rousseff perdeu as condições de governar o Brasil. No momento de grave crise como esta, no momento em que o líder do seu governo e do seu partido é preso, quem aqui ouviu uma palavra da presidente da República? Nenhuma palavra”, afirmou o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, após participar, nesta sexta-feira (27/11), em Recife (PE), do Seminário “Caminhos para o Nordeste – Mobilidade Urbana”, promovido pelo PSDB em parceria com o Instituto Teotônio Vilela (ITV).

Em Recife, Aécio Neves se encontrou com o ex-governador de Pernambuco, o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB), com o prefeito de Recife, Geraldo Júlio (PSB) e lideranças políticas pernambucanas.

George Gianni

George Gianni

Encontro com o prefeito de Recife, Geraldo Júlio

“O que há hoje é um sentimento de indignação crescente na sociedade brasileira e nós homens públicos temos de ser os intérpretes desses sentimentos. E o que colho nesses últimos dias, principalmente com esses últimos acontecimentos, expressa de forma muito clara essa indignação, seja com a situação da Câmara Federal, seja com a situação do país. O nosso sentimento é que a presidente Dilma Rousseff perdeu as condições de governar o Brasil. No momento de grave crise como esta, no momento em que o líder do seu governo e do seu partido é preso, quem aqui ouviu uma palavra da presidente da República? Nenhuma palavra”, afirmou o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, após participar, nesta sexta-feira (27/11), em Recife (PE), do Seminário “Caminhos para o Nordeste – Mobilidade Urbana”, promovido pelo PSDB em parceria com o Instituto Teotônio Vilela (ITV).

Em Recife, Aécio Neves se encontrou com o ex-governador de Pernambuco, o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB), com o prefeito de Recife, Geraldo Júlio (PSB) e lideranças políticas pernambucanas.

George Gianni

George Gianni

Encontro com Jarbas Vasconcelos

“O que há hoje é um sentimento de indignação crescente na sociedade brasileira e nós homens públicos temos de ser os intérpretes desses sentimentos. E o que colho nesses últimos dias, principalmente com esses últimos acontecimentos, expressa de forma muito clara essa indignação, seja com a situação da Câmara Federal, seja com a situação do país. O nosso sentimento é que a presidente Dilma Rousseff perdeu as condições de governar o Brasil. No momento de grave crise como esta, no momento em que o líder do seu governo e do seu partido é preso, quem aqui ouviu uma palavra da presidente da República? Nenhuma palavra”, afirmou o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, após participar, nesta sexta-feira (27/11), em Recife (PE), do Seminário “Caminhos para o Nordeste – Mobilidade Urbana”, promovido pelo PSDB em parceria com o Instituto Teotônio Vilela (ITV).

Em Recife, Aécio Neves se encontrou com o ex-governador de Pernambuco, o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB), com o prefeito de Recife, Geraldo Júlio (PSB) e lideranças políticas pernambucanas.

George Gianni

George Gianni