Aécio Neves – Entrevista sobre as reformas e a reunião das bancadas do PSDB

Sobre discussão hoje das reformas na reunião das bancadas do PSDB.

O papel do PSDB é sim pressionar pelas reformas e elas têm que começar pela inibição dos gastos. Não há clima, não é momento mais para aumento de despesas do governo. A bancada federal concorda integralmente com isso. Pediu que levasse essa posição do partido. Mais um desconforto hoje no Senado Federal, na CAE, no momento em que um senador ilustre do PMDB, contrariando tudo aquilo que havia sido discutido conosco, com a presença do líder (da Câmara), com o presidente Michel e o líder Aloysio ficou de ter uma conversa mais clara com o governo. Não é possível que hajam dois governos, um para fazer bondade e outro para ficar com ônus de decisões que, se não agradam determinadas corporações, são essenciais para o Brasil.

Então, estamos dizendo de forma muito clara nas conversas internas e publicamente: é preciso parar com esta ambiguidade. A situação do Brasil é trágica e, a partir da próxima terça-feira, o governo precisa, a meu ver, de forma definitiva, dizer que tem comando e que há um só governo que aponta e que caminha na direção do ajuste das contas públicas.

A partir de terça-feira o PSDB reavalia sua relação com o governo Temer?

Nós queremos apoiar o governo Temer. É um governo de salvação nacional. Mas não é o governo do PSDB. Reconhecemos isso. Mas é um governo que se dispõe a fazer reformas. E elas não podem conviver com esses sinais permanentemente trocados. Aconteceu na Câmara recentemente, inclusive em uma votação encaminhada pelo líder Imbassahy, em que a base do governo recuou após o posicionamento do PSDB. Hoje novamente. Não somos contra nenhum segmento do serviço público. Achamos que todos têm direito de ter uma remuneração digna, adequada. Mas neste momento, o sinal é de austeridade, o sinal é de equilíbrio das contas públicas como pré-condição essencial para a retomada do crescimento e do emprego.

Não estamos fazendo isso por outra razão, por masoquismo. Estamos fazendo isso porque não nos apresentaram outro caminho. Não existe outro caminho que não seja o equilíbrio das contas públicas. Mais uma vez hoje houve um desconforto na reunião que fizemos em razão do posicionamento expresso por um senador do PMDB, partido do presidente da República, na direção oposta a aquilo que disse ontem o próprio ministro da Coordenação Política do governo e que nos disse o próprio presidente da República. Está dito.

O sr. acha que o governo está caminhando para ser um novo governo Sarney, que não enfrentou as reformas?

Acho que a partir de terça-feira nós temos uma relargada do governo. Eu ouvi do presidente Michel, e eu acredito nisso, que ele não perderá essa oportunidade. Eu tenho para mim que o pronunciamento previsto para dia 07 de setembro é um deadline, é um marco. O pronunciamento que o presidente fará, a meu ver, é um marco que vai definir qual será o caminho do seu governo. Nós estamos prontos para enfrentar as dificuldades e permitir que o Brasil volte a crescer, mas não é possível que apenas o PSDB tenha essa compreensão. Acredito que a partir de terça-feira, como nos disse o presidente, é um novo governo e os sinais serão claros.

Um novo prazo para o governo?

Eu não vou dar prazo, essa não é uma questão de disputa menor. É a nossa responsabilidade com o Brasil. O PSDB quer reconstruir o Brasil destroçado pelo PT, e isso passa pelo equilíbrio das contas públicas. Não há outro caminho. Passa por reformas estruturais, não há outro caminho. E é preciso que o partido do presidente da República, e outros partidos políticos que o apoiam, tenham essa compreensão, se não o governo fracassará. E se o governo Temer fracassar, fracassa o Brasil. Nós não queremos isso. Nós queremos ajudar o governo Temer a enfrentar as dificuldades, mas elas precisam ser enfrentadas com clareza e com coragem. Tenho esperança de que isso possa ocorrer a partir da próxima terça-feira.

Pronunciamento sobre a posição do ministro José Serra no Mercosul

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, defendeu em plenário, nesta terça-feira (16/08), a condução dada pelo ministro José Serra à política externa brasileira, em especial no Mercosul.

Em pronunciamento no plenário, Aécio afirmou que a posição contrária do Itamaraty à presidência da Venezuela no Mercosul sinaliza a defesa da democracia e representa um momento de renovação da diplomacia brasileira.

“O que busca o ilustre ministro das Relações Exteriores, José Serra, é retirar esse viés ideológico da condução da nossa política externa. Isso não vai ser feito sem traumas, sem trombadas, sem obstáculos. Mas a direção nova já se impõe. O Brasil, como um todo, é que ganha com isso”, afirmou Aécio.

Ao rebater ataques feitos ao ministro por senadores do PT, sob a alegação de que o Itamaraty interfere em assuntos internos da Venezuela, o presidente do PSDB lembrou que o Brasil contou, no passado, com a solidariedade de vários países no combate à ditadura.

“Me surpreendo ao ouvir que estávamos interferindo em assuntos internos da Venezuela. Não. Quando se fala em democracia, em respeito aos direitos humanos, não há que se respeitar fronteiras, porque elas inexistem. Devem ser sempre bem-vindas manifestações que pregam a democracia, respeito aos direitos humanos e à liberdade de cada povo buscar o seu destino”, ”, afirmou Aécio.

Íntegra do pronunciamento do senador Aécio Neves.

Senhor presidente, senhoras e senhores senadores. Ouvimos aqui uma sucessão de pronunciamentos de parlamentares da oposição com ataques extremamente duros e, eu diria, até indelicados a um nosso colega que hoje serve ao Brasil como ministro das Relações Exteriores. De todos os gravíssimos equívocos cometidos pelo governo petista, que nos levou a essa crise econômica sem precedentes, certamente com impactos na vida cotidiana de milhões e milhões de brasileiros, e que estão prestes a levar ao afastamento definitivo da presidente da República, talvez a condução de nossa política externa tenha sido a mais desastrada de todas as ações desse governo que vive seus estertores.

Ao submetermos a uma orientação bolivariana, o que fez a política externa brasileira nos últimos anos, em síntese, foi nos isolar do mundo. Deixamos de ser respeitados internacionalmente. Deixamos de ampliar mercados para aqueles que trabalham e produzem no Brasil. E é esse o ponto fulcral, o ponto fundamental.

O que busca o ilustre ministro das Relações Exteriores, José Serra, é retirar esse viés ideológico da condução da nossa política externa. Isso não vai ser feito sem traumas, sem trombadas, sem obstáculos. Mas a direção nova já se impõe. O Brasil como um todo é que ganha com isso. Me surpreendo ao ouvir, aqui, um ilustre colega dizer que estávamos interferindo em assuntos internos da Venezuela. Não. Quando se fala em democracia, em respeito aos direitos humanos, não há que se respeitar fronteiras, porque elas inexistem.

Me lembro muito bem, nos estertores do regime autoritário, foram várias as manifestações de lideranças democráticas de outros países, da Europa e de países vizinhos, que ajudaram o Brasil a encerrar aquele ciclo negro de ausência de liberdades.

Portanto, devem ser sim, sempre bem-vindas, manifestações que pregam a democracia, respeito aos direitos humanos e à liberdade de cada povo buscar o seu destino.

Em nome do partido do ministro José Serra, rechaço, de forma absolutamente clara, as acusações indevidas a ele aqui feitas. E reafirmamos, não só nossa confiança, mas o nosso aplauso à forma altiva e independente com que o ministro José Serra vem conduzindo a política externa brasileira. Fazendo jus, inclusive, à nossa tradição histórica; tradição essa violentada ao longo dos últimos anos por uma condução absolutamente equivocada dessa mesma política externa.

Fica uma palavra de desagravo ao ministro José Serra e de reconhecimento pelo extraordinário esforço que ele vem fazendo para tornar o Brasil novamente respeitado no conceito das nações.

Aécio defende posição de José Serra no Mercosul

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, defendeu em plenário, nesta terça-feira (16/08), a condução dada pelo ministro José Serra à política externa brasileira, em especial no Mercosul.

Em pronunciamento no plenário, Aécio afirmou que a posição contrária do Itamaraty à presidência da Venezuela no Mercosul sinaliza a defesa da democracia e representa um momento de renovação da diplomacia brasileira.

“O que busca o ilustre ministro das Relações Exteriores, José Serra, é retirar esse viés ideológico da condução da nossa política externa. Isso não vai ser feito sem traumas, sem trombadas, sem obstáculos. Mas a direção nova já se impõe. O Brasil, como um todo, é que ganha com isso”, afirmou Aécio.

Ao rebater ataques feitos ao ministro por senadores do PT, sob a alegação de que o Itamaraty interfere em assuntos internos da Venezuela, o presidente do PSDB lembrou que o Brasil contou, no passado, com a solidariedade de vários países no combate à ditadura.

“Me surpreendo ao ouvir que estávamos interferindo em assuntos internos da Venezuela. Não. Quando se fala em democracia, em respeito aos direitos humanos, não há que se respeitar fronteiras, porque elas inexistem. Devem ser sempre bem-vindas manifestações que pregam a democracia, respeito aos direitos humanos e à liberdade de cada povo buscar o seu destino”, ”, afirmou Aécio.

Íntegra do pronunciamento do senador Aécio Neves.

Senhor presidente, senhoras e senhores senadores. Ouvimos aqui uma sucessão de pronunciamentos de parlamentares da oposição com ataques extremamente duros e, eu diria, até indelicados a um nosso colega que hoje serve ao Brasil como ministro das Relações Exteriores. De todos os gravíssimos equívocos cometidos pelo governo petista, que nos levou a essa crise econômica sem precedentes, certamente com impactos na vida cotidiana de milhões e milhões de brasileiros, e que estão prestes a levar ao afastamento definitivo da presidente da República, talvez a condução de nossa política externa tenha sido a mais desastrada de todas as ações desse governo que vive seus estertores.

Ao submetermos a uma orientação bolivariana, o que fez a política externa brasileira nos últimos anos, em síntese, foi nos isolar do mundo. Deixamos de ser respeitados internacionalmente. Deixamos de ampliar mercados para aqueles que trabalham e produzem no Brasil. E é esse o ponto fulcral, o ponto fundamental.

O que busca o ilustre ministro das Relações Exteriores, José Serra, é retirar esse viés ideológico da condução da nossa política externa. Isso não vai ser feito sem traumas, sem trombadas, sem obstáculos. Mas a direção nova já se impõe. O Brasil como um todo é que ganha com isso. Me surpreendo ao ouvir, aqui, um ilustre colega dizer que estávamos interferindo em assuntos internos da Venezuela. Não. Quando se fala em democracia, em respeito aos direitos humanos, não há que se respeitar fronteiras, porque elas inexistem.

Me lembro muito bem, nos estertores do regime autoritário, foram várias as manifestações de lideranças democráticas de outros países, da Europa e de países vizinhos, que ajudaram o Brasil a encerrar aquele ciclo negro de ausência de liberdades.

Portanto, devem ser sim, sempre bem-vindas, manifestações que pregam a democracia, respeito aos direitos humanos e à liberdade de cada povo buscar o seu destino.

Em nome do partido do ministro José Serra, rechaço, de forma absolutamente clara, as acusações indevidas a ele aqui feitas. E reafirmamos, não só nossa confiança, mas o nosso aplauso à forma altiva e independente com que o ministro José Serra vem conduzindo a política externa brasileira. Fazendo jus, inclusive, à nossa tradição histórica; tradição essa violentada ao longo dos últimos anos por uma condução absolutamente equivocada dessa mesma política externa.

Fica uma palavra de desagravo ao ministro José Serra e de reconhecimento pelo extraordinário esforço que ele vem fazendo para tornar o Brasil novamente respeitado no conceito das nações.

Defesa da condução da política externa brasileira

“Em nome do partido do ministro José Serra, rechaço de forma absolutamente clara as acusações indevidas a ele feitas. E reafirmamos, não só nossa confiança, mas o nosso aplauso à forma altiva e independente com que o ministro vem conduzindo a política externa brasileira. Fazendo jus à nossa tradição histórica”, afirmou o senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, em pronunciamento no Senado, nesta terça-feira (16), em defesa do trabalho do ministro das Relações Exteriores pelo fim do viés ideológico na condução da política externa brasileira.

Foto: George Gianni

Aécio Neves no Plenário do Senado

Aécio se reúne com oposição e avalia que o momento é de busca de soluções para crise

REPÓRTER:

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, se reuniu esta manhã com lideranças da oposição no Congresso Nacional para acompanhar a solenidade de posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil e avaliar o momento político em que o país vive. Após a reunião, Aécio sugeriu, em discurso no plenário do Senado, que os senadores usem o dia de hoje para fazer um amplo debate em busca de soluções para atual crise que o país vive.

SONORA SENADOR AÉCIO NEVES

“O Brasil merece um início de um novo tempo para que nós possamos, oposicionistas, governistas, não importa, mas cidadãos brasileiros como um todo iniciar uma nova história no Brasil. Com respeito às instituições, com respeito a lei e a Constituição, mas com coragem necessária para rompermos com o que está aí. Fica, portanto, esse convite. Nós da oposição estaremos aqui prontos para um debate contundente”.

REPÓRTER:

Participaram do encontro os líderes do PSDB e do DEM no Senado, Cássio Cunha Lima e Ronaldo Caiado, entre outros senadores e deputados. Ontem, a oposição pediu a renúncia da presidente Dilma Rousseff após a revelação da conversa entre Lula e a petista, que sugere que a nomeação do ex-presidente teria sido como objetivo evitar que ele viesse a ser investigado pela Operação Lava Jato. De Brasília, Shirley Loiola.

Aécio Neves – Nomeação do ex-presidente

“A própria presidente Dilma abdica agora de forma definitiva dos poucos poderes e iniciativas que lhe restavam. Mesmo com as sucessivas denúncias de irregularidades na campanha, ela abdica, portanto, desse mandato em favor do presidente Lula”, declarou o presidente do PSDB, senador Aécio Neves sobre a nomeação anunciada hoje do ex-presidente Lula para o Ministério da Casa Civil.

Foto: George Gianni

Foto: George Gianni